terça-feira, 23 de outubro de 2012

Teotihuacan


Imponente, importante e fácil de chegar, o sítio arqueológico de Teotihuacan é o mais visitado do México.
Estávamos bem ansiosos para conhecê-lo, pois não sobrou quase nada da capital azteca erguida sobre o lago Texcoco. Os espanhóis demoliram tudo, construindo sobre ela suas casas, palácios e igrejas. Mas Teotihuacan sobreviveu.
O sítio é enorme e não tem nenhuma sombra. Leve chapéu, protetor solar e sombrinha ou guarda chuva. Apesar de pedirmos, também não nos entregaram nenhum mapa na entrada e recomendamos chegar já com o seu (por sorte nosso guia tinha um mapinha de lá), pois ficar perambulando sem rumo não é legal.
A gigantesca Pirâmide do Sol
Nós entramos e fomos direto pra Pirâmide do Sol, atraídos como que magneticamente por ela. Subimos os quatro lances de escadas íngremes quase sem pensar e logo estávamos no topo, ou na parte mais alta que os turistas podem chegar. De cima dela, ficamos encantados vendo todo o complexo sistema de pirâmides, edifícios e muitas escadarias entre eles. A frustração foi saber que a pirâmide do sol não foi restaurada, mas sim reconstruída e nesse processo, acabaram fazendo-a com cinco níveis ao invés dos quatro originais.  Depois disso acabamos perdendo um pouco da magia do lugar.

Mas seguimos para o Palacio de los Jaguares, Templo de los Caracoles Emplumados e o Palacio de Quetzalpapátotl, local onde presumivelmente habitavam sacerdotes e admiramos desenhos em estuque incrivelmente preservados.
Pintura no Templo dos Caracoles Emplumados
Apesar de ser mais baixa que a pirâmide do sol, o topo da Pirâmide da Lua está na mesma altura daquela, pois ela foi construída sobre um terreno mais alto. Também achamos a Pirâmide da Lua mais bonita, simétrica e proporcional que a do Sol.


Pirâmide da Lua ao fundo.

Depois de andar meia hora no sol, saímos do parque pela porta 4 para visitar o Palacio de Tepantitla. Quando chegamos na porta, um guarda nos informou que o museu estava fechado. Surpresos, conferimos em nosso guia que estávamos dentro do horário de funcionamento. Mas fomos informados que apesar disso, a responsável havia saído para almoçar e não tinha ninguém no lugar dela. Assim se quiséssemos visitá-lo deveríamos esperar uns 45 min até que ela voltasse. Desistimos dessa e resolvemos procurar a Cueva Astronomica, usada pelos sacerdotes para marcações astrológicas ligadas ao calendário e ao ciclo agrícola. Há ! E quem disse que encontramos? Seguimos nosso mapa, perguntamos mas ninguém nem sabia da existência dela, ou pelo menos não quiseram nos ajudar.



Calzada de los Muertos - de cansados, ufa!
Depois dessa caminhada toda, fomos para o ar condicionado do museu nos refrescar um pouco. O museu não é muito grande , mas tem uma boa vista panorâmica climatizada da Pirâmide do Sol.
Serpente emplumada

Mais descansados e refrescados, seguimos a Calzada de los Muertos para visitar La Ciudadela, um complexo que acreditavam ser as residências dos governantes. O lugar é bonito, um quadrilátero com 15 pirâmides sendo que ao leste, está o Templo de Quetzalcóatl. Interessante que um dos governantes construiu uma outra pirâmide na frente dele para escondê-lo. Sua fachada é linda, adornada com várias esculturas da serpente emplumada. 


Templo de Quetzalcóatl

Apesar de todos os problemas, as ruínas de Teotihuacan são impressionantes e merecem uma visita. Se você está na cidade do México, pode ir até Teotihuacán com uma excursão organizada de 1 dia ou pegar um coletivo na Estação Terminal Autobuses del Norte, sala 8, para San Juan Teotihuacán/ Piramides por uns R$5,00. Pergunte pelo onibus que passa nas ruínas e não na cidade de San Juan. A viagem dura uns 45 min, sem trânsito. Para voltar, pegue o coletivo no mesmo ponto onde desceu, retornando à Central Autobuses del Norte, com acesso às linhas de metrô.

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