segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Nossa primeira pirâmide azteca


Saímos de Patzcuaro às 9h com destino a Tula de Allende, preparados pra 6h de estrada, como mostrava nosso GPS. O programa era visitar as ruínas de Tula e ficarmos na cidade, aproveitando pra lavar nossas roupas.
Mas apesar de ser recente, nosso mapa Garmin da América do Norte está bem desatualizado na parte do México. Acabamos pegando uma estrada que não estava no mapa, bem pedagiada como sempre, e levamos menos de 3h pra chegar. Decidimos visitar as ruínas antes do almoço e depois procurarmos onde comer e dormir. Enquanto passávamos pela cidade, já perdemos a vontade de ficar por lá, pois ela é horrível. Mas com certeza nas ruínas, um local turístico, teria algo melhor pra comer. Será?
Entramos nas ruínas pela porta Sul e passando no pequeno museu que tem no caminho, já demos de cara com um chac-mool super bem conservado, mas sem a cabeça. Chac-mool são pequenos altares de pedra, mais ou menos como uma mesa de centro, na forma de uma pessoa com a barriga pra cima. Sua função era aparentemente para receber oferendas, mas também pode ter sido usado para fazer sacrifícios animais e humanos.


Chac-mool esperando um coração

No museu também descobrimos que na verdade Tula foi a capital Tolteca. Portanto não é aztec. Os toltecas são antecessores dos aztecas e ainda hoje não se sabe ao certo sua origem.
A pirâmide de  Tula fica num ponto alto com uma linda vista pro vale. E a presença de oito atlantes de pedra em seu topo dá um ar super místico ao lugar. Enquanto estávamos lá vimos pessoas meditando ao seu redor.

Atlantes
Em sua base ainda tem algumas partes preservadas dos desenhos em estuque que originalmente a cobriam inteira. Em alguns pontos ele está melhor conservado e dá pra ver até alguns restos das cores originais.
Nosso guia recomendava visitar o museu próximo da entrada norte e então seguimos pra la, torcendo pra encontrarmos uma vilinha cheia de bares e restaurantes ou lanchonetes, só pra descobrir a roubada que foi entrar pelo lado sul. Mais de 1km de sol depois, conseguimos tomar uma lata de fanta laranja. Mas pelo menos esse museu valeu a pena. Pequeno mas bem organizado, com várias peças toltecas, todas com placas explicativas e um chac-mool ainda melhor conservado que o primeiro. Mas já era mais de 3h e a fome apertava. O açúcar da fanta laranja foi digerido em segundos e estávamos com fome.


Águia comendo coração, relevo comum na cultura tolteca.

Passamos novamente na cidade e ficamos com ainda menos vontade de comer por lá. Acabamos conseguindo comer numa conveniência Oxxo de posto de gasolina, que é onipresente no México. De lá decidimos seguir mais 1h até Teotihuacán, onde tínhamos uma indicação de camping. E foi ótimo porque o camping Teotihuacan Trailer Park é bem melhor que a média mexicana e a proprietária Doña Mina é super simpática e atenciosa.


Atlantes cuidando do vale

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