segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Lençóis Maranhenses

Já estamos naVenezuela, mas faltam alguns destinos para deixar o diário "em ordem". Vamos ver se conseguimos correr nessas atualizações....


Conhecido pelas famosas dunas de areias brancas e suas lagoas de água cristalina, os Lençóis Maranhenses são o destino certo para quem deseja conhecer uma paisagem única. A impressão é de estar andando em outro planeta ou na lua. Caminhadas com dunas muitas vezes na altura do joelho e sol implacável exigem boas pernas e muita disposição para quem deseja conhecer suas belezas. Claro, água, protetor solar, chapéu de abas largas e repelente contra mosquitos são também indispensáveis!


O Jumbo pequenininho na imensidão branca

As dunas represam a água da chuva, fazendo com que as lagoas não sejam perenes. Portanto, para conhecer a beleza dos Lençóis em sua totalidade, vá nos meses de cheia. Os moradores da vila nos disseram que os melhores são junho, julho e agosto, quando as lagoas estão bem cheias.
Lagoa da Gaivota

Nós fomos em dezembro e infelizmente vimos apenas a Lagoa da Gaivota com um pouco de água. Mas ter ficado na pequena cidade de Santo Amaro do Maranhão valeu a viagem. Geralmente os turistas preferem a cidade de Barreirinhas como ponto de apoio para conhecer a região. Não fomos até Barreirinhas mas todos nos disseram que lá se encontra a melhor infraestrutura, com hotéis e restaurantes mais bacaninhas. Mas optamos por ficar em Santo Amaro porque: primeiro, nossos amigos de São Luís nos disseram que seria uma experiência mais autêntica e única e segundo, para fazer os passeios pelas lagoas é bem mais perto, e com isso mais barato.
Santo Amaro do Maranhão - praça principal

Não nos arrependemos nem um pouco. Apesar do acesso complicadíssimo devido a “estrada” de dunas com travessias de rios (só carros 4X4 com snorkel) o que encontramos foi uma cidade localizada muito perto das principais atrações e um povo simpático, que vive feliz em completa simbiose com o Rio Alegre. E foi isso que mais nos marcou na pequena cidade de Santo Amaro, uma cidade tranqüila e com pessoas bastante amigáveis.


A areia do rio subiu na altura do  filtro!

Não existe rede de água encanada, portanto os moradores usam o rio para tomar banho, lavar roupa e brincar. Todo dia, mulheres e crianças tomam o rumo do rio. Enquanto as mães lavam a roupa, a criançada brinca. Depois todos tomam banho (os adultos de roupa, claro) e pronto! Hora de voltar para casa!
Que delícia! Brincadeira no rio!!

Não dê trela para quem disser que não existe onde ficar decentemente ou o que comer. Lógico, não existe nenhum restaurante gourmet por lá, mas existem lugares limpos e honestos para se alimentar. Para ficar, escolhemos a ótima Solar das Gaivotas, que tem vista panorâmica para o Rio Alegre, além de quartos com ar condicionado e chuveiro quente. Ótima para recarregar as energias após um dia de passeios!


Entardecer no Rio Alegre

A idéia inicial não era ir com o Jumbo para lá. Íamos deixá-lo no Sangue (um ponto na estrada antes do acesso de 34km por dunas) e pegar um transporte para Santo Amaro numa das Bandeirantes que fazem esse percurso diariamente. Mas quando chegamos em Sangue, ficamos sabendo que a próxima lotação iria demorar cinco horas para partir, e assim decidimos ir com nosso carro mesmo. Atolamos e resgatamos outros carros. Esse trecho é bem ingrato.  Conseguimos atravessar o rio sem o snorkel, mas foi por pouco! Para nossos amigos amantes de aventura off road, nosso tracklog desse trecho já está disponível.


Usando nosso guincho no resgate de um atolado.


Esse é um lugar que pretendemos voltar na época de cheia. Os Lençóis Maranhenses são um local mágico!
Caminhando pras nuvens... demais!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Surpresas de viagem

Vou ter que dar um pulo no nosso relato de viagem novamente e chegar a Boa Vista por um motivo mais que justo: novos amigos!
Perfeitos anfitriões, Caroline e Ricardo!

Quando fizemos a pesquisa preliminar sobre Roraima, não descobrimos muita coisa. No Guia 4 rodas, consta menos de uma página para a capital e só - mais nenhuma informação sobre o resto do estado. Apesar do nome, a subida do Monte Roraima é feita pela Venezuela.Com essa falta de informação, planejamos ficar menos de 2 dias por lá, num preparo para sair do país.

Mirante no Tepequen

Quem diria que esse destino foi um dos melhores até agora? E mais uma vez, o que fez a diferença foram as pessoas que encontramos.
Pessoas que nos acolheram em suas casas e em suas vidas assim, de uma hora prá outra, oferecendo milhares de informações e dando o suporte certo, na hora certa.

Galera no Seu Pedro

Além das pessoas maravilhosas, Roraima tem muita coisa para fazer sim. Só para citar alguns destinos além da estruturada capital: Tepequén, Uiramutã, Serra do Sol e Pedra Pintada.
Todos destinos de aventura e a maioria, off road dos fortes - presta atenção galera do 4x4!!! Lá eles têm um grupo super organizado que realiza vários passeios e eventos.

O Elmer construiu seu Jipe, o Crocodilo

Para quem está numa overland - travessia por terra de carro- como nós, também é uma ótima parada para dar aquela revisada no carro e descansar, afinal ninguém é de ferro!!!

Cachoeira do Barata, Tepequen

No final das contas, os dois dias se transformaram em 10, de muita alegria, contatos, conversas e passeios.
Num próximo post, colocamos detalhes do que descobrimos nessa terra maravilhosa!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

São Luís

                Ponte José Sarney, Maternidade Marly Sarney, vila Sarney, Biblioteca José Sarney, Fórum José Sarney, Avenida José Sarney. Bem vindo a São Sarney, ops, São Luis, o condado da família Sarney.

José Sarney já decidiu que seu mausoléu será nesse prédio público, de frente para a Baia de São Marcos

                O poderio da família Sarney no estado do Maranhão e mais precisamente, na cidade de São Luis parece não ter fim. Hoje enquanto escrevo, já passamos por 17 estados brasileiros e onde vimos mais pobreza foi no estado do Maranhão.
                A capital São Luis está muito mal tratada. Como citado no início do texto, a família Sarney domina o cenário político, econômico e público. Com isso, o dinheiro reservado para melhorias (como asfalto, placas de trânsito,  prédios tombados, ajuda social entre outros) não é investido de forma correta. A briga política dentro desse estado é muito forte.

Descuido com os casarões
                Mas deixando a política de lado, vamos citar o que é possível fazer em São Luis. A Ponte José Sarney é a ligação dos bairros do litoral com o centro Histórico. Quando passar pela ponte, observe a maré. Quando chegamos a cidade, a maré estava super baixa. Até pensamos que tínhamos ido na época errada. Mas no final da tarde, a maré estava cheia. Descobrimos que a Baia de São Marcos (onde fica a cidade de São Luis) tem uma grande amplitude do mar, com quase 7 metros. Além de interferir na vida das pessoas – horário das embarcações e pesca- essa oscilação muda a paisagem, que ora fica seca e ora fica cheia.

Maré baixa
Maré alta


                







            No melhor ponto para se observar essa paisagem marítima, está o Palácio dos Leões, sede do Governo do estado. É um dos cartões postais da cidade e realmente, é o mais bonito e conservado prédio de São Luís.
Palácio dos Leões
                No Centro Histórico estão as famosas casas azulejadas. Recobertas com azulejos portugueses do lado de fora, as casas seriam mais charmosas se estivessem num estado de conservação melhor.


                Visite o Mercado da Praia Grande, também na área central. Além de inúmeros souvenirs, no interior do mercado várias lojinhas comercializam comidas e bebidas regionais. Destaque para o camarão seco (o Maranhão tem fartura de camarão), a tiquira (aguardente de mandioca) e peixes salgados.
                Saindo do roteiro do Centro Histórico, não deixe de passear pela avenida litorânea, recheada de quiosques a beira mar. A praia mais badalada é o Calhau, e além dos quiosques esse bairro tem restaurantes, hotéis e boa estrutura para turistas em volta da Lagoa da Jansen.
Lagoa da Jansen

                Outro local bem interessante fora do roteiro turístico, é o Bar do Léo. Escondido no bairro de Vinhais, esse boteco é tão atrativo por causa da coleção de CDs de seu dono. Com decoração peculiar, os pés das mesas são máquinas de costura antigas e nas paredes, uma porção de quinquilharias enfeitam o ambiente. Entre elas, um livro sobre Tambor de Roda, uma manifestação cultural maranhense que envolve dança e música mas que infelizmente não tivemos a oportunidade de ver. Não perca caso fique sabendo de alguma apresentação.
                Distante pouco mais de 20 km de São Luis, fica a praia da Raposa. A praia é um desbunde de linda. Basicamente, é uma praia de pescadores, onde a pesca é realizada na sua maioria através de currais. Mas a paisagem engloba ainda dunas que represam o mar quando este enche, criando piscinas quando ele vaza. Foi lá que compramos peixe fresquíssimo tirado do mar para fazer a famosa peixada. Se não tiver essa disposição, pode comer em algum restaurante rústico a beira da praia. Com certeza, o produto é fresco. Se quiser levar uma lembrancinha pode comprar renda de bilro no comércio local.

Como venta na Praia da Raposa! Essa foto é de Paulo Caruá

                Por falar em peixada, comemos muito bem em São Luís. A peixada é feita com pescada amarela que geralmente é cozida em com caldo de camarão e outros temperos e fica deliciosa! Acompanhada de farinha d’água então, de lamber os beiços! Recomendamos o restaurante Porto Seguro, de preços honestos (1/2 peixada serviu 3 pessoas e custou R$ 33,00). Fica no centro,perto do mercado de peixes, na Av. Vitorino Freire, 2.
Peixada escabeche com arroz de cuxá

                Mas de São Luís o que mais carregaremos para sempre com a gente são as pessoas. Os amigos que fizemos por lá, o Caruá, Geisa e sua família que nos adotaram e nos receberam em sua casa na noite de Natal. O maranhense é um povo carinhoso, acolhedor e simpático. Isso  Sarney nenhum tira!
Nossos amigos, Caruá e Geisa

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Chapada das Mesas - MA



                Fazia tempo que estávamos querendo conhecer a Chapada das Mesas. Não sei se por causa da distância ou por causa das lindas paisagens que víamos por fotos, esse destino tinha chamado nossa atenção. Localizada ao sul do Maranhão, essa chapada concentra inúmeras cachoeiras além de belas paisagens proporcionadas pelo morros que devido a erosão lembram mesas.
Finalmente, vimos as famosas mesas!

                Programa nessa região é que não falta. Além das cachoeiras, os amantes de 4x4 se deliciam em desafiantes trilhas por areais, os aventureiros podem fazer rapel e tirolesa (inclusive uma das maiores do Brasil, com 1200 metros de extensão), existem trekkings e começam a aparecer algumas trilhas de bike.
                A cidade principal é Carolina. Simpática e acolhedora, a cidade conta com casarões e mangueiras centenárias. Ficamos hospedados em um desses casarões. Com a história da família ilustrada nas paredes e recontada com orgulho pela quarta geração de moradores, a Pousada dos Candeeiros consegue satisfazer os viajantes. Tem wifi, um café na manhã no capricho, piscina, estacionamento, ar condicionado nos quartos e uma pequena cozinha onde hóspedes podem preparar pequenos lanches.

A charmosa Pousada dos Candeeiros, num casarão centenário

                Um aspecto que difere bastante da Chapada Diamantina é que todas as atrações são pagas. Aquelas que ficam dentro do Parque Nacional, custam R$ 5,00 e aquelas que ficam nos complexos localizados em áreas de amortecimento (assim chamado os locais em torno do PN), custam R$ 10 por pessoa. Costumam dizer que é uma taxa ambiental. Nós entendemos que é a entrada no local, já que os atrativos ficam em propriedade privada.

Apreciado no rio Tocantins, o pôr de sol é gratuito



Capelão
Caminho para o Santuário
                As cachoeiras mais famosas e mais visitadas ficam no complexo da Pedra Caída. São elas a do Santuário, a do Capelão e a da Caverna, todas elas de fácil acesso com passarelas e rampas. Eles também oferecem tirolesas (de 400, 600 e 1200 metros) e rapel. Tanto os esportes de aventura quanto as cachoeiras são pagos a parte. Se nada disso te interessa, é possível ficar curtindo o lugar nas suas piscinas naturais. A estrutura da Pedra Caída é muito boa, com restaurante, chalés e até heliponto. Para o próximo ano, o objetivo deles é crescer ainda mais. Estão construindo novos chalés, teleférico e outro heliponto.

Dodô
              


  No sentido de volta para Carolina, fica a Cachoeira do Dodô. O caminho é por areal e é interessante ter um carro alto e traçado. A queda é pequena, mas a cachoeira é linda e com ótimo banho.



               



Encanto Azul
No município de Riachão, a 130 km de Carolina, fica o complexo Santa Bárbara. Nele, você poderá conhecer a Cachoeira Santa Bárbara, uma linda queda dágua de 75 metros de altura e conhecer o Poço Azul, de águas cristalinas. A 7 km de muita areia dali (recomendamos fazer de 4x4) está o Encanto Azul, um poço formado por nascentes de águas transparentes e mornas. Leve óculos de mergulho para melhor apreciar os peixinhos.

                


A 33 km de Carolina, ficam as Cachoeiras de Itapecuru. Também conhecidas como gêmeas, ficam num organizado complexo turístico com bar, restaurante, playground e chalés para quem quiser estender sua visita. Rampas facilitam o acesso a idosos ou cadeirantes. Se quiser um pouco de paz, prefira dias de semana, quando é menos lotada de gente.

São bem parecidas mesmo!

                Se você quer viver uma aventura 4x4, visite as cachoeiras de São Romão e da Prata, dentro da área do Parque Nacional. As cachoeiras são pretexto para percorrer cerca de 120 km de muita areia e pedra. No percurso, passamos no meio de um vale do cerrado e ficamos cercados por várias formações interessantes, uma delas a do Dedo.  O ideal é não ir sozinho. Contrate um guia ou vá com mais carros acompanhando pois não existem placas e são muitas as trilhas. Como sempre, guardamos o tracklog pra você.

Cachoeira da Prata

                Não perca o Portal da Chapada, localizado às margens da MA230. É possível fazê-lo sozinho e sem pagar nada. Tem uma subida íngreme com muita areia e dependendo do estado dela dá pra fazer parte do percurso de 4x4. Quando ele parar, você continua a pé, chegando a uma pedra furada na forma do mapa do Tocantins de cabeça pra baixo. De lá, pode-se avistar várias mesas (inclusive o Morrão) e ter uma idéia da imensidão desse lugar. É o lugar ideal para contemplar a Chapada das Mesas.
Lindo esse mirante. Não perca!

                Existem muitas outras atrações que infelizmente, não pudemos fazer por falta de tempo e por causa do clima. E olhem que ficamos 5 dias por lá! Se você gosta de natureza, não perca esse destino! A Chapada das Mesas vale muito a pena!

Dicas:
-  a melhor época para se visitar a região é de julho a setembro, época sem chuvas e céu azul. Fomos em dezembro e pegamos muita chuva e tempo fechado;
- as principais formações são o Morro do Chapéu (365 metros), o Morro do Dedo e o Portal da Chapada
- existem várias agências que levam o turista até as atrações. Mas caso esteja de carro, é possível fazer quase tudo sozinho, pois praticamente todas as cachoeiras ficam em propriedades particulares, com boa estrutura.
- ir de 4x4 não é imprescindível mas dá maior autonomia
- leve sempre o trio chapéu, repelente e protetor solar
- dependendo do volume de água, é possível ficar atrás da queda da cachoeira de São Romão. Para nós, foi uma experiência fantástica!
Essa foto foi antes da gente se enfiar na parte de trás da cachoeira! Impactante essa de S. Romão

- Carolina carece de bons restaurantes. Mas foi lá que conhecemos o bacuri, uma fruta típica da região. Tomamos muito suco e sorvete dela, o sabor é marcante e adocicado. Era época de bacuri, as estradas de areia estavam tomadas por frutos, que muitas vezes, ninguém coletava. Ficamos apaixonados por essa fruta tão gostosa e recomendamos que você também a experimente.
Bacuri, boa como sorvete, suco, mousses e até pura.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Seguro Saúde Internacional

            Entre outros preparativos da viagem, vocês já viram que nós nos preocupamos com a saúde. Além de vacinas e remédios, também fizemos seguro saúde internacional.
            Mais do que atentar aos seguros obrigatórios para alguns países* queremos nos prevenir para algum acidente ou doença que possa ocorrer durante a viagem.  E além disso, alguns países como EUA e Canadá não possuem sistema público de saúde com atendimento gratuito. Nesses lugares, se você não tiver seguro de saúde terá que pagar todos os custos como particular, o que é bem caro por lá. Assim, não é nem um pouco recomendado ir pra lá sem um seguro de saúde.
Última do Mauro:
RX no Maranhão depois de uma pancada no joelho.
Felizmente não foi nada
            Além da possibilidade de você ficar doente na viagem, acidentes pequenos e grandes acontecem nos lugares mais inusitados e quando menos esperamos. O Mauro, por exemplo, já rompeu os ligamentos do tornozelo descendo de um ônibus e ficou vários meses imobilizado. Pra ver como podemos marcar bobeira em qualquer lugar.
            Ah, mas meu cartão de crédito já inclui seguro. Bom, você que não é marinheiro de primeira viagem já sabe que os cartões anunciam muito mais do que oferecem. Veja muito bem as letras pequenas da apólice que normalmente as coisas não são tão fáceis assim. A maioria dos cartões, somente indicam médicos, dentistas, etc, sem cobrir os custos deles, que são seus. Alguns até te adiantam um dinheiro numa necessidade, mas você tem que pagá-los depois. Mas existem exceções, e recomendamos que você se arme de muita paciência para ligar à operadora de seu cartão e questionar qual sua cobertura, e tentar conseguir uma apólice. Outra questão é que você tem que comprar a passagem integralmente com o cartão de crédito. Quem está parcelando a passagem ou viajando com milhas pode ter problemas e não ser atendido.

            Em viagens internacionais, nós sempre contratamos seguro adicional, além do cartão de crédito. Já fizemos o seguro Top Travel, da AmEx . Que inclusive usamos quando parte de nossa bagagem foi extraviada e a que chegou estava danificada.
            Também já contratamos o seguro da Corus, que felizmente não usamos.
            Para esta viagem agora, pesquisamos muito e decidimos contratar o seguro da World Nomads. O custo é menor do que um seguro aqui no Brasil, e ele tem cobertura muito superior aos demais (US$ 5 milhões), ressarcimento de 100% das despesas, além de outras coberturas como bagagem, atraso de vôo, roubo de documentos, etc. Quem já usou aprova, mas esperamos não entrar nesse grupo. Veja abaixo uma calculadora online com o custo de seguro, que pode ser contratado online a qualquer momento, mesmo durante a viagem.


Travel Insurance.
Simple & Flexible.





















Policy type






            Num próximo post, nossa pesquisa sobre seguros de veículos.


*países participantes do Acordo de Schengen (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Islândia, Holanda, Portugal, Luxemburgo, Noruega e Suécia) solicitam seguro de até 30 mil Euros para despesas médicas. Além desses países, o seguro saúde também é obrigatório para quem vai aos EUA ou Canadá com visto de estudante.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Acima do Equador

Hoje estivémos nos dois hemisférios com o carro: conseguimos cruzar a linha do Equador.


O mais bacana é cruzamos essa linha dentro do nosso país, a caminho de Boa Vista. Um pedacinho bem pequeno do Brasil fica no hemisfério norte. 




Ah, e já comprovamos a teoria que ao dar descarga a água desce reto!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Já em Manaus

O post de hoje é curto. Só para informar que chegamos em Manaus hoje, todos os três.
Eu e Mauro viemos de avião, com milhas.
O Jumbo, atravessou o rio Amazonas de barco sozinho.

Em companhia de seus coleguinhas de viagem (coleguinhas??)

O Jumbo está melhor que nós dois: chegou sem um arranhão a mais.
Nós, estamos cansadíssimos, chegamos de madrugada no aeroporto de Manaus e estamos nos sentindo um pó!
Mas estamos felizes que nosso carrinho chegou inteiro, são e salvo.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Revisões Hilux 60 e 70 mil km

            Com a loucura da partida, acabamos não postando nada sobre a revisão dos 60 mil km do Jumbo. Apesar de estar um pouco antes da quilometragem indicada, optamos por fazer a revisão do Jumbo em Santos antes de partirmos:


Fazendo a revisão antes da partida em Santos,
com a equipe de atendimento, de peças e de serviço.
Revisão de 60 mil km
Realizada em 24/out/2011 aos 59126 km, na Toyota Collection, Santos SP
Troca de óleo e filtro, filtro combustível, de admissão de ar e de ar condicionado, correia de distribuição e pastilhas de freio dianteiras, além da lubrificação do diferencial
Valor: R$ 885,62 só o valor da revisão, sem as pastilhas de freio (não fazem parte da revisão, foram trocadas por estarem desgastadas).
Também comprei algumas peças de reposição para levar, caso precise e não encontre: filtros de óleo e de combustível, anel do bujão e correia dentada.

Nesses últimos 2 meses, rodamos mais de 12 mil km e aproveitamos pra fazer a revisão de 70 mil km em nossa parada em Belém PA. Além da necessidade de fazer uma revisão pela quilometragem, ela também é necessária pelas condições que enfrentamos, com muitos kilometros de areia.

Revisão de 70 mil km em Belém, PA
Revisão de 70 mil km
Realizada em 02/jan/2012 com 71639 km, na Toyobel (Pará Automóveis) em Belém, PA
Troca de óleo e filtro , e filtro de combustível apesar de não ser necessária. Além da lubrificação do diferencial e da árvore de transmissao.
Valor: R$ 467,42 
Além da revisão, compramos filtros de ar e de ar condicionado extras, para troca posterior, que não estão inclusos no valor acima.  


Como o carro ainda está na garantia, nossa escolha tem sido fazer todas as revisões em concessionárias autorizadas. Mas a manutenção não é feita somente lá não. Além das paradas previstas a cada 10mil km, também fazemos:
- análise visual em cada abastecimento (em uma delas descobri a perda de alguns parafusos de roda);
- calibragem adequada dos pneus (normalmente para asfalto);
- verificação do óleo e outros fluidos (radiador, água, etc);
- lavagem periódica do carro.
Esse último pode parecer um detalhe, ou ‘perfumaria’, mas não é não. O acúmulo de sujeira, e principalmente lama ou areia pode comprometer algumas funções essenciais, como a árvore de transferência/ diferencial e até o filtro de admissão de ar.

Sujinho, nas dunas de Mangue Seco

Pra dar um trato em sua viatura, temos 2 recomendações no Maranhão, onde fizemos algumas trilhas mais pesadas e o Jumbo pedia um banho urgente:
Em Carolina, Chapada das mesas, 
       o ótimo lava rápido do Marcelo R$ 25 pra pick-up. S7° 19,799 W47° 28,368
Em Lençóis Maranhenses, na verdade em Precaú na estrada pra São Luís, 
       a Stop Car do Ildo também a R$ 25. S 02° 56,546 W 44° 15,329
             Em ambos, fizemos a lavagem completa que inclui lavar o carro por baixo e um jato dágua para tirar a areia do motor. 


Areia sobre o filtro de ar, depois de atravessarmos um rio, sem snorkel, ufa !!!

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Serra da Capivara

                Conhecer o Parque Nacional da Serra da Capivara não é para qualquer um não. O calor e a dificuldade de se obter informações é muito grande e é preciso persistência e bastante paciência para descobrir esse tesouro escondido no sertão do Piauí.

Buraqueira na estrada.
                Começando com o acesso, a mais de 300km de Petrolina (PE) e 500km de Teresina (PI). A estrada está sendo reconstruída e além da distância, trechos de asfalto no meio de buracos  fazem sua viagem ser mais longa.   Além disso, apesar de ser obrigatória a entrada no parque com guias cadastrados, não existe nenhuma central de guias na cidade nem uma pessoa disponível na entrada que possa te guiar. Se você chegar desprevenido, não entra. O problema é seu, simples assim.
                Com essa postura, percebemos que o foco do parque não são os viajantes autônomos como nós. São os grupos de excursão, pequenos e regionais, nada de CVC. Por que? Porque o guia custa R$ 75 a diária para um grupo de 8 pessoas. Mas é praticamente impossível formar um grupo na hora. O turista tem que organizar seu grupo antes pois eles dificultam o máximo a formação de grupos, para ocupar mais guias. Outro fato: gostaríamos de ter feito uma visita a noite. Não conseguimos, pois além de pagar o guia, é preciso pagar uma taxa de R$ 50,00 para um grupo de até 20 pessoas. Pedimos informação se haveria mais algum grupo interessado. A resposta foi: “o grupo de vocês é de dois, não podem juntar grupos”. Sério, ficamos sem entender nada. Como assim? É proibido juntar grupos?

Desenhos ricos em ações humanas.
                
                O Parque Nacional da Serra da Capivara foi criado com o objetivo de preservar sítios arqueológicos que comprovam a existência do homem primitivo nesse ponto do continente. Alguns indícios da presença humana ainda são controversos, como a fogueira datada de mais de 60.000 anos. São indícios importantes, que estão sendo devidamente estudados pois coloca por terra a teoria de ocupação das Américas pelo estreito de Bering.
                Polêmicas a parte, indiscutível é a presença humana pré-histórica nessa parte do Brasil. O número de sítios arqueológicos do parque ultrapassa os mil, a maioria com pinturas rupestres. Pinturas que retratam a vida desses humanos há quase 10000 anos atrás. Um verdadeiro museu a céu aberto!

Olhando o simbolo do parque.
                
                As pinturas se concentram nas tocas, os abrigos dos homens daquela época e representam a caça, os animais, o sexo e alguns rituais. O que mais impressiona na visita ao parque é a concentração dessas pinturas em tão pouco espaço. Diferentemente da maioria dos visitantes do parque, fizemos um roteiro de dois dias e nas nossas caminhadas pudemos visitar 27 sítios. A grande maioria com uma exuberância de pinturas rupestres.
                Além de pinturas rupestres, o visitante pode ver a Pedra Furada, uma interessante erosão que causou um buraco no meio da rocha.
                As caminhadas pelo parque são um capítulo a parte. Muitas são pesadas, com subidas e descidas íngremes. Mas os mirantes compensam!!!

Lindo demais!

                O Parque Nacional fica perto da cidade de Coronel José Dias e acabamos ficando no Albergue Serra da Capivara (S 08⁰49,066' W 42⁰30,880''), onde a dona ,Girleide, nos recebeu muito bem e nos deu o que mais precisávamos no momento: informação. O Albergue é simples, mas os quartos possuem ar condicionado. Pagamos R$ 20 pp, sem as refeições. Pagas a parte, custam R$ 5 o café da manhão e R$ 10 o almoço ou jantar, por pessoa. Não vimos outro tipo de hospedagem nessa cidade, apenas um camping na entrada do parque que estava desativado.
                No local do albergue, funciona a Cerâmica Artesanal Serra da Capivara, que produz lindas peças reproduzindo os desenhos  encontrados no parque. Dia de semana, o visitante encontra a cerâmica a pleno vapor, com os oleiros confeccionando as peças e pode observar o trabalho dos artesãos.


                Há 30 km de distância, fica a cidade de São Raimundo Nonato. Nela o visitante encontra uma estrutura bem melhor, com mais opções de hospedagem, supermercados e lanches. Ficamos no Real Hotel (R$ 86,00 o casal com café da manhã, S 09⁰00,954' W 42⁰41,507''). Apesar do hotel dizer que tinha internet, ela não funcionou nenhum dia. Descobrimos que nem na lan house próximo ao hotel a internet funcionava direito. Um problema de distribuição na cidade.

Museu do Homem Americano
                
                 São Raimundo abriga o ótimo Museu do Homem Americano (R$10 a entrada). Auto explicativo, ele reúne muitos objetos encontrados nas escavações do parque. São pedras lascadas, colares e cerâmicas. Sem falar no crânio do homem de mais de 9 mil anos. Destaque para a apresentação das pinturas rupestres em grande tela e painel interativo onde você é o arqueólogo. Do lado de fora, a controversa fogueira tem seu espaço. Muito interessante!
                Mas não se esqueça, saiba que as dificuldades em se conhecer o parque são bem grandes e pense bem se está disposto a enfrentar a longa distância, o calor e a displicência de serviços do local antes de sair de casa.
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