domingo, 12 de fevereiro de 2012

Boa Vista/ Tepequém

Chegamos no Hemisferio Norte, pela BR174 em RR

Roraima é um estado isolado, por sua posição geográfica ser no extremo norte do pais, acima do rio Amazonas, a quase 800 km de Manaus, uma tremenda barreira física.  Portanto, a maneira mais fácil de se chegar e de se sair de Boa Vista é de avião. No nosso caso, fomos pela estrada mesmo, pegamos a BR174, saindo de Presidente Figueiredo. Essa foi uma estrada difícil, primeiro porque mais de 100km passam por dentro da reserva indígena dos Waimiri-Atroari, trecho que pode ser cruzado apenas das 6 as 18 horas. Depois disso, 300 km de estrada muito ruim, até chegar Caracaraí. Dai para frente, a estrada fica boa.
Por causa desse isolamento, não tínhamos a menor ideia do que encontrar. Mas fomos positivamente surpreendidos com uma capital com comércio dinâmico, restaurantes, hotéis farmácias, supermercados, empresas além de pessoas maravilhosas.
Foi em Boa Vista que provamos o melhor tambaqui da viagem. O tambaqui é um peixe dos rios da Amazônia, saboroso. A melhor parte dele são as costelas. Prove assado na grelha. Com as sobras do almoço, fizemos um risoto que ficou simplesmente divino.
Orla Taumanan, Boa Vista, RR
Na capital você pode para passar uma tarde nas praias que surgem na época da seca (outubro a abril) no leito do rio Branco. O acesso é através de barcos que saem do porto e cobram R$ 4 pp, ida e volta. Também não deixe de passear na Orla Taumanan, de onde é possível avistar as tais praias.
Mas as principais atrações de Roraima ficam fora da capital. A Serra do Tepequém é o mais famoso deles. Com 1500 m de altura, a vila Tepequém dista 50 km do município de Amajari, trecho todo em asfalto. As muitas cachoeiras fazem o sucesso do lugar. Existem algumas pousadinhas simples e campings. Nós ficamos em casas de amigos e acampamos no carro mesmo. A vegetação é o lavrado, campos naturais com vegetação rasteira que se assemelha a savana encontrada na Venezuela.
Mirante da Cachoeira do Paiva
Visitamos as cachoeiras do Paiva (e seu lindo mirante), do Cabo Sobral, do Barata e o Igarapé Preto. Dessas, o Igarapé Preto é a única que se precisa de um 4x4 alto. Ainda tem a Cachoeira do Funil e a visita ao mirante do Sr. Cuia, também passeios off road. Importante: leve e passe muito repelente, os mosquitos em toda Tepequém são implacáveis. Apesar de serem gratuitas, as cachoeiras tem trilhas bem demarcadas mas não oferecem serviços de bar e restaurante. Leve seu lanche e não esqueça de trazer o lixo de volta!
Os amantes de off road também tem outros destinos no estado, como a Serra do Sol e a região de Uiramutã. Mas se informe antes com o pessoal do 4x4 local sobre passeios organizados a esses locais porque não são passeios para se realizar sozinho, primeiro por causa da dificuldade em si e segundo, por passar dentro de reservas indígenas (como a Raposa Serra do Sol) e necessitar da autorizaçao dos indígenas. Pode falar com o Elmer, da Retífica Central, sobre a ocorrência desses passeios. Ele tem uma mecânica que serve como ponto de encontro da galera off road da cidade e tem dicas e muitas informações.
Indicamos muito esse destino desconhecido no Brasil, principalmente para os amantes da natureza e do mundo off road. 

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