domingo, 5 de fevereiro de 2012

Belém do Pará

Passamos quase duas semanas em Belém do Pará. Essa pausa longa foi necessária pois foi nesse período que enviamos o Jumbo para Manaus de barco e optamos ficar em Belém ao invés de Manaus por não conhecer ainda a cidade e por não termos simpatizado com Manaus numa visita anterior. Decisão mais que acertada, pois adoramos ter passado esse longo período na cidade considerada o Portal da Amazônia.

Casa das 11 janelas

Não conseguimos dizer o que foi que mais gostamos em Belém. Se o fato da cidade ser muito preservada, com prédios públicos imponentes e cheia de praças arborizadas, com alamedas permeadas de altas mangueiras. Uma cidade grande mas fácil de se localizar, fácil de se movimentar principalmente de ônibus, com grande frota e muitas linhas de coletivo.
A culinária paraense deliciosa, peculiar, cheia de novos e fortes sabores também teve um grande peso na nossa admiração por Belém. Provamos tudo: maniçoba, tacacá, arroz paraense, pato no tucupi e o açaí, alimento que não falta na mesa do paraense. Eles comem de forma diferente da que estávamos acostumados no sudeste, processam puro e cada um faz a mistura que mais gosta. Gostamos mais do açaí paraense com açúcar, gelo e tapioca e comemos puro ou acompanhado de camarão. Bizarro? Não, delicioso!!! E o jambu, uma folha de sabor forte e levemente anestésica, utilizada em vários pratos regionais, como o tacacá, mas eles usam até em pizza. Um ótimo lugar para experimentar tudo isso é o Portinha (Rua Dr. Malcher, 464), uma lanchonete super exclusiva: além de ser minúscula, realmente uma portinha, abre somente de sexta a domingo, das 17 as 22 horas, se a comida não acabar antes.

Comemos um bom açai por preço justo no mercado Ver-o-Peso

E as frutas? Cupuaçu, pupunha, tucumã, pitomba, murici, bacuri, buriti, acerola, taperebá, graviola e tantas outras deliciosas, cheirosas e lindas além dos nomes super sonoros.
Frutas diferentes

Onde encontrar tudo isso? No Ver-o-peso, o mercado ao ar livre mais famoso e completo da região. Além de comida, você encontra artesanato marajoara e ervas. O povo do Pará tem uma erva para cada mal, uma coisa de louco! São milhares de plantas e raízes perfumadas com diferentes funções. Compramos além do óleo de copaíba e andiroba, uma mistura de ervas para a passagem de ano, que usamos para tomar banho nós e o Jumbo.
Farmácia natural

Ali perto, encontra-se o Estação das Docas, três armazéns do porto restaurados com restaurantes, bares, lojinhas e cinema. Comparamos com o Puerto Madero em Buenos Aires pelo charme e aproveitamento de um local antes degradado e hoje revitalizado. Pra ajudar, o ambiente é climatizado, ou seja, um oásis na quente e úmida Belém. Vá lá e para se refrescar mais ainda, tome um sorvete Cairu, o melhor sorvete da viagem até agora.

Estação das Docas

Não deixe de visitar as igrejas de Belém. A Basílica de Nazaré é ricamente decorada sem ostentação. Ela é responsável pela organização do Círio de Nazaré, uma das mais fortes manifestações religiosas do Brasil que acontece em outubro.
Basílica de Nazaré

Outra igreja que merece uma visita é a Catedral da Sé. Localizada na praça homônima que ainda tem outros pontos turísticos: a Casa das Onze Janelas, o Forte do Presépio e o Museu de Arte Sacra.

Quer passear e curtir a natureza? Vá ao Parque Emilio Goeldi (Rua Magalhães Barata, 376, de 3ª a domingo, das 9 as 17 horas, R$2,00 por pessoa), um parque zoobotânico incrustado no meio da cidade. São muitas espécies de árvores e plantas amazônicas nesse pequeno espaço. Novamente, ficamos impressionados com o tamanho das árvores. Gigantescas! Bom para se visitar com crianças pequenas pois possui animais, como onças pintadas e macacos.
No Emilio Goeldi

Outro lugar onde é possível contemplar a natureza é o Mangal das Garças na beira do Rio Guamá. Entre seus atrativos, um mirante para contemplar a bela paisagem.
Mangal das Garças

Em nossas andanças, descobrimos o Mercado São Braz, com muitos produtos regionais e lanchonetes. Achamos mais limpinho que o Ver-o -peso e comemos duas vezes por lá. O destaque ficou pela cooperativa de artesanato regional, com preços bem em conta e atendimento dos próprios artesãos.
Mercado São Braz

Não podíamos deixar de falar do carimbó, a dança de roda típica do Pará. Pudemos participar de uma ver uma apresentação, existe uma com horário marcado: vá a Praça da República no domingo por volta das 11 horas e se informe próximo às bancas que vendem instrumentos musicais.
Ficamos satisfeitos pela nossa escolha de passar esses 12 dias em Belém. Gostamos muito dessa cidade vibrante, com tantas referências amazônicas.

Não perca o sorvete de carimbó, da Cairu


Dicas
- dividimos nossa hospedagem em duas, para ter duas experiências distintas. Ficamos no hotel Formule 1 e depois no Amazonia Hostel. Ambos econômicos e bem localizados, mas completamente diferentes: no hostel você tem uma socialização com outros hóspedes e no hotel uma infraestrutura maior, com banheiros privativos sempre com água e quartos padronizados.
- como fomos no inverno, choveu todas as tardes em Belém. Geralmente, nem guarda chuva segura, pois era muito forte. O negócio era se abrigar e esperar a chuva passar, o que não demorava muito.

- nós caminhamos muito pela cidade e em nenhum momento nos sentimosinseguros. Mas todos os locais nos alertaram a não caminhar sozinhos, principalmente a noite, em determinados lugares.
- descobrimos uma rua com vários barzinhos com música ao vivo onde os locais fazem happy hour: a travessa Almirante Wandenkolk. Quem quiser balada, vá ao escondido Mormaço, que fica num píer na beira do rio Guamá

9 comentários:

  1. Fale casal, fale negão... kkkkkk
    Aqui é o Marcus, do hostel belém Amazonia hostel, como estão? por onde estão? Vocês têm facebook?
    Tava vendo o site e o blog.. muito bacana, gostaria de manter esse laço de amiizade que criamos aqui. Espero que estejam bem.. um abraço meus amigos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Marcus.... que bom que entrou em contato!
      Como vão as coisas ai pelo Hostel? Indicamos o hostel para um trio de franceses homens que conhecemos na Venezuela. Talvez nos proximos dias eles estejam por ai também1
      Agora estamos na Venezuela, no litoral caribenho. Aguardando ansiosos para que o sol apareça amanhã!
      Continue nos visitando sempre!
      Temos fb apenas pessoal, se você quiser nos mande um email que mando os nomes!
      anima.projeto@gmail.com
      um grande abraço!!!
      MM

      Excluir
  2. Ois! No blog vcs comentam que foram no inverno para Belém??! ou é porque o pessoal de Belém considera a época de chuvas como "inverno", é isso? Bom, deu até vontade de conhecer Belém só para experimentar todas essas comidas gostosas! : ) bj!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Bruna e Jayme!!!!
      Inverno porque nessa época chove mais do que o normal.
      Olha, super indico Belém como experiência amazônica. A cidade é cativante e bonita. Com certeza, vale uma visita!
      Um beijo

      Excluir
  3. Hum! Adorei Belém. Preciso incluir com urgência na minha listinha de desejos pelo Brasil.
    A viagem já está começando a ficar enorme e cheia de lindas histórias.
    Parabéns pelos 100 dias!!!
    Beijo
    Claudi

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Claudia, realmente, inclua Belém na sua próxima viagem. Você vai adorar!
      Um beijão, Marina

      Excluir
  4. Obrigada pelas belas recomendações pela nossa cidade. Qualquer dúvida, estou à disposição.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada Juliana!
      Você pode enviar o seu contato para anima.projeto@gmail.com
      Obrigada

      Excluir
  5. Ótimas dicas da cidade, bem redigida e convidativa.
    Dá saudades!!!!!
    Quando estive por lá fiquei no Hotel Amazônia, bem próximo disso tudo e pude fazer tudo à pé também. Preço de albergue e serviço de hotel. Aproveitei tudo assim como você.

    ResponderExcluir

Seu comentário será publicado após aprovação.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...