quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Cachoeiras da Chapada Diamantina

            As águas e pedras da chapada possuem características muito fortes. Apesar de limpas, as águas na maioria são escuras, parecendo chá-mate bem fraquinho. As pedras parecem que sobrepõe-se umas às outras. Em todas as trilhas que margeiam o rio, minha impressão é que houve um grande desmoronamento, e nunca ninguém conseguiu arrumar a bagunça que ficou.
            Há uma infinidade de cachoeiras na Chapada Diamantina, de difícil e fácil acesso, com águas geladas ou mornas, transparentes ou escuras, altas ou baixinhas, com canyon, sem canyon, com gente, sem gente. Ufa! Difícil escolher qual a melhor.

Cachoeira do Buracão (2003): considerada por nós a número um. Ela fica no município de Ibicoara, a uns 200 km de Lençóis. O acesso é fácil, com uma trilha muito agradável, com muitas paradas para banho. No caminho, passamos por mais duas cachoeiras, uma delas subterrânea, pois não tem rio nem poço (água sai de dentro de uma parede e corre para baixo das pedras). O gran finale é o Buracão mesmo. Quando acaba a trilha, você chega a um desfiladeiro com rio e não avista a cachoeira, somente escuta o som forte da água. Tem duas alternativas: pode ir nadando contra a correnteza até a queda ou caminhar agarrado às pedras do canyon, chegando lá seco e com a câmera fotográfica a salvo. Então você chega num buracão, com aquela água toda despencando. Para voltar, ou pelo canyon novamente ou levado pela correnteza do rio. Esse é um lugar de sentir. As fotos não conseguem traduzir o impacto que nós sentimos.

Cachoeira da Fumaça (2003): para se chegar nela, tem uma trilha íngreme, com poucas árvores no caminho. Quando fomos tinha pouca vazão de água, e a cachoeira pouca fumaça tinha. Ela assim se chama por sua queda ser de 400 metros de altura, e de tão alta, não chega direito lá embaixo, vira fumaça. Existe também a trilha de três dias para ver a Fumaça por baixo. Ainda não fizemos mas dizem ser um trekking belíssimo.

Cachoeira do Cristais e Três Barras (2003): a única trilha que fizemos sem a presença de mais ninguém a não ser o guia, foi essa. Uma trilha muito difícil, que exigiu muito esforço físico e cuidado, principalmente porque havia chovido e o rio estava alto, exigindo que fizéssemos um canoying (caminhada nas pedras no leito do rio). Foram 16 km de caminhada no total, nessas condições. Essas cachoeiras ficam na serra do Capa-Bode, um dos locais mais altos da Serra do Sincorá. Valeu, pois as cachoeiras são lindas, principalmente a dos Cristais. Além disso, passamos por um campo onde cristais pareciam brotar do solo! Nunca tinha visto nada igual!
Cachoeira do Mosquito (2007): Na verdade, visitamos essa cachoeira em 2006, no último dia do ano, aproveitando assim para tomar um belo banho de descarrego, limpando o corpo para receber todas as energias positivas do novo ano que já estava na porteira. A trilha de 2 km é considerada fácil mas no final exige um pouco mais pois precisamos atravessar um rio com água até o joelho e descer um barranco bem íngreme. A cachoeira é linda, emoldurada pelas pedras características da região e ótima para se banhar. Fica numa propriedade particular, então paga-se uma taxa para visitar.
Cachoeira do Sossego (2007): infelizmente, de sossego não teve nada! A trilha foi difícil, pois vai-se beirando o rio, pulando pedras. Nós resolvemos ir sem guia e num trecho a trilha acabou. Procuramos e nada. Quando estávamos desistindo e voltando tristes, um casal passou acompanhado por um guia e voltamos, para ver qual era o caminho. Nesse trecho, tem que cruzar o rio e passar por baixo de uma pedra. Daí pra frente, a trilha continua e se chega a cachoeira. Por sinal, no dia que nós fomos, o tal sossego foi embora, junto com uma galera que pulava e gritava loucamente nas suas águas. Tomamos um banho rápido e voltamos a trilha, registrando a pegadinha da “passagem pela pedra” e aproveitamos para tomar banho de rio num lugar mais tranqüilo.
Poço do Diabo (2005): por ser de fácil acesso, estava mais que lotado de gente. É um lugar bom e bonito para banho, próximo de Lençóis (sentido Mucugê). Preferimos ficar no rio na parte de cima da cachoeira, ótimo para relaxar.
Cachoeira do Raposo e Brumado (2005): fica em Rio de Contas e para se chegar nelas, pegamos o caminho de uma antiga estrada de pedra que ligava Rio de Contas e Livramento no período da exploração do ouro. A cachoeira do Brumado é avistada da rodovia verde, a estrada que chega em Rio de Contas. Não tomamos banho nela pois dizem por aí que pode estar poluída pelo esgoto de Livramento. Mas o visual dela é incrível!
Canyon da Cachoeira da Fumacinha (2009): fica próximo a Ibicoara e está se tornando passeio obrigatório. Nós fizemos o trekking para se avistar o canyon. Até conseguimos ficar atrás de uma quedinha d’água mas não é possível ver a cachoeira. A vista do canyon é espetacular! A caminhada foi média e valeu de propaganda para fazermos da próxima vez a trilha pelo canyon da Fumacinha, na parte de baixo. Dizem que o trekking é bem difícil mas que o esforço vale à pena!
Cachoeira dos Funis (2005): essa aí, meu amigo, fica no meio do Vale do Pati. Só quem faz as travessias que passam pelo vale é que podem conhecer! A caminhada, que para nós saiu da casa do Sr. Wilson, é fácil e a cachoeira é uma delícia! No caminho, várias quedinhas d´água interessantes.
Ribeirão de Baixo e do Meio (2005/2007/2009): na verdade é um rio com pequenas quedas, formando poços deliciosos para banho e pedras para descanso. Fica em Lençóis e é pouco procurada por turistas, com acesso fácil a partir do centro.

2 comentários:

  1. Casal Animado heimmmm!!!!
    Parabens, um belo post para um belo destino.....Esta é a nossa Chapada preferida!!!
    Estaremos sempre por aqui.
    bjs

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  2. obrigada pela força!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
    bjos

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