quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Panamá, muito mais que um canal

Do famoso canal, você já deve ter ouvido falar. Talvez também de um tal modelo de chapéu, que na verdade é feito no Equador. Mas o Panamá é muito mais que isso. Ilhas paradisíacas no Caribe, reservas de natureza preservada e uma metrópole vibrante são algumas partes bem menos conhecidas desse pequeno país que tem o canal como destaque. 

Cidade do ArcoÍris, Boquete
Nossa primeira parada no Panamá foi a cidade do arco íris, Boquete. Pequena cidade a 1060m de altitude com grande produção agrícola e de café. O grande umidade gera uma garoa frequente que com o sol produz vários arco íris. Vimos uma dezena deles nos poucos dias que ficamos lá. Saímos de Boquete em direção à cidade do Panamá, e no caminho passamos pela Punta Chame, uma pequena península no Pacífico onde é frequente encontrar arraias na beira da praia. Cuidado ao entrar na água, pois não é muito difícil pisar sobre uma arraia o que deixa um ferimento bem complicado. O tempo não nos animou a entrar na água e esse risco não corremos. 
Skyline de Cidade do Panamá
Cidade do Panamá, que surpresa boa. Uma verdadeira metrópole tropical, com arranha céus, hotéis de luxo mas também um centro histórico colonial bem interessante. A cidade de 880 mil habitantes fica na ponta do canal no lado do Pacífico e está em um crescimento a ritmo acelerado. Após a transferência do canal dos EUA para o Panamá em 1999, a injeção de dinheiro que o canal proporciona está levando o país a um crescimento enorme. E tudo indica que essa tendência irá continuar. 
Centro da Cidade do Panamá à noite
Dizem por lá que o Canal do Panamá é a maior obra de engenharia do mundo. Apesar de ser só um canal, as proporções são realmente gigantescas. Eles tiveram que literalmente remover montanhas inteiras para passar o canal. Isso em 1903 !! E ele continua funcionando mesmo sendo quase secular. A operação dele é bem interessante, funciona a base de eclusas, vale a pena visitá-lo. O interessante é observar que para funcionar o canal precisa de água. Uma coisa tão básica mas que preocupa bastante os empresários do canal. Portanto, o Panamá tem várias áreas de preservação ambiental que proporcionam um volume de chuvas na medida para o canal. Choveu, todo mundo fica feliz. 
Os navios passam quase raspando no Canal do Panamá

A história da construção do canal é um pouco nebulosa. Se de um lado a história contada é de que a França desistiu de construir o canal vencida pelas doenças (febre amarela e malária) e condições inóspitas, por outro todo mundo sabe muito bem que a separação da Colômbia e Panamá foi patrocinada pelos estadunidenses. Como o contrato para a construção do canal foi firmado entre a Colômbia e a França, criado o estado do Panamá esse contrato não teria mais validade. Portas abertas para os Estados Unidos construirem e depois, explorarem durante quase 100 anos o mais desejado canal de todo mundo. 
 Nada melhor do que conhecer a região com pessoas locais. O Jorge e o Rubem foram ótimos anfitriões, nos levando conhecer San Blás (que antes pensavamos ser acessivel apenas por veleiros) e a própria Ciudad do Panamá. Fomos para San Blás de carro, numa estrada extremamente sinuosa. Chegamos até um porto de onde pegamos um barco que em apenas 15 minutos nos levou até a paradisíaca Isla Aguja. A ilha é minuscula, em menos de 100 passos você caminha por toda sua circunferência. 
Isla Aguja, um montinho de coqueiros perdidos no Caribe
Pensávamos que seria uma ilha deserta e carregamos barraca e comida para os dois dias. Mas lá chegando, descobrimos que algumas familias dos nativos Kuna Yala habitavam o local. Bom, para nós foi ótimo pois depois de meses pudemos comer por dois dias consecutivos um churrasquinho que ficou do jeito brasileiro. Graças ao Jorge e ao Mauro que com seus conhecimentos de escoteiros conseguiram e insistiram em fazer um fogo quase impossível com o carvão molhado. Sim, porque apesar de paradisíaca, pegamos uma chuva danada em San Blas. Caprichos da natureza...
Praia na Isla Aguja, San Blas, Caribe
Além disso, usamos nossa barraca que estamos carregando no Jumbo desde que saimos de casa. Taí um item dispensável para uma próxima aventura. 
Por conta do atraso no envio do carro de Colon até Cartagena, ficamos mais tempo do que o planejado no Panamá. Mas gostamos em conhecer mais a fundo um país que tem muito mais que o canal para oferecer.

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