segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Descobrindo as montanhas colombianas

Todo dia o sol se põe no mar em Cartagena.
Na ida de nossa viagem, passamos duas semanas em Cartagena por causa do envio do carro de navio para os EUA. Agora na volta, passamos novamente uma semana em Cartagena esperando para poder retirar nosso carro e seguir viagem rumo ao sul do continente. Apesar de Cartagena ser uma cidade interenssantíssima e altamente recomendável, ficamos cansados de ficar na mesma cidade por tanto tempo. Ainda mais, porque se comparada com as demais cidades colombianas, Cartagena é cara e quente! A mais importante dica de Cartagena, escolha algum lugar com ar condicionado para ficar.  Dessa vez, passeamos pela cidade murada e como estávamos sem o carro, ficamos hospedados no tradicional bairro Getsemani. A localização do hostel num primeiro momento assustava. Mas depois da primeira noite nos acostumamos com os boêmios e as prostitutas, praticamente dentro dos dos livros de Gabriel Garcia Marques (leia Memoria de mis putas tristes). Pegamos gosto por um hábito hiper saudável dos colombianos- os sucos naturais. Descobrimos sabores de várias frutas diferentes! 


Experimente zapote com leite
Adoramos comida de rua: arepas com queijo





Canyon Chicamocha
Scenic drive
Depois de desembaraçar os papéis do carro e pegar o Jumbo de volta, seguimos para as montanhas onde o clima ameno permitiu que acampássemos no carro. Nosso primeiro destino foi a cidade de San Gil. No caminho, passamos pelo Canyon de Chicamocha, um canyon impressionantemente grande. Não chega a ser um Grand Canyon mas é muito bonito e vale a parada. Ao invés de irmos ao Parque Nacional do Chicamocha conhecer o canyon, decidimos visitar um mirante porque pensamos que seria grátis mas o pedágio de COP 10 quebrou nossa perna. A  estrada que contorna o canyon é muito cênica, várias paisagens deslumbrantes. Você sobe e desce que é uma loucura mas vale bastante a pena. É um ótima quebrada de viagem.










Em San Gil, encontramos um camping ótimo e acabamos ficando por três noites. San Gil é conhecida por seus esportes radicais, como rafting. Nós passeamos bastante mas aproveitamos para relaxar um pouco, já que o camping onde ficamos tinha umas piscinas deliciosas, inclusive com tobogã pequeno mas divertidíssimo. Um oásis depois de Cartagena! (Camping San Marcos, COP 20.000,00) 
Parece pouco mas essa piscina foi deliciosamente refrescante

Em um desses dias, aproveitamos para conhecer a linda e charmosa cidade de Barichara. Com aquelas casinhas coloniais branquinhas e céu azul intenso, Barichara é um convite a contemplação. Do Parque de las Artes um mirante tira o fôlego com a vista para o vale. Foi em Barichara que conhecemos o Juan, o menino fofo desse post. Tivemos um ótimo tempo por lá, mas acabamos voltando para San Gil para dormir no camping. Até rolava fazer um free camping, mas as piscinas no San Marcos falaram mais alto. 
Catedral de Barichara

Barichara




























De San Gil, seguimos para Villa de Leyva, sem saber muito o que esperar. Bem, mais uma cidade colonial charmosérrima, tomamos cafés deliciosos no parque central (na Colômbia parque é sinônimo de plaza) e vimos a vida passar aos montes. Com 12.000 habitantes e 2100 metros de altitude, Villa de Leyva é uma cidade que merece ser visitada. 


A tranquila Villa de Leyva





Cozinha da casa de barro
Foi lá que conhecemos a Casa Terracota, a maior casa de barro do mundo. Falando assim, parece apenas um outro check point do guiness book mas essa casa é uma atração imperdível! Toda - TODA- construída em barro, por dentro e por fora, ela é a realização de um devaneio de um arquiteto sonhador. Demos sorte em conhecer o arquiteto que com sua paixão explicou os detalhes da construção não aparente. Se nós com o Jumbo somos a prova viva de que sonhar e fazer é possível, conhecendo a casa de barro, percebemos que não estamos sozinhos nessas aspirações.
Casa Terracota
Villa de Leyva tem muitas trilhas e algumas caminhadas para serem feitas. Também é conhecida por seus fósseis de animais pré históricos. Nós ficamos tranquilos e preguiçosos principalmente porque ficamos acampados no Hostel Renacer (COP 20.000,00), por enquanto figurando no topo da lista dos campings onde ficamos até o momento. O dono Oscar Gilède, um biólogo com espírito overlander, comanda o hostel com maestria. Tudo funciona bem. Além disso, ele tem muita informação da região e de toda Colômbia. Aproveitamos para cozinhar e fizemos umas trutas deliciosas que são comercializadas na peixaria da cidade. Como restaurante, indicamos o simples e bom Tienda de Teresa. Foi lá que comemos a cazuela boyacense, deliciosa, com leite, ovo, queijo e pão. 



Cazuela Boyacense, deliciosa e simples


Foto clássica da Catedral de Sal
Seguimos viagem rumo a Bogotá. No caminho, paramos em Zipaquirá, a cidade da Catedral de Sal. Impressionante, após a exploração da mina de sal, os mineiros esculpiram uma catedral toda em sal a 190 metros abaixo da superfície. A visita é guiada, começa passando pela via sacra para terminar na catedral em si, onde ainda se rezam missas todos os domingos. A catedral chega a acomodar 8400 pessoas. Tudo isso dentro da montanha. Dormimos no estacionamento do Museo Arqueológico e pudemos aproveitar o agito da sexta a noite na pequena e movimentada Zipaquirá. 
No próximo post, continuamos a falar sobre a Colômbia, um país com ótimas atrações mas também com os seus espinhos.
Dentro do tunel da Catedral

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