terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Parques Nacionais: Aparados da Serra e Serra Geral


Teste de visão nos Parques Nacionais do RS

Fomos conhecer esses Parques Nacionais perto do Reveillon de 2009/10. Na mesma viagem, incluímos a Serra Gaúcha. Adoramos parque nacionais, pois o contato com a natureza é mais intenso e selvagem. O Brasil está há anos luz de distância de outros países, que tem um controle mais rigoroso na entrada dos parques e nas atividades que lá se desenvolvem.
Esses dois parques são limítrofes, se localizam na fronteira do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e apresentam essas duas características: enquanto o Aparados da Serra possui infra-estrutura no atendimento ao turista, o da Serra Geral é abandonado. Somente tem uma cancela com um guarda na entrada. E só. Sem cordas de segurança, indicações de trilha, nada.
Já conhecíamos as paisagens por foto mas apreciar um cânion ao vivo merece uma visita, nem que seja uma vez na vida. A profundidade, as formas, o horizonte, tudo isso vale para alguns momentos de contemplação. Observar um cânion, essas enormes fendas, faz com que a gente se sinta em paz.

Itaimbezinho


Infelizmente, somente pudemos ter essa sensação no Aparados, no cânion do Itaimbezinho, onde passarelas te levam até os mirantes.

No da Serra Geral, onde se encontra o cânion da Fortaleza, não pudemos admirar nada pois estava uma neblina muito forte, que impedia nossa visão. Com certeza, sem ter noção da profundidade, chegamos tão perto do precipício. Com um templo claro, quando pode-se avistar até o oceano, não teríamos essa ousadia.

Cuidado pois no Fortaleza não há cordas de segurança!

Ainda na Serra Geral, mesmo com neblina, insistimos em fazer a trilha até a Pedra do Segredo. Muito brincalhona essa pedra, brincou de esconde-esconde com a gente durante um tempão (deu um trabalho danado para encontrá-la no meio das nuvens). O pior é que não vimos graça nenhuma no tal segredo. Lógico: a neblina tapou o cânion ao fundo. Vimos umas fotos depois do lugar onde estivemos e deu raiva, por estarmos no lugar certo, mas no dia errado.

Ultra-secreta essa pedra!
As nuvens não são gratuitas. Elas têm um porque de existir, e mais, de aparecer repentinamente. Lembra que eu falei do oceano? Então, esses cânions são voltados para a planície litorânea, num desnível de 900 metros. No litoral, o ar quente segue para o interior e resfria-se rapidamente quando chega nos cânions. Daí, forma as nuvens que sobem pelas paredes. A esse fenômeno dá-se o nome de “viração”. Para a tristeza dos turistas, é difícil prever o fenômeno, mas a incidência dele é menor fora do verão e no começo da manhã.

A natureza tem seus caprichos. Não é shopping, que você tem certeza do que vai encontrar. E por ser imprevisível, é tão interessante.
Folhonas gigantes na Serra do Faxinal



Um comentário:

  1. Olá Marina,
    Valeu por ter visitado meu blog. Bom, claro que pode sim colocar o link da foto que tu pediu.
    Legal teu blog também!
    Abraço

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