domingo, 24 de março de 2013

Carnaval na Bolivia


La Paz nos causou uma baita impressão à primeira vista. Chegando da estrada, demos de cara com um vale com o maior adensamento populacional que já vimos. O susto também foi enorme. Afinal de contas, olhando aquele mundo de casas e gente, a vontade de cruza-la de carro vai ao dedo do pé. Mas como São Jorge, enfrentamos nosso dragão e descemos a montanha de peito aberto, prontos para enfrentar um trânsito que se mostrou muito mais tranquilo do que esperávamos.

Todo mundo bem amontoadinho!

Fomos direto ao camping Oberland, do outro lado do vale, num bairro chamado Massala. O camping foi ótimo, com boa estrutura, cumprindo o que prometia. O dono, suíço, criou uma ilha de conveniência para os viajantes que conta com hotel, restaurante e café. Por isso, todos os overlands param nesse camping. Acabamos jantando duas vezes no restaurante do hotel e recomendamos. Foi lá que experimentamos o quinoto, um risotto com quinua. Riquíssimo!
Pertinho do camping ficava o Vale da Lua (Bs 15), um parque criado para visitar um pedaço da Cordilhera Real onde a erosão consumiu o topo da montanha, criando formas diferentes. O passeio é bem tranquilo, dá para fazer em uma hora.
Valle de la Luna


Passeamos também pelo centro, o qual visitamos de ônibus. Passamos pela Igreja San Francisco e ali pertinho, na rua Sagarnaga se encontram um monte de lojas de souvenirs. Entretanto o mais bacana dessa área é o Mercado de Bruxaria, lojas que vendem uma porção de coisas para fazer “trabalhos”. Inclusive muitos fetos de lhama desidratados, além de fósseis que nada tem a ver com bruxaria mas deve ser ilegal vender pois nos ofereciam bem na surdina. Como contamos no post do Lago Titicaca, os bolivianos tem muito da cultura do xamã e essas lojas apenas ilustram a fé desse povo.
Igreja de San Francisco

Comércio boliviano tem bons preços

Partimos de La Paz em direção a Sucre. Resolvemos ir direto para Sucre e não ficar enrolando em outras cidades querendo fugir do carnaval, que os bolivianos comemoram fortemente. A cidade é totalmente diferente de todas as outras cidades pelas quais passamos na Bolivia pois é de estilo colonial, com prédios branquinhos e super bem preservada.
A cidade é linda e conta com cafés, restaurantes, supermercados e lavanderias, ou seja, o paraíso de viajantes! Infelizmente, era carnaval e todos os museus estavam fechados e ficamos flanando apenas pelo centro.
Floreiras em postes? Sim, estamos na Bolivia

Veja bem, flanando numas, afinal de contas a principal brincadeira do carnaval é jogar bambucha com água nos transeuntes, seja você local ou turista, você é um alvo em potencial. Portanto, flanamos sempre atentos para evitar a molhadeira pois estava frio (cerca de 15 graus durante a hora quente do dia) e não temos tanta roupa assim. Mas a galera, principalmente a molecada se divertia. O negócio é profissional nessa história de bambucha, tem até ambulante vendendo um saquinho de supemercado cheio de bambuchas cheias, prontas para serem usadas como munição.
Olha ai uma das responsáveis pela molhadeira generalizada

Também vimos como acontecem os blocos de rua durante o carnaval. É assim: você contrata uma banda junto com seus amigos e saem desfilando pelas ruas principais da cidade, geralmente com fantasias iguais. E a banda vai tocando atrás. E o pessoal que contratou a banda vai na frente dançando, pulando, jogando serpentina, bambucha, se divertindo. Nos pareceu o Brasil de anos atrás. Mas claro, nossas marchinhas carnavalescas são infinitamente melhores...
Sucre 

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