Saímos de
Patzcuaro às 9h com destino a Tula de Allende, preparados pra 6h de estrada,
como mostrava nosso GPS. O programa era visitar as ruínas de Tula e ficarmos na
cidade, aproveitando pra lavar nossas roupas.
Mas apesar de
ser recente, nosso mapa Garmin da América do Norte está bem desatualizado na
parte do México. Acabamos pegando uma estrada que não estava no
mapa, bem pedagiada como sempre, e levamos menos de 3h pra chegar. Decidimos
visitar as ruínas antes do almoço e depois procurarmos onde comer e dormir.
Enquanto passávamos pela cidade, já perdemos a vontade de ficar por lá, pois
ela é horrível. Mas com certeza nas ruínas, um local turístico, teria algo
melhor pra comer. Será?
Entramos
nas ruínas pela porta Sul e passando no pequeno museu que tem no caminho, já
demos de cara com um chac-mool super bem conservado, mas sem a cabeça.
Chac-mool são pequenos altares de pedra, mais ou menos como uma mesa de centro,
na forma de uma pessoa com a barriga pra cima. Sua função era aparentemente
para receber oferendas, mas também pode ter sido usado para fazer sacrifícios
animais e humanos.
Chac-mool esperando um coração |
No museu
também descobrimos que na verdade Tula foi a capital Tolteca. Portanto não é
aztec. Os toltecas são antecessores dos aztecas e ainda hoje não se sabe ao
certo sua origem.
A pirâmide
de Tula fica num ponto alto com uma
linda vista pro vale. E a presença de oito atlantes de pedra em seu topo dá um
ar super místico ao lugar. Enquanto estávamos lá vimos pessoas meditando ao seu
redor.
Atlantes |
Nosso guia
recomendava visitar o museu próximo da entrada norte e então seguimos pra la,
torcendo pra encontrarmos uma vilinha cheia de bares e restaurantes ou
lanchonetes, só pra descobrir a roubada que foi entrar pelo lado sul. Mais de
1km de sol depois, conseguimos tomar uma lata de fanta laranja. Mas pelo menos
esse museu valeu a pena. Pequeno mas bem organizado, com várias peças toltecas,
todas com placas explicativas e um chac-mool ainda melhor conservado que o
primeiro. Mas já era mais de 3h e a fome apertava. O açúcar da fanta laranja
foi digerido em segundos e estávamos com fome.
Águia comendo coração, relevo comum na cultura tolteca. |
Passamos novamente na cidade e ficamos com ainda menos vontade de comer por lá. Acabamos conseguindo comer numa conveniência Oxxo de posto de gasolina, que é onipresente no México. De lá decidimos seguir mais 1h até Teotihuacán, onde tínhamos uma indicação de camping. E foi ótimo porque o camping Teotihuacan Trailer Park é bem melhor que a média mexicana e a proprietária Doña Mina é super simpática e atenciosa.
Atlantes cuidando do vale |
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