Saimos de
Guanajuato e fomos para a cidade de Guadalajara, no estado de Jalisco. Fomos
para Guadalajara na intenção de realizar dois passeios: conhecer o museu de
arte de Zapopan e o de cerâmica em Tlaquepaque. Qual não foi nossa frustação
depois de demorar uma hora para conseguir estacionar o carro e pagar o
estacionamento, descobrir na porta do
museu que ele estava fechado e que iria reabrir em novembro! Dessa forma,
abortamos a visita a Tlaquepaque e seguimos em direção a zona produtora de
tequila, com certeza as fábricas estariam abertas para visita.
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Agave azul |
E não
erramos dessa vez. Alegres turistas lotavam as principais destilarias
experimentando diferentes tequilas. Dois são os principais destilados no
México: o mezcal e a tequila. Os dois são produzidos com agave mas a diferença
é que a tequila é feita com agave azul que é cultivada apenas no estado de
Jalisco. A primeira fábrica da tequila e a mais conhecida do mundo, a José
Cuervo, fica na cidade de Tequila. Os tours são pagos e com horários fixos,
quando chegamos havia acabado de sair um, por isso não fizemos e resolvemos
passar em outra tequilaria no caminho, as Tres Mujeres para provar as tequilas. É muito
importante ressaltar que o jeito que costuma-se beber tequila no Brasil como um
shot com limão e sal não tem nada a ver como eles bebem a tequila por aqui. Ela
vem em copinhos e é feita para ser saboreada aos pouquinhos. Mesmo por que, ela
é super forte. Nossa impressão é que essa maneira de beber de uma vez é coisa
inventada por estadunidense...
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Alambique nas Tres Mujeres |
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Bar vendendo drinks com tequila na Jose Cuervo |
De Jalisco
fomos para o estado de Michoacan, um estado agrícola e com uma cultura popular
bem marcante. Dizem que esse estado tem a melhor comemoração do dia dos mortos,
em 2 de novembro. Macabro escrever assim mas como os mexicanos veneram e lidam
com a morte é no mínimo bizarra.
Em
Michoacan, ficamos num camping na cidade de Pátzcuaro, mais uma linda cidade
colonial no caminho com muitas lojinhas e restaurantes, super charmosa. O ponto
de encontro são as praças, a vida noturna e diurna se concentram por lá.
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Em Pátzcuaro, vimos um jogo super curioso: com uma bola incendiada. Chamava-se huaukua. |
Aproveitamos
a proximidade e visitamos a cidade de Uruapan, conhecida principalmente pelos
seus abacates. São deliciosos e foi nessa cidade que provei uma bebida de
abacate, suco de laranja e soda di-vi-na. Mas não somos tão fascinados por
abacate para justificar nossa visita a Uruapan. É que lá próximo se encontra o
vulcão Paricutin, o vulcão mais novo do mundo, nascido em 1943. A história do
nascimento do vulcão é muito interessante: num dia de trabalho no campo, um
agricultor ouvindo uns barulhos estranhos no solo, percebeu uma fissura. Chamou
uns amigos e tentaram tampar essa fissura com pedras e terra mas o vulcão
cresceu e entrou em atividade causando muitos tremores de terra e lançando
cinzas e lava. Em poucas semanas, duas cidades foram soterradas e tiveram que
se mudar. Isso serve para a gente pensar que apesar de toda sensação de
controle que temos, o ser humano é extremamente vulnerável aos fenômenos da
natureza.
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Vulcão Paricutin |
Hoje
existem passeios que sobem a pé ou a cavalo no topo do vulcão. Nos contentamos
em fazer uma parte do percurso com o carro e visitar a igreja de San Juan
Parangaricutiro que foi parcialmente coberta pela lava. Foi um passeio
fantástico, passear pela cidade soterrada e observar o vulcão ao longe.
Apesar de
ser muito popular entre os locais, achar e fazer o melhor caminho até a igreja
é difícil. Nosso caminho foi terrível, uma estrada de terra muito esburacada
que sai de Nuevo San Juan de
Parangaricutiro e chega até a ruína da igreja. O melhor é pegar a estrada em
direção as ruínas a partir de Angahuan, um caminho mais curto e mais utilizado.
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Ruínas com vulcão ao fundo |
Segue a
posição geográfica das ruínas da igreja de San Juan: N 19° 32,070' W 102° 14,908'
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