Ficamos
hospedados no camping de Teotihuacan e fizemos bate-volta três dias seguidos
para a Cidade do México. Apesar de ficar apenas 50 km de distância, no final
achamos que essa não foi uma boa escolha: teria sido muito menos cansativo e
não muito mais caro ficar num hotelzinho em Cidade do México mesmo.
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A famosa Pedra do Sol |
A capital
do México possui 20 milhões de habitantes. Isso sem contar as milhares de
pessoas que moram na grande México, que fazem bate e volta como nós, com a
diferença que é todo o dia. Com essa quantidade de habitantes, tudo sempre está
lotado. O metrô, por exemplo, independente do horário sempre estava cheio,
abarrotado para ser mais precisa. Também pagando o equivalente a R$ 0,50 a
passagem, é assim mesmo que deveria estar.
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Ultramotorista de Taxi ! |
Taxis nós não pegamos, mas ficamos com vontade, só pela cor simpática de Ultraseven deles !!!
Cidade grande,
poluição, gente, barulho com isso tudo junto, seguimos as dicas de todos que
visitam a Cidade do México e ficamos sem carro, dependendo de transporte
público para ir e vir, que apesar de sempre estar cheio, tem uma abrangência
boa. O ideal é pegar um mapa do metrô logo no primeiro dia. O nosso ganhamos da
D. Mina no camping mas existem postos de informação ao turista no zócalo que te
fornecem de graça.
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Tentaram mas as tradições indígenas se mantém |
O Zócalo é
o melhor ponto para começar a conhecer a capital. Lá estão a Catedral, o Templo
Mayor e o Palacio Nacional. Prá gente, o Templo Mayor foi mais interessante que
o Museu de Antropologia. O Templo maior era o coração da antiga cidade dos
mexicas, Tenochtitlán. Lá havia um enorme templo construído em camadas. Cada
novo governante era responsável por construir um novo nível na pirâmide e nas
escavações foram encontrados muitos objetos de oferendas aos deuses. Também
nesse local é que foi encontrada a famosa Pedra do Sol que está no Museu de
Antropologia. No templo maior também ocorriam todos os tipos de sacrifício -
animal, humano e auto sacrifício. Era o local que os mexicas acreditavam ser o
centro do planeta por isso, era extremamente importante para esse povo. Durante
a colonização, os espanhóis fizeram questão de destrui-lo quase todo - só sobraram
algumas ruínas dele para contar história e construir uma catedral praticamente
em cima, grande e imponente como sinal da nova fé que deveria ser seguida.
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Altar de sacrifícios do Templo Mayor; ao fundo, a catedral |
Do Templo
Mayor você vê a catedral. Por dentro, muito ouro e muitos santos. O destaque
fica com a imagem de El Señor del Veneno, uma imagem de Cristo negra
acompanhada de uma lenda que eu achei meio confusa sobre envenenamento de um
bispo.
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El Señor del Veneno |
Do lado
esquerdo da catedral, fica o Palácio Nacional (entrada gratuita). Vale a pena
fazer uma visita pois lá tem vários painéis do artista Diego Rivera que contam
a história do México. Chegamos tarde e o palácio fecha cedo (16:30). Vá com
tempo pois numa sala tem a explicação dos painéis que ajuda a compreendê-los.
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Olha o tamanho do mural |
O tal
Zócalo mesmo estava fechado, em reforma ou com algum evento e não pudemos
visitá-lo.
Visitamos e
recomendamos o Museu Painel Diego Rivera que possui um afresco enorme contando
a história do México a partir de um sonho. O nome é "Sonho de uma tarde de
domingo na Alameda Central" e apesar da legenda identificando todos os
personagens, com a explicação de tivemos de um dos seguranças, o quadro ficou
mais vivo. Muito interessante que esse afresco estava num hotel que foi
destruído por um terremoto e depois disso, o levaram para o local onde se
encontra hoje, construindo o museu a sua volta.
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Lindo, expressivo e histórico |
Quanto aos
outros museus, nos decepcionamos mais uma vez. O de Antropologia tem a Pedra do
Sol e junto com ela toda explicação do que significa e onde ficava (basicamente
era um ringue onde os gladiadores lutavam até um morrer). Tem bastante coisas
sobre os Maias também mas achamos o museu pouco explicativo e um pouco confuso.
Juro que esperava mais.
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Quem vai no museu para ver cópias? |
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Simpático se seu uso não fosse para o auto sacrifício |
O outro que
visitamos foi o de Arte Moderna. Não recomendamos porque tem apenas uma sala
com exposição permanente que estava fechada (desconheço o motivo). Só sei que
não nos avisaram, pagamos a entrada com tarifa normal, visitamos uma exposição
fotográfica (cuja melhor foto era do Sebastião Salgado) e subimos para a tal
sala permanente que estava fechada. O maior desrespeito do mundo. Depois dessa,
decidimos que o México não era lugar de ir em museus e abortamos as visitas aos
da Frida que ficavam super longe com muito receio de chegar e dar com a cara na
porta (gato escaldado tem medo de água, certo?) Quer visitar museu, vá para a
Europa ou EUA. A exceção fica por conta dos museus de Tula, Templo Mayor e
Palenque que são boas surpresas não só pelo preço já estar incluido no
ingresso, mas principalmente porque estavam abertos e tem boas peças e explicações.
Para flanar
e ver boas lojas e restaurantes, visite os bairros de Polanco e Zona Rosa,
verdadeiros oásis na capital. Polanco tem diversos cafés interessantes além dos
batidos Starbucks. De uma chance a si mesmo e passe na rede de cafés The Italian
Coffee, e prove um capuccino gelado.
Um pouco
mais afastado, fica o Santuário de nossa Senhora de Guadalupe, padroeira das
Américas. O mexicano é um povo de muita fé e a igreja estava lotada de fiéis.
Só achamos um pouco pequena comparando com Nossa Senhora Aparecida. Não faço
ideia de como fica nos dias de festas.
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Essa é a reprodução da N.S. de Guadalupe |
Um passeio
muito, muito legal mesmo é o Xochimilco. Fica super longe para quem como nós
prefere chegar pelas próprias pernas. Acho que gastamos 1 hora e meia para
chegar até o porto de onde saem os barquinhos. Xochimilco guarda a geografia
natural da Cidade do México com canais entre pequenas ilhas artificiais e
guardadas as diferenças, é como uma veneza mexicana. O passeio é num barquinho
multicolorido movido a vara mas o grande diferencial é que rola um super
comércio aquático: são vendedores de batatinha, refrigerante, prata e até
mariachis que se aproximam do seu barquinho tentando vender seu serviço.
Achamos super simpático e recomendamos. Mas vale pechinchar o preço, acabamos
pagando menos da metade da "tabela" escrita na entrada do porto.
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Xochimilco |
A Cidade do
México ou simplesmente México como é chamada pelos locais tem bons programas.
Mas é preciso garimpar.
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