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Ruínas perdidas no meio da selva |
Chegando em
mais uma fronteira, já ficamos apreensivos.
Desnecessariamente,
pois entrar na Guatemala vindo de Belize foi tranquilo. Acabou demorando muito
tempo (duas horas) porque o sistema da Guatemala caiu e precisamos ficar
esperando até ele voltar a funcionar.
Enquanto
espera, aproveite para visitar o quiosque de informações turísticas. Eles
sempre tem mapas para dar. Aproveite e pegue o mapa do parque de Tikal,
distribuido gratuitamente nesse local - digo isso porque tentaram nos vender o
mesmo mapa na entrada de Tikal e sem mapa, sua visita as ruínas fica
complicada.
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Portal de Flores |
Passada a
fronteira, seguimos para Flores, uma simpática cidade localizada numa ilha do
lago Petén Itzá. Almoçamos mas resolvemos seguir em direção a Tikal seguindo as
dicas de vários viajantes: chegar a tardezinha (a partir das 16 horas) e
acampar para aproveitar melhor o tempo. E assim fizemos.
As ruínas
são caras, cerca de R$ 40 por pessoa. Depois de pagar pelas entradas para o dia
seguinte, nos disseram que poderíamos assistir ao por do sol nas ruínas naquele
mesmo dia. Infelizmente, perdemos o por do sol mas fomos dar uma caminhada
mesmo assim para aproveitar o tempo. E vou te contar: nessa latitude, o cair da
noite é na verdade um despencar. Não curtimos ficar no meio da selva no escuro
e voltamos rapidinho para o camping.
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Templo I de Tikal |
Acampamos
no Hotel Jaguar Inn que também tem um restaurante e uma internet sofrível
mediante pagamento. Apesar de estar sob influência do clima tropical úmido,
conseguimos ter uma noite tranquila no meio da selva, embalados pelos barulhos
dos animais e pelo breu da noite.
A visita as
ruínas veio logo no dia seguinte. Algunas pessoas acordam de madrugada para ver
o sol nascer do alto das pirâmides mas não foi nosso caso. Ainda bem, pois o
dia estava nublado e até choveu em alguns momentos durante o passeio.
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Máscara em Tikal |
Tikal não
tem nada a ver com as outras pirâmides pré-colombianas. Localizada no meio da
floresta tropical úmida, seus caminhos são verdadeiras trilhas, muitas vezes íngremes
e muito escorregadias. A experiência de estar no meio da floresta e dar de cara
com essas gigantes construções é de estar fazendo parte de um segredo bem
escondido. Mas para que o seu passeio só tenha boas recordações é bom tomar
alguns cuidados. Um deles é usar um calçado que não escorregue. Outro, passar
repelente, o mais poderoso que você tem, aquele que você estava guardando para
usar nos lugares longíncuos da América Central. Chegou a hora, não economize
pois os mosquitos são implacáveis. Leve água. As distâncias são enormes, você
sua feito um condenado, o desgaste físico aumenta por causa dessa umidade
louca. E tenha um bom mapa ou contrate um guia. O sítio arqueológico é grande e
você pode se perder.
Seguindo
essas regrinhas, não deixe de conhecer:
- El Mundo
Perdido: um complexo de 38 estruturas que rodeiam uma grande pirâmide de 32
metros de altura. Não apenas pelas construções, o lugar é interessante pelo seu
astral, a energia lembrou Palenque.
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A selva toma conta das ruínas |
- Sete
Templos: são pequenos templos, um ao lado do outro, com outras estruturas
maiores a sua volta. Pode subir nos templos.
- Grande
Praça: as principais atrações são as pirâmides I e II, localizadas uma de
frente para outra. O templo I é conhecido como o templo do Grande Jaguar. Ao
lado esquerdo do templo I está a Acrópolis do Norte, que apesar de não ser tão
impressionante quanto as duas pirâmides, possui grande valor histórico por
terem estruturas que evidenciam uma ocupação anterior a 400 AC. Essas
estruturas foram reutilizadas pelos maias. Existem duas grandes máscaras
esculpidas por esses povos antigos, uma delas extremamente bem preservada.
- Templo
IV: subindo pelos degraus de madeira que levam quase ao topo da mais alta
construção de Tikal (64 metros) tem-se a melhor panorâmica do sítio e de sua
localização no meio da selva. Algumas outras construções apontando por cima das
árvores trazem novamente a sensação de estar em um mundo perdido. Imperdível!
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Macacos bem barulhentos |
Existem
outros templos espalhados pelo sítio arqueológico, altos, imponentes e
misteriosos. Durante sua exploração, você vai escutar um som muito estranho
vindo da mata. Muito alto, parece um tigre com fome. As primeiras vezes que
você escuta, é inevitável procurar da onde vem esse barulho e até ficar meio
preocupado. Acalme-se, não é nenhum monstro. São os macacos fazendo bagunça
pela mata. Fique atento, dê uma olhadinha de vez em quando para o topo das
árvores e você pode ver um, observando seus passos.
Procedimentos
para entrar na Guatemala
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Além de macacos, o esquisito peru selvagem. |
Pessoas:
apenas o passaporte válido; o visto que nos deram foi de 90 dias, válido para os 4 países (Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua)
Veículo:
obrigatoriamente, voce irá passar pela area de fumigação. Após ter o carro
fumigado, pagará numa casinha ao lado direiro Q $ 18. Feche os vidros pois a
tal fumigação é feita com os passageiros dentro do veículo.
Com o
recibo da fumigação em mãos, siga para a imigração do lado esquerdo da rodovia.
Após
realizar sua entrada, vá ao guichê ao lado fazer a importação temporária do
carro. Os documentos que você terá que apresentar(originais e cópias) são os
seguintes: documento do carro, CNH, fumigação e passaporte com o visto de
entrada. Após pagar a taxa de Q$ 160, o funcionário da alfândega irá até o seu
carro e colará um adesivo no vidro. Pronto, seu carro já pode circular pela
Guatemala legalmente.