Moai |
Tentamos visitar o daMuseu de Arqueologia e História Francisco Fonck mas estava fechado. Mesmo assim
pudemos nos deliciar com algumas obras em sua porta que convidam o visitante a
querer conhecer mais dentro do museu. Uma dessas peças é uma estátua de moai da
Ilha de Páscoa.
Agora, imperdível é a
La Sebastiana, casa onde Pablo Neruda viveu com seu grande amor, Matilde. A
casa é pura poesia. O poeta preencheu todos espaços da casa. A poltrana chamada
Las Nubes, o quadro de homem que comprou para fazer companhia a outro de
mulher, o bar. Tudo tem história. A casa fica localizada no Cerro Florida, em
Valparaíso, com vista privilegiada para a baía. A visita é audioguiada e não é
permitido tirar fotos dentro da casa (P$ 4000,00).
Mirante na La Sebastiana |
Com gostinho na boca
de Neruda, resolvemos visitar outra casa sua na Isla Negra. Nessa, as coleções
mais importantes são vinculadas ao mar: mascarones de proa, réplica de
veleiros, conchas, etc. Neruda era um marinheiro de terra. Foi aqui que ele
escreveu o Canto Geral. A casa fica na beira da praia onde também está seu
túmulo. Sobre essa casa Neruda escreveu: “A casa foi crescendo, como a gente,
como as árvores...”. O valor da entrada é o mesmo da Sebastiana, mas nessa o guia é
pessoal.
Os sinos também fazem parte de sua coleção |
Ainda há outra casa em
Santiago, mas essa não visitamos. Se tivesse que escolher apenas uma para
visitar seria a Sebastiana em Valparaíso.
Mercado Central: nada de mais |
Como assim, café com
pernas? Eu nunca tinha ouvido falar nisso, o Mauro que veio todo me avisando
que no centro de Santiago existem cafeterias que se chamam café com piernas
porque nelas os balcões vazados deixam os clientes apreciarem as pernas das
atendentes que sempre estão com as pernas de fora. Claro que eu fui junto,
queria saber que história é essa do café vir acompanhado de pernas e descobri que não tem
nada demais. As moças realmente usam uma roupa que deixa as pernas de fora,
botam uma meia calça e um sapato alto e servem café. Sinceramente, vimos moças
com roupas mais curtas na rua, não tem nada de outro mundo. Mas os café vivem
cheios, principalmente de homens. Que tomam um cafezinho (e diga-se de
passagem, o café estava muito bom) e ainda dão umas olhadinhas nos lindos pares
de pernas que ficam desfilando na sua frente. Fomos ao Café Haiti, no Paseo
Ahumada. Mas existem outros como o Prietto.
Bom esse foi o café
que nós fomos, tradicional. Vimos outros “cafés” com vidro preto na porta que o
café com pernas é mais, digamos, quente. Não sei nem quero saber o que acontece
lá dentro.
Também aproveitamos
Santiago para consertar o carro. Para peças automotivas, procure a Av. 10 de
julho. Tem tudo de peças e muitas lojas de serviço.
Onde arrumamos nosso carro |
Todas as noites que
ficamos na capital dormimos num Copec, um posto de gasolina. Com wifi e banho
quente foi o melhor e mais barato lugar que encontramos para ficar acampados.
Dando continuidade a
visitas em vinícolas, resolvemos visitar duas no Chile. Uma foi a Concha y
Toro, bem próxima a capital. A visita foi ótima. Foi na Concha y Toro que
pudemos experimentar todas as variedades de uva que eles utilizam pois eles
mantém umas vinhas para experimentação. Experimentar a uva Malbec e a uva Tanah
diretamente da parreira ajuda a perceber diferenças.
Barris da Concha y Toro |
Eles tem um
restaurante correto lá dentro e acabamos tomando muito mais vinho que queríamos, já que ganhamos um monte de cortesias. Resultado: tiramos uma soneca no estacionamento
da vinícola. Lado bom de andar sempre com a casa nas costas!
Degustação |
Seguindo a Pan Americana rumo ao sul do país, visitamos a vinícola Santa Cruz, uma das
melhores experiências que tivemos com vinho até o momento. Foi lá que
aprendemos a decifrar um vinho. Excelente!
Vinicola Santa Cruz |
Um pouco mais ao sul,
paramos para visitar uma bela cachoeira que tem na região que chama-se Salto
del Laja. O acesso é gratuito e você não pode se banhar. Contente-se em apenas
admirá-la.
Fronteira
A estrada que sai de
Mendoza e vai para o Chile passa pelo Parque Nacional Aconcágua, o topo das
Américas, cume americano mais alto com 6.960 metros. Destino de muitos
escaladores, o Aconcágua não é para qualquer um. Muito tentam e poucos chegam
ao seu cume. Nós apenas tivemos um relance rápido dele numa paradinha que demos
na entrada do parque. Decidimos não realizar nenhum passeio já que íamos cruzar
a fronteira no mesmo dia e fronteiras sempre são uma incógnita.
Estrada lenta e sinuosa |
Depois de tudo pronto
veio o problema: demoramos horrores na estrada porque estão refazendo a
estrada. A sorte que demos foi que para quem estava indo para as cidades
chilenas a estrada estava aberta. No outro sentido a estrada estava fechada e
abria somente a noite. Caso passe por esse trecho, favor se informar com as
autoridades chilenas sobre horários (ruta 60).
Pablo Neruda
Acho que o Neruda era bom de lábia... |
Neruda morreu em 1973,
logo após o golpe militar liderado por Pinochet. Apesar de estar com câncer,
sua morte ainda é motivo de discussões pois muitos acham que ele pode ter sido envenenado. Um mês após nossa visita
a Isla Negra, seu corpo foi exumado e será estudado para esclarecer sua causa mortis.
Bom, essa foi uma
pequena biografia do Neruda. Para conhece-lo melhor, sugiro ler alguns de seus
poemas. As odes são uma boa maneira de iniciar além dos poemas de amor,
simplesmente divinos. As casas onde ele morou também ajudam a compreender mais
desse grande poeta. E também existe um bom filme “O carteiro e o poeta”.
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