Lago Correntoso |
A primeira coisa que
descobrimos com relação a famosa rota pelos sete lagos é que eles não são sete.
Nove, ou dez talvez. Mas o número 7 é um número místico e provavelmente essa é
a inspiração para esse nome. E mais provavelmente quem deu esse nome não era
argentino; se fosse seria a “ruta de los 270 lagos”. Brincadeirinha com o ego
dos nossos hermanitos...
Espelho |
Do lado argentino não
são os vulcões que chamam a atenção e sim os lagos em si. Temos que confessar
que achamos os lagos argentinos mais bonitos que os chilenos. São mais azuis e
mais "espelhos", refletindo as montanhas. Visitamos essa região em meados de
março e estava sem neve. Algo me diz que com as montanhas nevadas as
paisagens ficam espetaculares.
Traful |
O melhor caminho para
se avistar lagos bonitos é o trecho entre La Angostura e San Martin de Los
Andes pela via 234. A estrada está sendo asfaltada e conta com uns 40 km de
rípio médio. No caminho, placas indicam o nome dos lagos e lugares para
acampar. O melhor é também ter um mapa da região que pode ser solicitado
gratuitamente nos quiosques de informações turísticas da região.
Passamos por todos os
principais lagos desse roteiro e podemos ser sinceros dizendo que dá para
enjoar. Foram duas semanas de lagos tanto do lado chileno quanto do lado
argentino que cansamos!
Visitamos o Nahuel
Huapi (onde fica la Angostura), Espejo, Espejo Chico, Correntoso, Traful,
Escondido, Villarino, Falkner, Machonico e o Lacar onde fica a cidade de San
Martin.
Temos alguns preferidos. O Correntoso por sua cor caribe, com azuis de três tons, está na lista dos mais bonitos de toda a viagem.
O Correntoso é muito bonito |
O Nahuel Huapi é enorme e maravilhoso,
banhando além de Angostura, a cidade de Bariloche. Nele você pode realizar
passeios de barco, pescar, caminhar, andar de caiaque, mergulhar entre outras
atividades interessantes. Aqui está localizado um parque nacional mas sem pagar
a entrada, pudemos passear pela península La Villa e visitar os piers Bahia
Brava e Modesta Victoria.
Nahuel Huapi |
O lago Lacar também é muito bonito e frequentado,
onde uma porção de gente passa a tarde tomando mate e se esquentando ao sol.
Lacar |
Nesse trecho dos lagos
é possível acampar gratuitamente em lugares determinados ou em campings pagos.
Mais uma vez, realizamos um camping selvagem, dessa vez no lago Falkner,
embalados por toneladas de estrelas que teimam em nos acompanhar. Sorte pura!
Toneladas de estrelas |
As cidades dos lagos
são puro charme! San Martin de los Andes é a menor e menos interessante delas.
Mas você necessariamente passará por ela no caminho dos lagos e após tanta
natureza, uma cidade arrumadinha cai muito bem.
Cachoeira Inacayal |
Também queríamos
esticar as pernas e resolvemos caminhar até a cachoeira Inacayal. O caminho é
só subida e chegando até a cachoeira percebemos que ainda bem que a Argentina
tem tantos lagos bonitos. A cachoeira é mixuruca, apesar de todos os UAUs que
ouvimos a respeito dela.
Agora nosso destino preferido foi Bariloche. Destino de brasileiro que quer dizer que esquiou, Bariloche é charmosa mas cheia de serviços. Além disso, tem vários programas interessantes para se fazer e não é só esqui. Na verdade o pessoal de lá diz que a melhor época para visitar a região é no verão, para aproveitar os lagos com temperaturas mais amenas.
Agora nosso destino preferido foi Bariloche. Destino de brasileiro que quer dizer que esquiou, Bariloche é charmosa mas cheia de serviços. Além disso, tem vários programas interessantes para se fazer e não é só esqui. Na verdade o pessoal de lá diz que a melhor época para visitar a região é no verão, para aproveitar os lagos com temperaturas mais amenas.
Nós chegamos um pouco
antes da Páscoa e como Bariloche é famosa também pelos seus chocolates, pelo
segundo ano consecutivo estavam fazendo o maior ovo de Páscoa do mundo com mais
de 8 metros de altura e 3000 kg de chocolate! Eles distribuem o ovo na Páscoa,
de graça. Pena que não pegamos a distribuição mas em compensação vimos a
confecção do ovo. Usar chocolate como reboco e utilizar serra tico-tico para
cortar as placas de chocolate ficará para sempre em nossas memória.
Fazendo uma parede de chocolate |
As ruas Mitre e Moreno
são as principais ruas. Nelas se concentram lojinhas, chocolaterias,
restaurantes e cafés. Batemos muita perna por ali.
Também realizamos o Circuito
Chico para conhecer o outro lado do lago e recomendamos.
Agora imperdível aos
domingos é comer um curanto na Colonia Suiça. Curanto é uma comida típica da
região que eles fazem assim: enterram num buraco as comidas – carnes, frutas e
vegetais- colocam pedras quentes dentro, em cima colocam folhas de árvores e tampam
tudo com terra. Aqui o sabor da comida não interessa tanto. Vale mais a
experiência de participar de um evento tão diferente, ver a fumaça saindo da
terra e assistir o desenterramento da comida. Passamos em frente
despretensiosamente mas impossível não experimentar!
Mirante no Circuito Chico |
Indo para o sul, passamos pelo Parque Nacional Los Alerces onde existem árvores gigantes e milenares, os alerces. A latitude onde ficam os alerces é quase identica a latitude das sequioas, nos EUA e como gostamos muito desse parque estadunidense, seria a oportunidade de cruzar informações. Mas tivemos que dar meia volta da porta por falta de informação dos funcionários. Não sabiam informar onde estavam as árvores e a estrada principal reabriria apenas a partir das 16 horas. Infelizmente, a comparação ficou apenas no atendimento: que diferença dos parques estadunidenses para a Argentina, pois apesar de não saberem informar insistiam que deviamos comprar os ingressos para entrar no parque. Essa situação de desinformação em atendimento ao turista se repetiu várias vezes na Argentina. Com propriedade, nos deram horários errados de funcionamento de atrações, campings que "por supuesto"estão abertos e que estavam fechados depois de percorrermos quilômetros, entre outros. Existe uma presunção muito grande da parte deles, eles nunca dizem que não sabem. Eles preferem dar uma informação errada a assumir ignorância. Complicado com relação ao turismo. Já conscientes dessa característica do povo, resolvemos não arriscar e seguir estrada.
Nada profissional. |
Daqui seguimos para a
Patagônia, sempre pela ruta 40, nossa fiel companheira! Até o próximo post!
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