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Lago Villarrica |
Seguindo a
panamericana sentido sul, você chega a região dos lagos do lado chileno.
Comparando com a vizinha Argentina, essa região é mais tranquila. E apenas do
lado do Chile é que se pode apreciar os lagos com vulcões de topo nevado ao
fundo. Uma beleza fora de série!
São tantos lagos que a
gente até se perde! Para quem visita com frequência, é possível escolher o que
mais gosta e perceber mais diferenças. Pra gente, apesar de diferentes eles
eram bem parecidos...
As cidades mais
charmosas e que contam com mais serviços são Villarrica e Puerto Varas. Nelas
existem mais restaurantes, hotéis e cafés. Nós fomos em baixa temporada e foi
difícil achar campings e até restaurantes
abertos. Já na alta, nos disseram que é tudo muito lotado já que o chileno
aproveita os lagos como se fossem praias de mar. Acho que o pacífico tem águas
mais geladas e escuras que os lindos lagos...
Tem programa prá tudo:
passear de barco (dizem que o passeio é belíssimo), alugar caiaques,
pedalinhos, realizar trilhas, subir no topo de vulcões e flanar, o que
ultimamente temos feito de melhor. Nós fizemos as estradas cênicas. Vamos aos
lagos visitados por nós:
Villarrica: duas
cidades dividem esse lago: a homônima Villarrica e Pucón. Esse lago é
maravilhoso, mais ainda apreciado de Pucón. Ao fundo está o vulcão Villarrica
que fica dentro de um parque nacional. Nós visitamos o parque e existem várias
opções de trilha, inclusive uma subida até a cratera do vulcão, a 2.847 m. Optamos apenas em subir até o centro de esqui para apreciar a
vista privilegiada de cima. O centro de esqui estava fechado, abrindo
apenas para a temporada de inverno. Esquiar com essa paisagem deve ser
incrível!
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Apesar da pouca neve, fazia muito frio no PN Villarrica |
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Vulcão apreciado desde Pucón |
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Rua em Pucón: vulcão onipresente |
Caburga: outro lago
maravilhoso mas dessa vez o que chama a atenção são suas praias, a Blanca e a
Negra. Até tomamos um solzinho. Mas entrar na água não dá. Para brasileiro a
água é fria.
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Lago Caburga |
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Pedalinho na Playa Negra |
Calafquén: ficamos na
cidade de Lican Ray que de melhor tinha o camping. Mais um lago com vulcão ao
fundo e possibilidades de pequenas trilhas para mirantes. Foi aqui que provamos
os deliciosos ostiones al pil pil numa tarde
preguiçosa.
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Casa típica |
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Tarde preguiçosa apreciando o Calafquén desde a Plauya Chica |
Coñaripe: não lembro
desse lago. Acho que apenas passamos rapidamente por ele.
Panguipulli: esse é
sem graça. Achamos a cidade homônima feia comparada com outras cidades gracinha
da região. Salva pela igrejinha simpática de influência alemã.
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Igrejinha |
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Lago Panguipuli |
Lago Ranco: esse lago
é gigantesco! As vistas mais bonitas são de mirantes na estrada. A cidade de
Futrono é ok, chegamos num domingo e a galera tava lagarteando ao sol.
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Lago Ranco |
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Praia de lago |
Llanquihué: esse lago
também é imperdível principalmente pelos dois vulcões possíveis de se avistar,
o Osorno e o Calbuco. Passamos por três cidades que ficam nesse lago. Frutillar
é a mais charmosa e onde é possível de se notar a cultura alemã mais presente
nas casas, na organização e limpeza da cidade e nas feições das pessoas. Nessa
cidade existem um animado festival de música e um teatro tão bonito que poucas
cidades desse porte tem capacidade de manter. Vale com certeza a passagem!
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Frutillar |
Puerto Varas é outra cidade situada nesse belo lago. A cidade tem vida também
fora da temporada e foi isso que mais nos encantou. Cafés, supermercados e o
lago em si fazem a alegria dos turistas que podem alugar caiaques para dar um
role.
A cidade homônima de Llanquihué é pacata. Foi nela que encontramos um
camping com visão panorâmica pro lago com vulcão ao fundo.
Lago Puyehue: passamos
rapidamente pela cidade de Entre Lagos porque estava chovendo mas precisávamos
acabar com as coisas da geladeira para cruzar a fronteira com a Argentina. Foi
nesse lago que percebemos como demos sorte nos outros dias de pegar um sol
lindo.
Ainda visitamos duas
cidades que apesar de não ficarem em lagos ficam próximas e também valem a
passada. A história foi a seguinte: quando chegamos ao Chile, nossa expectativa
era comer peixe e frutos do mar todos os dias. Ainda mais que vínhamos da
Argentina onde passamos duas semanas fazendo nossas parrillas nos campings com ojo de bife e bife de chorizo. Precisávamos dar um tempo de carne. Mas nos lagos
estava difícil encontrar peixes, principalmente em supermercados. Decidimos
então visitar a cidade de Valdívia que fica numa ponta de rio próxima ao
oceano.
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Feira de peixes em Valdívia |
Fizemos bem
principalmente porque aos domingos a feira no mercado de peixes é bem
movimentada. Bom, os peixes estavam praticamente vivos! Gostaríamos de sair com
quilos deles mas com nossa microgeladeira, um salmão e uma merluza austral já
davam conta do recado.
A quantidade de
moluscos em conchas é absurda, numa vimos uma variedade tão grande! E para a
garotada, vários leões marinhos ficam pertinho esperando uma cabeça de peixe
ser entregue pelos peixeiros.
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Mariscos |
Além dos peixes, tinha
uma feira normal com frutas e vegetais. Destaque para as frutas rosa mosqueta e
as berries (framboesas, amoras, cranberries). Frutas que no Brasil a gente ouve
falar que existem e que no Chile são super comuns.
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As delicadas e deliciosas framboesas |
Apesar de tantos peixes, nos restaurantes a influência é alemã. Portanto, comemos salsicha e cerveja. Nada mal...
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Variedades de cerveja em pequenas amostras |
A outra cidade fora do
roteiro Lagos foi Puerto Montt. Nosso objetivo era claro: Puerto Montt é
considerada a capital do salmão. As fazendas de salmão ficam ali perto e levam
ao mercado os peixes super frescos. Além do salmão, encontramos a deliciosa centolla. Detesto comer siri porque
demora muito ficar com um martelinho crec crec quebrando a casquinha e chupando
uma miséria de carne. A centolla é
graúda, cheia de carne, mas o melhor é que você pode comê-la já desfiada fora
da casca. É o filet mignon da centolla!
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Centollas |
Também vimos como eles
montam uns potes com os moluscos. Impressionante, eles abrem todas as conchas
na mão com uma faquinha. Vimos muito ouriço também, mas esse não tivemos
vontade de experimentar.
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Restaurantes na parte de cima |
Além de banquinhas que
comercializam os peixes e frutos do mar, o mercado conta com restaurantes.
Praticamente todos vendem os mesmos produtos. Basta escolher o que você
simpatiza mais e saborear a deliciosa e rica culinária chilena do mar!
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Salmão |
Para salivar:
- adoramos comer bem,
isso não é um mistério para ninguém. Também adoramos fazer comidas gostosas.
Por isso queríamos tanto um peixe para comprar! Bom, salmão fizemos de algumas
formas mas a mais interessante foi na brasa. Com a pele prá baixo e apenas um
pouco de sal o salmão chileno super fresco na brasa ficou delicioso!
Praticamente imbatível! Para acompanhar, vinho branco e um lindo lago com
vulcão ao fundo...
- era época das
berries! A mais comum é uma que parece com nossa amora mas a árvore é um pouco
diferente, tem muitos espinhos. Eles chamam de mora e acreditamos que seja a blackberry.
Enfim, tinha amora prá tudo que era lado. De tão mato, as pobrezinhas
estragavam nas árvores. Nem os passarinhos comiam! Mas nós não deixamos passar
a oportunidade e comemos um monte de amoras, puras, na granola e até fizemos
geleia delas.
- aproveite as berries
e peça nos restaurantes e cafés o suco de framboesa ou cranberry. Eles fazem
com frutas frescas. Outro suco delicioso e que foi uma verdadeira surpresa foi
o de chirimoya (atemóia). Surpresa
porque não vimos uma atemóia para vender, nunca pensamos que atemoia dava suco
e o suco dela era super comum. Aproveite!
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Chupe |
- na região dos lagos,
principalmente na cidade de Villarrica, não deixe de provar a k¨uchen, uma torta típica alemã. Doce na
medida e super leve!
- os mariscos são
deliciosos!!! Coma-os sem culpa! E passe num supermercado para ver a variedade
de mariscos em lata que existe no Chile. Compramos algumas latinhas, claro!
- agora nossa melhor
dica é: não deixe de comer um chupe,
de preferência de centolla. É uma das
melhores comidas da viagem e assim que voltarmos prá casa vamos tentar fazer.
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Centoll desfiada |
Marina,
ResponderExcluirMuito gente fala que essa região é linda. Não conheço nada no Chile além de Santiago. O país é cheio de diversidade. Montanhas, lagos, cordilheira, deserto, vinícolas... E, melhor de tudo, pertinho do Brasil.
Belas fotos.
Beijos
Claudia
Oi Claudia!
ExcluirO Chile vale muito a pena! Um país seguro, organizado e com lugares belíssimos!
Um beijo, Marina