Jumbo em mais um Paque Nacional |
O vulcão tem uma presença enorme. Existem montanhas que conversam com a gente. O Cotopaxi é assim, interage com as pessoas de uma forma particular. Impossível não sentir sua presença.
Cavalos selvagens no Cotopaxi |
Existem passeios pelas lagunas mas resolvemos subir até o Glaciar do vulcão. Fizemos uma boa parte do caminho com o carro, que nos levou até 4.300 metros de altitude. Desse ponto, os carros ficam estacionados e você continua a pé, mais 300 metros até um refugio. Ótima pausa para descanso, principalmente quando a subida é ingreme e o vento está contra. Depois, mais quase 400 metros e você chega ao glaciar. Esse último trecho, caminhando na neve o tempo todo.
Glaciar do Cotopaxi |
Haja fôlego para subir |
Cuidado com a neblina! Ela pode te confundir e te deixar perdido |
Infelizmente, ficamos dois dias no Cotopaxi. O tempo estava muito ruim além do que estava muito frio para tomar banho natural, a nossa opção de banho no camping gratuito que fizemos dentro do parque. Dessa forma, seguimos em direção a Latacunga mas quisemos fazer primeiramente o Quilotoa Loop.
Cultivos até no topo da montanha - Quilotoa Loop |
O Quilotoa Loop é uma volta que sai e volta da Pan Americana passando por vilas super simpáticas no caminho. Nós demos o loop completo, começando em Ortuño e saindo em Latacunga. O caminho é muito ruim, de chão. Recomendamos não fazer o loop completo, sair de Latacunga e ir até a cratera Quilotoa e volta pelo mesmo caminho. Esse é o trecho mais bonito.
Paisagem andina- Quilotoa Loop |
Nesse caminho, você pode observar mais de perto a rotina dos campesinos que ali vivem. Esse povo trabalha! Nunca vimos tanta agricultura sendo trabalhada em outro país. E domingão, é dia de lavar roupa do rio. Vida de trabalho desse povo, um trabalho que eu não nasci para fazer. Isso ajuda a gente olhar para o que consumimos com outros olhos. Vai saber quantas horas alguém precisou ficar agachado cuidando daquele pé de feijão que muitas vezes chega como mágica a nossa mesa?
Cratera Quilotoa |
Sacanagem, pegando carona no rabo do cavalo! |
Dormimos em Latacunga, que não nos acrescentou muito e seguimos para Cuenca, cidade que estávamos com uma enorme expectativa. Tudo por causa dos chapéus panamás, que levam esse nome mas na verdade eles são confeccionados no Equador, nas cidades de Cuenca e Montecristo. Agora, por que ele se chama Panamá se é feito em Cuenca? São muitas as histórias e não sabemos ao certo qual é a verdadeira. Uma conta que os trabalhadores na construção do canal de Panamá usavam esse chapeú. Outra diz que o presidente Roosevelt usou um enquanto visitava as obras do canal em 1906. Uma outra diz que os chapéus eram levados para o Panamá para serem exportados pelo canal. O que se tem certeza é que a qualidade do chapéu é muito boa. Confeccionado com uma palha macia chamada toquilla e de trama bem fechada, com cores claras e super flexivel, o panamá combina muito bem com clima quente e sol.
Chapéus Panamá diretamente do Equador |
Mas no final, Cuenca nos deixou a desejar. Isso porque descobrimos ao chegar lá que os melhores chapéus são exportados, o que significa que existem poucas opções de compras. Visitamos três lojas até encontrar um chapéu que ficasse bem e, voilá, nossas cabeças agora tem uma cobertura nova e bonita.
Cuenca |
A cidade de Cuenca é bonitinha e ponto. Não nos encontramos muito bem principalmente porque não encontramos de jeito nenhum um café gostoso para passar a tarde. Tivemos que fazer o nosso no camping mesmo, com certeza muito mais delicioso que outros que provamos por ai.
Depois de duas noites em Cuenca, partimos rumo a Vilcabamba, a cidade conhecida mundialmente pela longevidade de seus habitantes. Dizem que muitos moradores passam dos 110 anos de idade mas o que intriga muitos cientistas e médicos não é isso. É que além de viverem muito, essas pessoas vivem bem. Comem muito sal, fumam e bebem até o finzinho da vida, contrariando todas as normas médicas para se alcançar uma boa saúde. Quando estão para morrer, uns dias antes ficam fraquinhos, ficam na cama e morrem, assim, passarinho!
O centro nervoso de Vilcabamba |
Com essa fama toda, imagina, os estadunidenses invadiram a cidade, muitos comprando propriedades imaginando a escritura vale como pilula de longevidade. A parte boa é que conseguimos passar nosso tempo tomando um bom café e comendo o melhor bolo de três leites da viagem. Vilcabamba tem outras coisas para se fazer, como caminhadas.
Mirante do hotel |
Nós para variar ficamos de boa no ótimo camping do Hostel Izthcayluma que tinha um mirante para a cidade maravilhoso. E aproveitamos para cortar o cabelo. Quem sabe esse corte nos traga um pouquinho dessa vida longeva e saudável?
Eita coragem! |
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