Esse pequeno país que perde de território apenas para o
Suriname na América do Sul, tem como principais manifestações culturais traços de Argentina e Brasil: o tango
e o carnaval. Mas diferentemente de seus conhecidos vizinhos, o uruguaio é um povo pacato. Esqueça
a agitação de Buenos Aires ou o nervosismo de São Paulo. Montevideo, a capital, tem vida tranquila. Com
apenas 1 milhão e 300 mil habitantes (a metade da população do país), prédios
que remetem a uma época anterior, a cidade é grande o suficiente para ser
visitada em um final de semana.
Sem o charme dos cafés portenhos e a praticidade das
padarias brasileiras, Montevideo tem ritmo lento quando se trata de comer
fora. Fomos a um bom restaurante. Mas comemos supreendentemente bem nos
carrinhos de lanches de rua. Não perca o chivito (uma espécie de x-tudo) e
recomendamos também o suculento pancho
com panceta, cachorro quente com
bacon embrulhado na salsicha. O forte deles é o lanche de rua!
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A melhor carne da vida |
Para carnes existe o tradicional Mercado del Puerto na
Ciudad Vieja, cheio de casas que fazem parrillas.
Peça a pulpa (costela) ou fique no ancho (que corresponde ao ojo de bife argentino). O jeito do
churrasco deles é diferente do nosso e do argentino. Eles utilizam a brasa da
madeira e não o fogo. Misturando a técnica uruguaia com a brasileira,
conseguimos comer a melhor carne da nossa vida: feita pelo Mauro num camping,
um ojo de bife de bois uruguaios. Super bem acompanhado da excelente cerveja mexicana Negra Modelo.
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Mercado do Porto |
Ainda na Ciudad Vieja visitamos o bom Museo de Arte
Precolombino Indígena que se localiza num edifício do séc. XIX. Nele
encontramos um acervo com peças que pertenceram a diferentes culturas dos povos
pré-colombianos na América Latina. As informações escritas estão ótimas.
A avenida 18 de julho vale ser percorrida a pé para se
admirar bonitas construções como o Palacio Salvo e o Teatro Solis.
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Palacio Salvo |
Ainda na 18 de julho, não perca uma visita ao Mirante Panorâmico
da Intendência de Montevideo. A entrada é gratuita e do 25 andar tem-se uma vista
de toda a cidade com painéis ilustrativos auto explicativos. Lembre-se de
retirar as entradas antes de subir no edifício no módulo de Informação
turísitica localizado na Praça Libertad.
Domingo é dia de feira na rua Tristán Narvaja. Aqui você
encontra de tudo: desde legumes e frutas a antiguidades. A feira é enorme,
abraça várias ruas adentro e quanto mais afastado da 18 de julho, mais
peculiar fica. Lá você encontra tudo que é coisa e os objetos estão agrupados sem
ordem. Você pode encontrar lado a lado pelúcias velhas assim como ferramentas
ou móveis. Até vidro de perfume vazio tem! Para quem quer montar negócio com
objetos vintage, é o lugar certo de
se ir!
Como ficamos num hostel em Punta Carretas, frequentamos
bastante o shopping de mesmo nome principalmente para passear. A região de agito fica ali próximo, no bairro
de Pocitos.
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Feira de domingo: muita quinquilharia |
Bom lembrar que Montevideo é banhada pelo rio da Prata,
apesar de parecer um grande mar. Para uma bela vista do skyline da cidade, vá à
península que forma em Punta Carretas e pare perto do farol. Foi aqui que
dormimos nossa primeira noite em Montevideo, numa área já conhecida por
overlanders.
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Skyline do farol |
Montevideo não foi nosso primeiro destino no Uruguai. Saímos
de Buenos Aires com o buquebus e chegamos em Colônia do Sacramento em uma hora.
Colônia é bonita, uma cidade colonizada por portugueses. Por
isso tantos azulejos. As ruas de pedra lembram Parati.
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Casa em Colonia do Sacramento |
Tem muitos restaurantes e cafés movimentados durante o dia
pois muita gente faz bate e volta a partir de Buenos Aires. Demos azar e
pegamos uma tempestade fortíssima nos dois dias que ali ficamos.
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Colônia |
No caminho para o Brasil, paramos em Punta del Leste. Nossa
expectativa para essa cidade estava alta e qual não foi nossa decepção quando
lá chegamos e encontramos uma cidade fantasma.
O agito de Punta fica no verão. São três meses de vida e
depois, muitos estabelecimentos fecham suas portas. Inclusive o Mc Donald´s da
av. Gorlero estava fechado. Os apartamentos são de temporada e vimos prédios e
mais prédios totalmente apagados. Um desperdício de espaço e recursos.
A cidade é bonita, fica no local onde o rio da Prata
encontra o mar e é banhada pelos dois. A orla é bem cuidada, com algumas
esculturas interessantes como das sereias e a mão.
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Solta o nosso Jumbo |
O entardecer é especialmente bonito apreciado de Punta
Ballena onde também se localiza o Museo Taller Casapueblo de Carlos Paéz
Vilaró. Visitamos por indicação de todos que visitaram Punta mas recomendamos com moderação; apesar da
entrada bem paga, o local é mais um espaço comercial do que um museu. A
construção toda em barro pintada de branco com vista para o mar é o destaque.
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Casapueblo |
Foi uma passada rápida pelo Uruguai. E tivemos a sorte de
poder assistir um concerto com o melhor violinista da atualidade: Itzak
Perlman. Saimos enlevados com suas notas. Só por isso, o Uruguai já valeu a
pena!
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Na expectativa do concerto |
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