segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Monte Roraima

A caminho do topo, entre os tepuys Kukenan e Roraima


Chegar ao topo do Monte Roraima requer muita disposição. A trilha é difícil, longa, com muitas pedras e bem íngreme. Em um dos dias chega-se a subir 1000 metros caminhando. A volta então... tudo que subiu em dois dias, desce num dia só. São 1800 metros de descida. Se quiser entender melhor esse caminho, de uma olhada em nosso tracklog. Mas o esforço vale a pena. Andando no topo, a sensação é de estar caminhando num outro planeta. Pouquissima vegetação e a que existe é endêmica, animais diferentes e muitas pedras negras formando as mais inusitadas formas.

Liquens
Os trekkings para lá saem de Santa Elena de Uiaren e a maioria compreende seis dias e cinco noites dormidas em barracas. Por um acordo local, você é obrigado a contratar um guia ou carregador pemón. Pémon é a etnia indígena que habita essa região há tempos. Os carregadores ou porters carregam sua barraca e a comida que está incluída no pacote. São três refeições ao dia. Se quiser um lanchinho ou chocolate entre elas, você tem que levá-lo.
Impossível ter a garantia de pegar tempo bom lá em cima. A mais de 2800 m de altura, as condições climáticas são imprevisíveis no Monte Roraima. No nosso caso, dos seis dias, choveram quatro. Abaixo algumas dicas:

- levar chapéu, protetor solar, muito repelente (antes do topo, os mosquitos chamados puri puri não dão trégua), kit primeiros socorros, roupa impermeável, capa de chuva, capa para a mochila e alguns docinhos para dar aquela energia extra.

Paisagem no topo

- os porters carregam apenas sua barraca. Isolante e saco de dormir vão na sua mochila, junto com suas roupas e objetos de higiene. Administre o peso que você irá carregar mas lembre-se que lá em cima faz frio e que dormir com roupa seca faz diferença.

Nosso porter apontando o local onde começamos a trilha

- a estrutura do parque deixou muito a desejar. Nas três bases que ficamos não havia bancos suficientes (quando existiam) e a estrutura de palha onde aconteciam as refeições era muito vulnerável a chuva. Na volta, para atravessar um rio caudaloso, improvisaram uma passagem com corda. Nós passamos com água no peito. Nossa câmera portátil morreu afogada no meio da chuva e passagem de rios. A sensação era de estarmos fazendo um camping selvagem. Sabemos que as condições climáticas são incontroláveis mas a estrutura que o parque disponibiliza para o turista é totalmente administrável. Medidas simples fariam o trekking muito mais prazeroso.

Estrutura para o camping

4 comentários:

  1. Muito legal vocês teriam ao Monte Roraima mesmo com tanta chuva, no final das contas sempre vale a pena, nem que seja por uma única vez!

    Beijos e boa viagem!

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    1. Depois que passou, achei que valeu a pena. Durante, fiquei bem estressada para não me machucar pois socorro não chega ali tão fácil.
      Beijos e boa viagem para vcs tbém!

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  2. Nossa,
    A Venezuela tem uma natureza linda. Que lugares fantásticos!!!
    Bj e aproveitem muito.
    Claudia

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    1. Realmente, a Venezuela é para quem gosta bastante de natureza!

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