Chegamos no Hemisferio Norte, pela BR174 em RR |
Roraima é um estado isolado, por sua posição geográfica ser no extremo norte do pais, acima do rio Amazonas, a quase 800 km de Manaus, uma tremenda barreira física. Portanto, a maneira mais fácil de se chegar e de se sair de Boa Vista é de avião. No nosso caso, fomos pela estrada mesmo, pegamos a BR174, saindo de Presidente Figueiredo. Essa foi uma estrada difícil, primeiro porque mais de 100km passam por dentro da reserva indígena dos Waimiri-Atroari, trecho que pode ser cruzado apenas das 6 as 18 horas. Depois disso, 300 km de estrada muito ruim, até chegar Caracaraí. Dai para frente, a estrada fica boa.
Por causa desse isolamento, não tínhamos a menor ideia do que encontrar. Mas fomos positivamente surpreendidos com uma capital com comércio dinâmico, restaurantes, hotéis farmácias, supermercados, empresas além de pessoas maravilhosas.
Foi em Boa Vista que provamos o melhor tambaqui da viagem. O tambaqui é um peixe dos rios da Amazônia, saboroso. A melhor parte dele são as costelas. Prove assado na grelha. Com as sobras do almoço, fizemos um risoto que ficou simplesmente divino.
Orla Taumanan, Boa Vista, RR |
Na capital você pode para passar uma tarde nas praias que surgem na época da seca (outubro a abril) no leito do rio Branco. O acesso é através de barcos que saem do porto e cobram R$ 4 pp, ida e volta. Também não deixe de passear na Orla Taumanan, de onde é possível avistar as tais praias.
Mas as principais atrações de Roraima ficam fora da capital. A Serra do Tepequém é o mais famoso deles. Com 1500 m de altura, a vila Tepequém dista 50 km do município de Amajari, trecho todo em asfalto. As muitas cachoeiras fazem o sucesso do lugar. Existem algumas pousadinhas simples e campings. Nós ficamos em casas de amigos e acampamos no carro mesmo. A vegetação é o lavrado, campos naturais com vegetação rasteira que se assemelha a savana encontrada na Venezuela.
Mirante da Cachoeira do Paiva |
Visitamos as cachoeiras do Paiva (e seu lindo mirante), do Cabo Sobral, do Barata e o Igarapé Preto. Dessas, o Igarapé Preto é a única que se precisa de um 4x4 alto. Ainda tem a Cachoeira do Funil e a visita ao mirante do Sr. Cuia, também passeios off road. Importante: leve e passe muito repelente, os mosquitos em toda Tepequém são implacáveis. Apesar de serem gratuitas, as cachoeiras tem trilhas bem demarcadas mas não oferecem serviços de bar e restaurante. Leve seu lanche e não esqueça de trazer o lixo de volta!
Os amantes de off road também tem outros destinos no estado, como a Serra do Sol e a região de Uiramutã. Mas se informe antes com o pessoal do 4x4 local sobre passeios organizados a esses locais porque não são passeios para se realizar sozinho, primeiro por causa da dificuldade em si e segundo, por passar dentro de reservas indígenas (como a Raposa Serra do Sol) e necessitar da autorizaçao dos indígenas. Pode falar com o Elmer, da Retífica Central, sobre a ocorrência desses passeios. Ele tem uma mecânica que serve como ponto de encontro da galera off road da cidade e tem dicas e muitas informações.
Indicamos muito esse destino desconhecido no Brasil, principalmente para os amantes da natureza e do mundo off road.
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