Tomar a decisão do sabático não foi fácil. A ideia de viajar pela América, descobrindo culturas e se descobrindo envolve um comprometimento emocional muito grande. Grandes decisões sempre vêm acompanhadas de grandes responsabilidades. Todos os aspectos da nossa vida irão se modificar. Trabalho, família, pertences, rotina, hábitos. Precisaremos aprender a viver com menos: menos espaço para dormir, para guardar roupas, para cozinhar; menos dinheiro.
Para continuarmos convictos da nossa decisão, temos nos alimentado de várias formas. Veja bem, não com comidas saudáveis – nesse corre-corre a alimentação saudável tem dado um tempo. Mas com atividades que alimentem o nosso ser.
Para continuarmos convictos da nossa decisão, temos nos alimentado de várias formas. Veja bem, não com comidas saudáveis – nesse corre-corre a alimentação saudável tem dado um tempo. Mas com atividades que alimentem o nosso ser.
A leitura tem sido uma. Pusemos até um link ao lado com os livros que estamos lendo, aqueles que têm nos dado oportunidade de reforçar nossa decisão. Vamos complementar essa lista com “livros anteriormente lidos” e que foram e são significativos. Os livros que lemos nos formam e servem de referência do que acreditamos e somos.
Como estamos com o espírito bem aberto, surgiu a oportunidade de participar de um evento de fim de ano cujo o tema era muito interessante. A palestra foi em S. Paulo, o que para mim significa deslocamento na estrada e travessia da cidade em dia de muita chuva. Mas o tema, no folder, chamou nossa atenção e decidimos ir mesmo assim.
O nome dela era “A vida que vale a pena ser vivida”. Curioso, não? Logo agora que decidimos pelo sabático, aparecer uma palestra com esse tema! Realmente, ela veio dar mais base, sustentar ainda mais a nossa decisão.
Foi ótima! O Profº Clóvis de Barros Filho tem uma dinâmica muito boa, absolutamente cativante. Discorreu de assuntos filosóficos, mas com uma abordagem muito real. Um exemplo? Numa crítica aos livros de autoajuda, disse que nunca encontramos nesse tipo de livro como nos portar quando um carro, tartarugando na nossa frente, passa o sinal e nós ficamos no vermelho.
Falando assim, parece simples. Mas dizia, entre seus exemplos, que o simples fato de pensar sobre a vida que eu quero viver é uma tarefa que gera angústia nos homens. Gera e sempre gerou, desde que o homem se entende como homem. O que me deixa feliz hoje, pode não ser a mesma coisa que me deixava feliz há 10 anos atrás.
Cabe a nós decidirmos por uma “vida de qualidade”, nós somos os responsáveis em criar, sem fórmulas, a vida que vale a pena ser vivida para nós. O que é bem diferente de "qualidade de vida", conceito massificado de valores, que podem até ser bons pra alguns, mas pode não ser para você. Profundo, não?
Adorei saber que entre os livros lidos está "Adeus às armas" do Hemingway. Me encantei com esse livro e sou fã do autor.
ResponderExcluirEm relação ao post, muito bom!
Hemingway é o máximo! conhecemos com o clássico "O velho e o mar", adquirido num sebo e fomos em busca de mais.
ResponderExcluirobrigado pela visita!