quarta-feira, 4 de abril de 2012

Introdução as Parques Nacionais dos Estados Unidos

Não tínhamos ideia que um pedaço tão grande dos EUA era deserto. Começamos a perceber uma grande mudança de vegetação a partir do Novo México. Pouca ou nenhuma planta, muita pedra, clima seco e árido. Essa paisagem nos acompanhou no Arizona, em Utah, em Nevada e num trecho da Califórnia, antes de chegarmos a Los Angeles. Dos poucos rios, o mais importante de longe, é o Colorado, que fica praticamente inacessível, no fundo dos canyons. Na verdade, acessível para a galera que curte rafting, mas para irrigação, é bem difícil. Ainda bem que os EUA conseguiram aproveitar as belas paisagens de canyons e explorar o turismo, pois caso contrário, a maioria dessas terras não teria muita utilidade, além de teste de armamentos.
As estradas são quase sempre assim

Ao todo, visitamos seis parques nacionais em Utah e no Arizona. Parecidos e completamente diferentes, valeu a pena conhecer todos esses parques, pois 
pudemos comparar a estrutura deles, além de comparar com a estrutura dos parques brasileiros. Além disso, a beleza do deserto é muito diferente do que estamos acostumados. Os canyons são profundos, um belo convite à meditação. Seguem algumas dicas gerais:


Profundo

- todos os parques nacionais entregam na portaria um mapa e um jornal explicativo sobre o parque. Consulte-os pois eles têm dicas maravilhosas, como dificuldade e duração das trilhas, onde tem banheiros e água potável, entre outras informações. Além disso, passe no Centro de Visitantes, pois eles têm mais informações para te oferecer, além de vídeos do parque, livros. Dai a primeira grande diferença para o Brasil: muitas vezes os parques mal são demarcados, quanto mais mapas, placas, jornais informativos?
- as trilhas são sinalizadas, explicativas e bem marcadas. Quando quiser fazer alguma coisa diferente da maioria, são fornecidas autorizações especiais, emitidas dentro do próprio parque. Você é responsável por você mesmo. Nada de ficar pagando guia para te levar em determinado lugar. Essa ideia de guia é muito forte em países em desenvolvimento, pois geram empregos para locais. Adoramos esse esquema, pois gostamos de ter liberdade para escolher nosso programa, de caminhar no nosso ritmo, parar quando e onde queremos sem ninguém falando na nossa orelha.


Livres, mas sabendo dos riscos

- Alguns parques têm estruturas de lanchonetes, banheiros e outras facilidades melhor que outros. Em alguns, é possível acampar em trailer, outros atendem melhor barracas. Essas informações estão disponíveis na internet (nps.gov). Mas os detalhes acabamos pegando no parque mesmo, como por exemplo se tem tomadas ou chuveiros. Quando o parque não tem chuveiros, geralmente fora do parque, alguns estabelecimentos alugam o banheiro por um tempo para você tomar banho. E os parques te informam quais são esses lugares. Sem miguelice de informação!


Sonho de toda mulher: saber onde é o banheiro mais próximo

- água potável é disponibilizada gratuitamente na maioria dos parques para os visitantes. Existe uma política muito sábia de reduzir o consumo das garrafinhas plásticas, cada pessoa usando a sua trazida de casa. Além disso, nesse clima, é importante hidratar-se com frequência, pois há muitos casos de desidratação principalmente durante trilhas.

Água mineral disponibilizada gratuitamente



- siga as orientações das trilhas. Acredite no nível de dificuldade e avalie se realmente você conseguirá fazê-la. É legal ultrapassar limites, mas com cautela. Novamente, não brinque com a falta d’água. Utilize roupas adequadas, boné, protetor solar e caso esteja no inverno, leve sempre um agasalho.
Ui, fizemos essa trilha aí

- muitos parques têm atividades gratuitas orientadas ou alguma palestra com os guardas, ministradas em pontos previamente estabelecidos. Toda a programação consta no jornal e no centro de visitantes. Nós participamos de algumas e foi muito legal.


Lembra o Zé Colméia!

- toda essa estrutura tem um preço: de U$ 10 a U$25 por carro para até 4 pessoas. Dependendo de quantos parques pretende fazer, é melhor comprar um passe de validade de um ano para todos os parques nacionais por U$80.
- os parques sempre tem uma trilha possível de ser feita por cadeirantes, vimos muito vovô, vovó, netinhos e cachorros passeando alegres pelos caminhos. Ou seja, os parques são acessíveis e atendem necessidades especiais, não são exclusivos para grandes aventureiros. Mas para quem gosta de adrenalina, sempre existem trilhas mais fortes, mais puxadas, que testam os limites. Ou seja, tem para todos os gostos!


Não somos os únicos que curtem um pôr do sol no Grand Canyon

- aproveite muito! Os estadunidenses curtem bastante esse negócio de lazer ao ar livre, portanto é muito fácil encontrar ótimos lugares para fazer pic-nics, com mesinhas, banheiros próximos, área gramada, paisagem cênica. Passe num supermercado antes, prepare seus sanduiches e bebidas, leve uns cookies, umas frutas e economize uma grana, pois sempre dentro do parque a alimentação é mais cara. Só cuidado com o Zé Colméia, essa história de urso ladrão de comida é a mais pura verdade!


Lixeira anti urso

2 comentários:

  1. Acabei de chegar e vou ler a viagem de tras para frente! Rs! Estou adorando... foi muito legal conhecer vcs! Uma inspiracao! Tudo de bom e mto sucesso nesta jornada tao incrivel! :)

    Ca & Victor

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    Respostas
    1. Seja bem vinda, Carina!!!
      Estamos atrasados, como pode perceber. Mas hoje mesmo temos post novo!
      Um beijo, Marina e Mauro

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