Ponte José Sarney, Maternidade Marly Sarney, vila Sarney, Biblioteca José Sarney, Fórum José Sarney, Avenida José Sarney. Bem vindo a São Sarney, ops, São Luis, o condado da família Sarney.
José Sarney já decidiu que seu mausoléu será nesse prédio público, de frente para a Baia de São Marcos |
O poderio da família Sarney no estado do Maranhão e mais precisamente, na cidade de São Luis parece não ter fim. Hoje enquanto escrevo, já passamos por 17 estados brasileiros e onde vimos mais pobreza foi no estado do Maranhão.
A capital São Luis está muito mal tratada. Como citado no início do texto, a família Sarney domina o cenário político, econômico e público. Com isso, o dinheiro reservado para melhorias (como asfalto, placas de trânsito, prédios tombados, ajuda social entre outros) não é investido de forma correta. A briga política dentro desse estado é muito forte.
Descuido com os casarões |
Mas deixando a política de lado, vamos citar o que é possível fazer em São Luis. A Ponte José Sarney é a ligação dos bairros do litoral com o centro Histórico. Quando passar pela ponte, observe a maré. Quando chegamos a cidade, a maré estava super baixa. Até pensamos que tínhamos ido na época errada. Mas no final da tarde, a maré estava cheia. Descobrimos que a Baia de São Marcos (onde fica a cidade de São Luis) tem uma grande amplitude do mar, com quase 7 metros. Além de interferir na vida das pessoas – horário das embarcações e pesca- essa oscilação muda a paisagem, que ora fica seca e ora fica cheia.
Maré baixa |
Maré alta |
No melhor ponto para se observar essa paisagem marítima, está o Palácio dos Leões, sede do Governo do estado. É um dos cartões postais da cidade e realmente, é o mais bonito e conservado prédio de São Luís.
Palácio dos Leões |
No Centro Histórico estão as famosas casas azulejadas. Recobertas com azulejos portugueses do lado de fora, as casas seriam mais charmosas se estivessem num estado de conservação melhor.
Visite o Mercado da Praia Grande, também na área central. Além de inúmeros souvenirs, no interior do mercado várias lojinhas comercializam comidas e bebidas regionais. Destaque para o camarão seco (o Maranhão tem fartura de camarão), a tiquira (aguardente de mandioca) e peixes salgados.
Saindo do roteiro do Centro Histórico, não deixe de passear pela avenida litorânea, recheada de quiosques a beira mar. A praia mais badalada é o Calhau, e além dos quiosques esse bairro tem restaurantes, hotéis e boa estrutura para turistas em volta da Lagoa da Jansen.
Lagoa da Jansen |
Outro local bem interessante fora do roteiro turístico, é o Bar do Léo. Escondido no bairro de Vinhais, esse boteco é tão atrativo por causa da coleção de CDs de seu dono. Com decoração peculiar, os pés das mesas são máquinas de costura antigas e nas paredes, uma porção de quinquilharias enfeitam o ambiente. Entre elas, um livro sobre Tambor de Roda, uma manifestação cultural maranhense que envolve dança e música mas que infelizmente não tivemos a oportunidade de ver. Não perca caso fique sabendo de alguma apresentação.
Distante pouco mais de 20 km de São Luis, fica a praia da Raposa. A praia é um desbunde de linda. Basicamente, é uma praia de pescadores, onde a pesca é realizada na sua maioria através de currais. Mas a paisagem engloba ainda dunas que represam o mar quando este enche, criando piscinas quando ele vaza. Foi lá que compramos peixe fresquíssimo tirado do mar para fazer a famosa peixada. Se não tiver essa disposição, pode comer em algum restaurante rústico a beira da praia. Com certeza, o produto é fresco. Se quiser levar uma lembrancinha pode comprar renda de bilro no comércio local.
Como venta na Praia da Raposa! Essa foto é de Paulo Caruá |
Por falar em peixada, comemos muito bem em São Luís. A peixada é feita com pescada amarela que geralmente é cozida em com caldo de camarão e outros temperos e fica deliciosa! Acompanhada de farinha d’água então, de lamber os beiços! Recomendamos o restaurante Porto Seguro, de preços honestos (1/2 peixada serviu 3 pessoas e custou R$ 33,00). Fica no centro,perto do mercado de peixes, na Av. Vitorino Freire, 2.
Peixada escabeche com arroz de cuxá |
Mas de São Luís o que mais carregaremos para sempre com a gente são as pessoas. Os amigos que fizemos por lá, o Caruá, Geisa e sua família que nos adotaram e nos receberam em sua casa na noite de Natal. O maranhense é um povo carinhoso, acolhedor e simpático. Isso Sarney nenhum tira!
Nossos amigos, Caruá e Geisa |
Gente...aonde foi que eu me perdi??? Vcs foram de Belém a Manaus e estavam subindo pra Boa Vista, cruzando o Equador e dali a direção natural seria a Venezuela...agora vcs estão no Maranhão, é isso??? O que que esse caminho tem a ver??? A não ser que vs estejam sem o carro e ele tenha sido enviado para algum lugar e vcs voaram para o Maranhão...só pode ser isso, sei lá...kkkkkk...Explica aí pô...eheheh
ResponderExcluirOi Marina!
ResponderExcluirGostei da modo como você se referiu à cidade de São Sarney do Maranhão. hahaha Eles só poderiam cuidar um pouco mais desse patrimônio lindo e tão decadente. Gostei da dica da praia da Raposa. Fica para minha próxima ida por aquelas bandas.
Bj
Claudia
Oi Adriano,
ResponderExcluiré meio confuso mesmo, mas é que nossos posts estão um pouco desatualizados. Não conseguimos fazer como você e postar todo dia.
Nós estamos em Boa Vista, está difícil sair de RR e ir pra Venezuela. E hoje ainda vamos pra serra do Tepequém, em RR. Estamos reunindo forças pra passar a aduana da Veezuela na 2a feira.
Mas ainda estamos postando coisas do Maranhão rsrsrs
Poxa gostaria que minha cidade fosse mais bem cuidada! :(
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