segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Do Pontal até Guarapari

Saímos do Rio de Janeiro pela manhã e após pegar um trânsito digno da 23 de maio (2 horas na cidade), chegamos a BR 101.
Essa estrada vai bem, até a saída para Cabo Frio, pois é duplicada. Depois disso, vira pista simples, e fica mais complicada. Principalmente depois de cruzar a fronteira com o Espiríto Santo. A condição do asfalto piora , a quantidade de caminhões aumenta e apesar de não ter muito sobe-desce, tem muitas curvas o que dificulta as ultrapassagens. Soma-se a condição climática do dia: péssima, com a visibilidade prejudicada por causa da chuva e – voilá- chegamos em Guarapari as 16:30, tendo saído do Pontal, no Rio as 7:20 (rodamos pouco mais de 500km).
Nas nossas lembranças, a BR101 sempre foi embaçada, principalmente o trecho de Vitória a Porto Seguro. Mas sempre é um baque pegar uma pista simples com tanto movimento.
Agora, estamos instalados no Camping Costamares (R$20,00 pp, S 20.62953 W40.44570), na praia de Santa Monica, passando um frio danado com a chuva e o vento fortíssimos na região.
O camping é ótimo, o melhor que ficamos até agora. Muito limpo, bem cuidado e com um funcionário super simpático, o Sr. Solemar, fica na beira da praia, totalmente pé na areia. O que deve ser lindo em dias de verão e sol. Por sinal, andamos pegando umas dicas no site O campista, de um casal de Santos, muito bacana. A dica do camping de hoje, pegamos de lá!
E as fotos seguem amanhã. Para pegar a máquina tenho que atravessar uma área descampada muito grande e o frio impera. Resumo da ópera, vamos ter que tirar nosso cobertor muito antes do esperado.

Fazzer o bem faz bem!

Vindo de encontro a essência do nosso projeto, iniciamos nosso sabático realizando uma doação de livros para uma escola de Paraisópolis/MG.
Através de nossos amigos, Ocid e Carla, fizemos contato com a profª Dione que prontamente acolheu essa doação e ficou encarregada de direcionar os livros para quem mais necessitasse deles. Na ocasião, nos convidou para participar de uma atividade externa com os alunos no dia seguinte.

Proefssora Dione e seu carro, cheinho de livros...



E além do porta mala, o banco de passageiros! Um carro letrado!!!


Infelizmente, não conseguimos chegar a tempo e vimos as crianças rapidamente em ação, mas vou descrever no que consistia essa atividade. As crianças saíram a campo para recolher o lixo e entulho que é jogado pelos munícipes nas ruas e rios. Será o objetivo limpar a cidade? Não, as crianças não tem essa obrigação. Essa atividade dá seqüência aos registros de anos anteriores e visa a conscientização ambiental, aproveitando os dados coletados na construção de gráficos comparativos e construção de textos. Segundo o depoimento dos educadores, a quantidade de lixo recolhida a cada ano diminui, provavelmente pelas crianças terem divulgado na comunidade esses dados e disseminado junto as famílias informações relativas aos malefícios que o lixo jogado em qualquer canto trás para saúde pública e meio ambiente.
Apesar de não termos conseguido chegar a tempo de fotografar as crianças na rua, conseguimos visitar a Escola Monsenhor Carneiro Pinto e verificamos uma escola viva, onde o envolvimento dos educadores ao planejar espaços e atividades é o grande diferencial.

Atividade de artes dos alunos


Desenho com carvão no azulejo! Show!!!


Fazer o bem faz bem! Adoramos ter doado os livros! Adoramos ter conhecido a profª Dione e o Diretor Wilson. E agradecemos de coração a Andrea e a  Luciana da UME Maranhão, de Cubatão por terem ajudado com os livros doados. 

domingo, 30 de outubro de 2011

No mundo dos motor homes

Hoje tivemos um dia de ócio: descanso e sossego. Nem ligamos o carro: ficamos lendo, organizando coisas e vivendo um pouco o espírito de campistas. O camping onde a gente está aqui no Pontal, no Rio, tem uma estrutura bem bacana. O mais engraçado aqui é que algumas pessoas (muitas) deixam seus trailers ou barracas montadas indefinidamente. As barracas tem varanda, rede, geladeira duas portas, TV 29 polegadas e por ai vai. Esse camping mais parece um condomínio de barracas e trailers. Um barato!

Condominio de trailers!


Com nossos super adesivos divulgando o que vamos fazer, as pessoas em geral perguntam e se interessam sobre o projeto. Na ala dos motor homes fomos adotados pelo pessoal com mais experiência que logo na chegada nos ajudou a ligar o Jumbo na tomada e ainda se preocupou conosco durante o toró que deu na madrugada. Não sabiam do dispositivo de fechar o teto que nós possuímos. Nessa interação, descobrimos que o Jumbo é comparado a uma kitchenete no mundo dos motor homes. Isso porque comparado com os que conhecemos hoje no camping, o Jumbo é pequeno. Na verdade, minúsculo.
Conhecemos três motor homes que são verdadeiras casas: dois ônibus e um microônibus com tudo que tem um imóvel: camas, mesa, escritório, TV, freezer, geladeira, microondas, banheiro, chuveiro, máquina de lavar e secar e todo o resto de eletrodomésticos que facilitam a vida moderna. São verdadeiras casas sobre rodas!
Mas o mais legal foi conhecer as pessoas que possuem um motor home. De espírito leve e mente aberta, vivem com menos pertences e com mais liberdade. Um dos casais comentou que descobriu outro dia que tem seis pares de sapatos. “Pois é o que cabe na sapateira”disseram. Quando um estraga, compram outro. Quer mais simplicidade do que pensar assim? Ter somente coisas necessárias?
Tomamos sopa com um casal. Nas nossas coisas, trouxemos tudo para duas pessoas: dois pratos, duas colheres, etc. Nos juntamos para comer e cada um levou seus pertences, pois eles também tinham os objetos só de par. Quer melhor? Bem mais fácil também na hora de lavar, além de ocupar menos espaço nas caixas. Fala a verdade: quantas vezes no último mês você utilizou o jogo de taças de cristal que ganhou no casamento?

Conhecemos esses dois ai e adoramos!!!


Quanta coisa que a gente não carrega com a gente, na nossa casa, na nossa vida que apenas ocupam espaço. De quanto a gente precisa para viver?
Bem , voltando ao Jumbo. Ele pode ser uma kit mas tem dado conta do recado. Com a temperatura que está aqui, nossas noites têm sido super tranqüilas com relação ao conforto térmico. Fora isso, nosso Jumbo é um 4x4, que passa em terrenos que um ônibus não consegue e tem as dimensões pensadas para ser carregado em contêineres. E ainda temos a facilidade de ter mobilidade dentro das cidades, coisa difícil para um ônibus. Estamos felizes com nossa escolha. O Jumbo tem sido um companheirão.  Mas que um bus home é bacana, ahhhh isso é!

sábado, 29 de outubro de 2011

Trindade ao Rio de Janeiro

Ontem, tínhamos a opção de ficar em Parati, já que a estrada Real termina nessa cidade. Mas optamos em ir até Trindade pois imaginamos que lá teríamos mais opções de campings. E acertamos!
Trindade é um reduto de pessoas alternativas, que gostam de viver a natureza de forma simples e sem muito trique trique. Portanto, campings não faltam! Agora, a estrutura deles não é lá essas coisas. O camping que a gente ficou, apesar de ser sossegado e tranqüilo era bem simples e com o banheiro e tanque precários.
A vila de Trindade é bem simples, com vários restaurantes que vendem basicamente pratos feitos, de R$10 a R$12. Mas lá também tem outras opções de comida, desde sanduíche de mortadela (R$3,00) a bobó de camarão (R$ 55) ou açaí na tigela (R$6,00). A praia é bonita, com mar verdinho, ideal para surfe pois é de tombo.
Hoje de manhã, partimos em direção ao Rio de Janeiro e no caminho, fizemos um pit stop na sorveteria IceParaty, em Paraty (experimente os gelados de nozes com figo e o de chocolate com laranja: R$4,7/100g). Totalmente diferente de Trindade, Parati é puro charme. Com um Centro Histórico preservado a começar pelo calçamento todo em pedras irregulares (cuidado para não torcer o tornozelo!), Parati enche os olhos de beleza! As construções e as famosas igrejinhas são bem conservadas e misturam uma arte barroca no meio da mata e mar. Uma combinação interessante.
Como tudo tem um preço, ficar lá é muito mais caro que em Trindade, principalmente se você optar em ficar no Centro Histórico. Mas dá para economizar uma graninha ficando no Hostel Don Quixote. Com quartos coletivos para até 7 pessoas, possui banheiro privativo e ventilador e custa R$25 por pessoa na baixa temporada. O melhor é que ele fica no Centro Histórico, na rua da Lapa, pertinho da nossa sorveteria preferida hummmm.
Além de passear pelo Centro, Parati oferece passeios de escuna e barco com parada no caminho para banho. Já fizemos há muito tempo atrás e foi bem gostoso! A vista de Parati do mar é a melhor com certeza!

De Parati, rodamos 241km até o Rio de Janeiro e estamos no camping CCB-RJ-10, na Praia do Pontal (S23°02,036’ W043°29,336’). Filiado ao Camping Clube, tem preços diferenciados para sócios, que pagam a diária no camping por R$10,50. Como não somos sócios, pagamos R$31,50 pp mais R$23,70 pelo motor home. Agora sim, estamos num camping de verdade, com estrutura para o carro (tomada, água e espaço cimentado) e para a gente (banheiros decentes, pias e tanques, tudo iluminado, com manutenção e limpo). Estamos gostando bastante!


Também já fomos testar o quiosque na praia bem em frente do camping: porção de isca de peixe R$20 para 2 pessoas e almoço a R$10 pp (hoje tinha filé de peixe com pirão ou frango). Excelente acompanhamento pra uma cervejinha gelada.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Jumbo Off Road

Nossa opção por um 4x4 foi realmente correta. Nestes últimos dias, fizemos dois trechos que seriam bem mais difíceis em um carro sem tração.
O primeiro, relativamente fácil, foi o trecho entre Gonçalves e São Francisco Xavier. Esse trecho de terra não constava nos mapas mas conversando com os locais, confirmamos que existia essa ligação e que estava em boas condições. O caminho todo foi bem tranqüilo, só no final chegando em São Francisco, a estrada fica bem esburacada e logo em seguida, um declive acentuado e longo com pedriscos deve judiar daqueles que precisam segurar o carro no freio (o que não era nosso caso hehehe). Geralmente as cidades da Serra da Mantiqueira como Gonçalves, Monte Verde, Camanducaia, São Bento de Sapucai e São Francisco são interligadas por estradinhas de terra que acompanham o sobe e desce das montanhas. Cada curva, uma paisagem nova. Um ótimo passeio para carros, motos e bicicletas.


Informações super precisas!

O segundo foi o trecho da Estrada Real que liga Cunha a Parati. Esse, é um pouco mais complicado, principalmente em dias de chuva. Tudo bem que estávamos num dia seco, mas cruzamos com carros como Palio, Gol e Ka pelo caminho mas não imaginamos como alguém em sã consciência coloca seu carro nesse tipo de terreno, a estrada detona demais os carros baixos. Nosso maior receio foi um trecho onde uma pedra limita a altura das viaturas. Mas a altura do Jumbo (2,26m) passou numa boa. Para quem gosta de buraqueira, lamaceira e terrenos acidentados, é pura alegria. Pena, pena mesmo que o tempo em Parati estava nublado e não pudemos admirar as paisagens nas curvas da Serra. Mas atenção: nem imagino como fica em época de chuva. Provavelmente, intransitável até para 4x4s.


Na Estrada Real

De resto, estamos em Trindade/RJ, no camping do Sossego (R$ 10,00 pp/ S 23°20,869’ W 044°43,309’), ouvindo as ondinhas do mar. E sendo interrompidos por figuras que querem saber “Que projeto é esse, meu irmão?”
PS: veja neste link, o arquivo com o tracklog do trecho que fizemos entre Gonçalves e São Francisco Xavier

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Gonçalves, um começo perfeito!

Se todas as cidades por onde passarmos forem como Gonçalves, nunca chegaremos ao Alasca. Vamos acabar ficando pelo caminho. Encravada na Serra da Mantiqueira, Gonçalves é uma cidade pequena mas múltipla; atende quem quer descansar e quem quer passear com a mesma simpatia.
A 1400 km de altitude, seu clima é temperado, com invernos frios e verões agradáveis. Nessa época do ano, nosso termômetro chegou a registrar 11,6 graus na madrugada.

Programa é o que não falta. Se você quer aventura, aqui tem:canoying, cascading, rapel, trekkings, cavalgadas, passeios 4x4, bóiacross e cachoeiras, tudo isso você encontra aqui. Quer fazer esses passeios? Fala com o Alex, da Tribo da Montanha. Eles são os responsáveis pelos esportes de aventura da região.
Agora, se você quer sossego, aqui também tem! Com muita mata ainda nativa, a cada curva da cidade a região presenteia nossos olhos com paisagens bucólicas e tranquilas. Ideal para uma caminhada sem pressa em uma das muitas estradas de terra.

Gonçalves também tem se destacado no meio dos orgânicos. A Orgânicos da Mantiqueira realiza uma feira de orgânicos todos os sábados de manhã. Nessa feira, pode-se comprar os alimentos (todos certificados e sem agrotóxicos) direto do produtor, fresquinhos. Nesse mesmo espaço, um galpão que fica bem próximo ao Centro, você pode tomar um café da manhã completo a preço justo. Além disso, a empresa comercializa cestas para solteiros ou famílias e as entrega em São Paulo e região. Veja mais detalhes no site http://www.organicosdamantiqueira.com.br/!

Além disso, nas imediações da cidade, pode-se comprar muitos produtos regionais, direto dos produtores. Fique atento nas placas de beira da estrada. Nós, por exemplo,  conseguimos umas alcachofras de outro mundo...
Na praça da Matriz, dois lugares se destacam: o Bar do Marcelo, com uma variedade inigualável de cachaças, também comercializa cervejas, licores e vinhos de qualidade. O dono, Marcelo, possui muito conhecimento dos seus produtos e mostra muito domínio e gosto com o que faz. O outro lugar é a padaria São Francisco que além da padaria, aproveitou os porões da casa para fazer um espaço no estilo taberna, para os clientes degustarem vinhos e queijos. Também da padaria, uma biblioteca livre, faz livros girarem pela cidade. Numa iniciativa louvável, os livros estão à disposição para serem lidos por lá ou levados para casa. A pessoa não precisa se comprometer a trazê-los de volta. Sabe que deu certo? Além das pessoas trazerem os livros de volta, elas trazem mais livros de casa, aumentando gradativamente o acervo da padoca.

Visitamos também a Senhora das Especiarias. Essa não fica na praça, mas todo mundo sabe onde é, afinal Gonçalves tem menos de 5 mil habitantes. As donas criaram receitas de geléias sem conservantes com vários de sabores diferentes e muito bons. Se você gosta de misturar o sabor de doce com salgado, experimente a de pimenta com alecrim.
Como chegar: Saindo de SP, são duas opções: Via Carvalho Pinto, todo asfaltada, pegando uma saída um pouco depois da divisa SP/MG ou pela Fernão Dias, pegando a saída para Cambuí e seguindo em direção a Córrego de Bom Jesus. Depois de Córrego, o asfalto cede espaço para a terra e as curvas e aclives se acentuam, proporcionando vistas maravilhosas!
Onde ficar: a rede hoteleira é boa, com pousadas charmosas. E se você gostar, é bem comum na região o aluguel de chalés para uma hospedagem mais longa. Nós ficamos no sítio Santo Canto (estrada Gonçalves-Costas km 2,5 f 35-3654-1487/ 9839-1365. GPS S 22°39.848’W045°52.383’), do Ocid e Carla num chalé com lareira e rede na varanda voltado para a mata, onde está incluída a noite de milhões de estrelas e a sinfonia dos passarinhos pela manhã. O que achamos bem original foi acompanhar o trabalho deles com o cultivo de mudas para agricultura orgânica numa espécie de berçário de alimentos.


O que comer: orgânicos! Você estará na terra deles e é uma maravilhosa maneira de se inserir na cultura local, conversando com os produtores. Folhas, raízes e frutas são os principais produtos. Mas atenção se estiver programado uma estada mais longa, os restaurantes da cidade costumam fechar às 20h durante a semana, quando muitos nem abrem. Um que experimentamos no horário do almoço foi o do Chiquinho: comida caseira e gostosa.
Quanto tempo: um final de semana ou a vida toda. Quatro dias são o suficiente para conhecer a região com calma. Mas para quem mora em São Paulo capital, é uma ótima pedida para finais de semana pois a fica a 204km pela Carvalho Pinto. Mas programe-se para chegar a tempo da feirinha dos orgânicos!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Finalmente, a partida.

Saímos ontem de Santos, às 10 horas, depois de tomar um delicioso café da manhã em família.
Partimos em direção a serra da Mantiqueira e estamos em Gonçalves fazendo uma parada estratégica para conhecer o cultivo de alimentos orgânicos e entregar alguns livros para as escolas da região.
Como podem imaginar, essa última semana foi extremamente corrida para nós.
Fizemos os últimos ajustes no Jumbo, a revisão na Hilux, o material para divulgação (adesivos) e organizamos todos nossos pertences, os escolhidos, para passarem um ano conosco. Essa seleção e organização deu muito trabalho. Já pensou: organizar roupas e pertences para 14 meses de estrada?

Separando as roupinhas



Colocadas nas caixas...



E tudo no carro!


A organização dessas coisas foi feita dentro de caixas plásticas, que compramos na rua Valtier, em São Paulo. Muita coisa para pouco espaço, itens queridos foram deixados de lado. Focamos nas coisas mais necessárias, apesar de ter conseguido trazer uma coisa ou outra não tão de primeira necessidade. Coisas de mulher...
Os últimos ajustes no Jumbo continuaram tomando muito tempo. Tivemos que refazer o fechamento externo do teto, aprimorar a parte elétrica pois no Pantanal houve um superaquecimento do alternador. Só nisso gastamos uns três dias, indo atrás de eletricistas e fazendo millhares de testes com o multímetro. Graças a Deus (e ao Mauro!), conseguimos resolver e sair no prazo esperado. Também fizemos mais adesivos para o carro, inclusive adesivos para entregar para a galera durante a viagem. E uma linda capa para o estepe, com a bandeira de todos os países por onde passaremos. Novamente, a Cromática se mostrou imbatível! Deram várias sugestões e aprontaram o serviço – de primeira – no prazo combinado. Super profissionais, nos disseram que podemos contar com eles a distância, caso necessitemos de adesivos para reposição.
E como não poderia faltar, participamos das nossas despedidas. Fomos ao Santos Chopp com os amigos. Nesse mesmo dia, o jornal ‘A Tribuna’ esteve presente e realizou mais uma reportagem com a gente. E mais uma vez, fomos capa do jornal de domingo.

As despedidas com a família são capítulo a parte: sempre mais difícil, principalmente pelas crianças (algumas não tão crianças...). Como disseram nessa noite, um ano passa rápido mas acontece muita coisa. Nos faremos sempre presentes, pois a internet serve também para encurtar distâncias. Nossos “até breves” começaram terça dia 19, em São Paulo e duraram exatamente uma semana, culminando num café da manhã muito, muito gostoso...

E agora, tudo é paz! O vuco-vuco, a correria, o stress, tudo passou. Aqui, na Serra da Mantiqueira, passarinhos e grilos aquietam nossa mente e o corpo nesse início de sabático.
PS: Aproveitamos para deixar aqui nosso contato de skype (projetoanima) e twitter (/animaprojeto).

domingo, 23 de outubro de 2011

Últimos preparativos!!!

Contagem regressiva total!
Estamos na fase dos últimos preparativos para o inicio da nossa viagem.
Fases de despedidas e ajustes!
Fase de entrevistas e check lists!
Quanta coisa acontecendo...

Nossa saída será dia 25 de outubro, terça feira.
Vamos tentar terminar os últimos ajustes do carro ainda hoje para amanhã, tomarmos as últimas vacinas.

O problema de fazer muitas coisas "por nós mesmos" implicou no fato de algumas coisa ficarem um pouquinho de lado, e uma delas foi a atualização no nosso blog.
Peço mil desculpas e prometo que indo para a estrada, nossas atualizações serão mais que constantes.
Novidades virão... Em breve, teremos camisetas e ecobags para vender com nosso logo. Aguardem!!!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Test trip

Estamos de volta da nossa test trip ao Pantanal. Como foi?
Bem, decidimos conhecer o Pantanal do Mato Grosso do Sul. Saímos de Santos pela Imigrantes  e logo pegamos a Castelo Branco (SP 280) e depois seguimos pela rodovia General Rondon (SP 300). A primeira parada foi em Bauru, onde pudemos provar “o melhor churros do Brasil” e dormimos num posto de gasolina na estrada. Pois é, já na primeira noite testamos dormir dentro do carro num posto. Afinal de contas, foi para ter esse tipo de autonomia que construímos o carro. O churros estava muito bom, na verdade excelente. Já a noite foi mal-dormida, pois eu (Marina) fiquei com frescura de encostar o carro perto dos caminhões e insisti para pararmos no estacionamento para carros, perto da estrada. E assim já tivemos nossa primeira lição aprendida: o barulho da estrada não deu trégua a noite inteira. Mas sobrevivemos e no outro dia, pela manhã, continuamos nossa viagem rumo ao Mato Grosso do Sul.

Tive que experimentar o churros, certo?

A SP 300 chega até a divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul. Após a ponte sobre o rio Paraná, continuamos na BR 262. A estrada em São Paulo é duplicada e possui mais postos com conveniência que no trecho do Mato Grosso do Sul. Mas tudo tem seu preço, no total da viagem passamos por 28 praças de pedágio (total de R$ 167,50) das quais apenas duas (R$11,00) foram no MS. Todos os trechos de estrada em que passamos estavam em boas condições, com exceção de um pequeno trecho entre Aquidauana e Corumbá que está em obras para recapeamento. Até os trechos de terra da Estrada Parque estão bons pois ainda é tempo de seca. Na época de chuvas talvez seja diferente. Ela tinha várias pontes sendo reformadas, mas muitas também estavam caídas; subindo a estrada, pudemos ir só até a ponte 42, próximo ao Hotel Arara Azul.

 O trecho que passamos pela BR262 tem poucas vilas e cidades. E também poucos postos de combustíveis. Não passamos nenhum aperto nessa questão, mas comprovamos que é bom sempre estar com o tanque cheio e dinheiro na mão, mesmo porque em algumas localidades não se aceita cheque nem cartão de crédito.


Na BR 262

Resolvemos passar a noite em um camping na região de Terenos. Paramos nosso carrinho no camping Riacho Doce (R$15,00pp/ S 20°26.282 W 055°17147) e apesar de já termos comprado e instalado nosso ventilador 12V de caminhoneiro, o calor dentro do Jumbo é que pegou nessa segunda noite. Pudera, por lá os termômetros começam em 35°. Pudemos estrear nosso fogãozinho com um cardápio nem um pouco elaborado (miojo!) e acordar ao som dos passarinhos.
Pantanal 40 graus!
Seguimos para o Pantanal e nos alojamos no camping da Fazenda São João (R$20,00 pp/ S 19°24,648 W 057°02417) e assim como na parada anterior, éramos os únicos campistas. Conseguimos uma tomada para carregar a bateria do Jumbo e fizemos um jantarzinho rápido (patê de atum). Com calor até de noite, aproveitamos pra testar nossa geladeira e tomamos uma cerveja bem gelada!
Passamos duas noites na Fazenda São João. O que foi bom, pois pudemos lavar algumas roupas e eleborar melhor o jantar. Nessa noite, comemos carne seca desfiada na manteiga e macarrão cabelinho de anjo para acompanhar hummm...


Jantar na Fazendo São João

No dia seguinte, partimos. Demos uma esticada até Corumbá, o que para nós foi perda de tempo pois não gostamos da cidade e retornamos para Campo Grande, a capital de MS. Optamos por pernoitar no motel Stillus (R$90,00 com café/ S 20°45386 W 054°69843). Foi um sufoco pro Jumbo entrar pela porta do motel mas acabou sendo mais um teste bem sucedido pra ele!
No outro dia, após passearmos pela cidade, resolvemos pegar a mesma estrada para a volta. Mas dessa vez, paramos em Três Lagoas (MS), a cidade-surpresa da viagem e conseguimos uma vaga num hotel “simples, porém honesto” chamado Novo Hotel (R$75,00 o casal c/ café/ S 20°46,560 W 051°41,968).


Hotel em Três Lagoas
Seguimos então em direção a Santos e nossa intenção era parar em algum camping na região de Botucatu, mas não encontramos nenhum, apenas hotéis com preços salgados (R$ 130,00 sem ar condicionado). Decidimos estender esse trecho até São Paulo e dormir por lá mesmo, pois o teste já havia sido feito e a lista de melhorias e adaptações já estava ficando grande.
No final da viagem, rodamos 3.280m km em 8 dias, o que deu uma média de 400km/dia e o jumbo fez 9km/l . Foi bem puxado mas importantíssimo para fazer todos os testes necessários para a big trip!


O Jumbo na Estrada Parque
Muitas rãs no Pantanal

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Ufa

ufa! saímos pro Pantanal
Ah, tantas coisas aconteceram nesses últimos dias...
- terminamos o carro: ufa! Terminar assim, terminar não. As coisas em geral, nunca estão terminadas, vivem afinando e desafinando. Mas resolvemos as questões básicas para sair com o carro para a estrada e testá-lo na nossa test trip. O final foi super hiper mega puxado e cansativo. Na última semana de trabalho no carro, saíamos da oficina/atelier Antonini umas 22:30. Foram nos útimos minutos do segundo tempo que o Mauro resolveu duas coisas muito importantes:
- a água e a energia: duas questões essenciais. Delas o Mauro explica melhor depois, com maiores detalhes técnicos, para sanar a curiosidade dos nossos amigos fanáticos por carros. Só vou resumir que fazer a bomba funcionar e a bateria ser carregada foi nó, que felizmente, meu engenheiro construtor conseguiu resolver.
- saímos para nossa test trip, rumo ao Pantanal Matogrossense. Estamos nela, por sinal. A saída foi épica, partimos tão afobados que conseguimos respirar  melhor depois que subimos a Serra do Mar. É que não queríamos postergar mais uma data de saída então terminamos o carro e saímos. Para onde mesmo? Ahhh... para o Pantanal.
- o Pantanal: a gente tinha definido nosso destino mas o que fazer, onde ficar, como chegar não. Com os preparativos girando em torno do carro, todo o resto ficou prá trás. Mas graças aos guias e GPS conseguimos encontrar nossa rota, como você pode conferir ao lado no
- SPOT: sim, nosso localizador via satélite está funcionando, como podem ver no link
"onde estamos"do blog. Colocamos o aplicativo “siga-me”e assim você poderá conferir por onde estamos passando praticamente online.



Nosso jumbo no camping Riacho Doce no MS

- nome do carro: escolhemos o nome do bebezão: JUMBO. Por que? O Mauro queria um nome de um bicho que fosse difícil de nascer. A gente nem sabe se Jumbo é nome de bicho, achamos que tem a ver com elefantes. E elefantes são grandes e desengonçados. Mas fortes e espertos.
No mais, estamos no Camping Riacho Doce (S20 26.282' W 055 17.147'), esperando o menino do camping voltar para acertarmos a diária e nos dirigirmos rumo Aquidauana, ai sim cidade considerada sul do Pantanal. Mas por aqui, já pudemos ver e escutar muitas aves de diferentes espécies. O bom de tudo isso é poder descansar e comprovar que o Jumbo está se portando muito bem por onde passa.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...