Apesar do Alasca ser maior que a região sul e sudeste do Brasil juntas e ser o maior estado dos Estados Unidos, sua população é pequena 722.000 habitantes. A capital é Juneau, cujo acesso somente por barco ou avião. As cidaes mais populosas são Anchorage e Fairbanks. E são delas que vamos falar.
Anchorage, a maior cidade do Alaska, possui 296.000 habitantes e tudo que uma cidade grande possui: bons restaurantes, bons hotéis, franquias de alimentação, livraria, bancos, supermercados e shopping. Apesar de todas as facilidades, a cidade é bonita, cercada por montanhas nevadas e próxima a muitos pontos interessantes e selvagens como vários pontos para se avistar belugas no Turnagain Arm.
É uma cidade amiga do ciclista, com mais de 250 km de ciclovias pavimentadas. Possui muitas atrações como o Anchorage Museum of History and Art e o Alaska Native Heritage Center mas o que fomos visitar foi o ótimo Alaska Zoo. Esse zoológico é especializado nos animais que vivem no norte como as três espécies de urso: polar, grizzly e preto, as grandes atrações. Também conta com lince, raposa do ártico, lobos, volverines, lontra de rio, foca, musk oxen, corujas, gout mountain e dall sheep entre outros. As placas informativas são bem instrutivas e passamos um bom momento vendo os animais que não pudemos ver na natureza e tantos outros que cruzaram nosso caminho, observando de pertinho os detalhes.
Fairbanks é bem menor, com 97.600 habitantes mas também com muitas facilidades. Tem um ótimo Centro de Visitantes, o Morris Thompson Cultural and Visitors Center (101 Dunkel Street, downtown) com uma exposição que apresenta informações gerais sobre o povo do Norte, como a exploração do ouro, auroras boreais e hábitos.
Visitamos e recomendamos Museum of the North, com um acervo interessantíssimo. A vida do povo do norte, representada pelos artefatos que eles construiam e ainda constroem utilizando apenas os recursos disponíveis onde vivem. Ou seja, todas as partes dos animais como pele, tendão, órgãos, marfim. E de nenhuma forma sentimos pena ou dó desses animais, e sim ficamos admirados em como os esquimós são ninja ao conseguir enfrentar as dificuldades impostas pelo meio com tanta criatividade. Eles usam os animais para sobrevivência, assim como nós usamos os animais, mas não temos conhecimento disso. Essa forma de vida tão ligada a natureza da de 10 nos índios das regiões tropicais, cercados por plantas e vivendo num clima ameno.
Além disso, Fairbanks é conhecida por ser uma cidade com alta incidência de auroras boreais. A primeira aurora que vimos foi perto de lá, na estrada. As auroras boreais são as luzes coloridas no céu, que parecem dançar, de um lado para o outro, de cima para baixo. São um espetáculo vistas ao vivo. A dureza é esperar a madrugada, quando o céu fica mais escuro e portanto, as auroras mais visíveis. No inverno, é muito mais fácil vê-las, aparentemente mesmo da cidade onde tem bastante luz. Existem hotéis que tem o serviço de ligar e acordar os hóspedes interessados nesse tipo de experiência assim que as auroras surgem no céu. No nosso caso, que não era inverno, varamos a madrugada atrás delas. Lembrando que para nós turistas, a aurora é coisa de outro mundo. Mas para os locais, é bem comum avistá-las, como contei sobre o desenho da criançada nesse post. O carnaval que fizeram no Fantático, de ter que andar de trenó de cachorros é no mínimo um exagero...
Nas imediações de Fairbanks, existe um local onde é possível chegar bem perto do oleoduto de 1500 quilômetros, que leva o petróleo de Prudhoe Bay, no Oceano Ártico até o porto de Valdez, no Pacífico. Uma fantástica obra de engenharia que vale a pena ser visitada. Fica na Steese Expressway, na milha 8, entre Fairbanks e Fox.
Bons programas não faltam nessas duas grandes cidades!
Outras dicas:
- o Alaska é um verdadeiro paraíso gastronômico. Só de salmão selvagem, existem cinco tipos. Ainda tem o king crab, o halibut, o clam chowdner e as carnes de caça como moose e caribu. Fomos e indicamos o Sea Galley, em Anchorage, onde experimentamos o snow crab e o fish and chips de salmão, divinos. Mas onde mais almoçamos e jantamos foi no supermercado Fred Meyer. Eles tem um buffet de salada divino, além de comidas prontas e sopas que podem ser aquecidas no microondas. Além disso, vendem kits de sushis maravilhosos (o gosto do salmão selvagem é muito melhor do que o mole salmão que comemos no Brasil). Viramos fãs de carteirinha do Fred Meyer e fomos muitas vezes lá, que além de comida, tinha wi-fi gratuita. Aproveite e faça umas comprinhas no supermercado, não esquecendo de passar na parte de peixes enlatados (fish can). Compre o salmão e crab ralados, os clams e não perca o salmão defumado.
- somos apaixonados por livrarias e adoramos a Barnes and Nobles, a rede de livraria estadunidense. Mas a de Fairbanks é um charme. No meio dela, uma enorme lareira com vários sofás, onde você pode sentar, ler, tomar um café e ainda, navegar na internet.
- não pagamos um centavo de imposto em cima de produtos para consumo. Zero. Mas prepare-se pois os preços são mais altos que no resto dos EUA. Tanto que foi no Alasca que mais ficamos em free campings! - o Alasca tem várias cervejas locais. Valem a pena ser experimentadas. Gostamos bastante da Alaskan Beer Amber, deliciosa. E sem imposto!
Galera...arruma aí...o oleoduto tem 1500 kms...tô há uma tempçao sem net em casa e por isso dei uma sumida mas estamos sempre por aqui!!! Abraaaaax
ResponderExcluirAdriano, super bola dentro a sua. Deixamos escapar essa falha que já está arrumada! Valeu e abx
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