Desejamos um ano de muitas realizações para todos nós!
sábado, 31 de dezembro de 2011
sábado, 24 de dezembro de 2011
Dois meses de viagem
Coincidem com o Natal nossos dois meses de viagem. Em 61 dias, já rodamos mais de 11 mil km. O que dá uma média de 180 km/ dia. Já passamos por todos os estados do Sudeste e do Nordeste e pousamos em 30 cidades diferentes, mas conhecemos muito mais do que isso. Não sabemos ao certo, mas devem ser umas 45. Nesse caminho, nessas estradas, vimos muitas coisas. Nesse post, vamos contar algumas.
No geral, as estradas estão boas. Muitas estradas que estavam marcadas no guia como ruins, já foram ou estão sendo recuperadas ou reconstruídas. Mas passamos por trechos muito ruins mesmo, como a BR222 em Tianguá (CE) e 40 km da PI 140 entre Itaueiras e Canto do Buriti. Saindo do sudeste, os pedágios desapareceram. Pegamos um na Bahia e só. Junto, desapareceram as estradas duplicadas e redes de serviço. Mas preferimos assim, estradas simples, mas sem pagar uma fortuna em pedágios.
Principalmente no estado do Piauí, vimos muitos animais na pista, vivos e atropelados. São jegues, bois, cabras, porcos, galinhas criados livremente. Todo cuidado é pouco. Portanto, o ideal é viajar de dia, quando a visibilidade é melhor. Fazendo isso, também é mais seguro.
Lotação no Maranhão, não é na Índia não. |
A gente já tinha notado no Rio de Janeiro mas no nordeste em geral, as leis de trânsito são muito desrespeitadas, principalmente por causa da pouca fiscalização. Motoqueiros não usam capacete, motos carregam até quatro pessoas, lotações abarrotadas substituíram os paus-de-arara, motoristas dirigem alcoolizados, entre outras infrações ‘menores’ como estacionamento irregular, dirigir na contramão e passar sobre o canteiro para realizar um retorno. Parar o carro numa rua e sair para resolver alguma pendência, deixando o veículo atravessado então, é super comum. Fora a maneira como o pessoal dirige, quem é mais cabra, passa. Estranhamos bastante principalmente o trânsito de Recife e São Luis. Uma pessoa comentou que deveria ser proibido dirigir bêbado pois é muito perigoso. Mas já não é? Pra quem passa muito tempo dentro do carro como a gente, é importante conhecer essas características, pois a atenção deve ser redobrada.
E agora José, pra onde vamos? |
Outro fato que chama muito a atenção são placas de trânsito pichadas. Algumas de propósito, para evitar que o turista consiga se virar sozinho e chegue em determinada atração, os próprios guias rasuram ou arrancam as placas indicativas. Desse tipo, vimos muito quando estávamos indo para Jericoacora. Outras, é apenas vandalismo mesmo. Colam cartazes e picham à toa. Desse tipo, é mais comum em capitais. Portanto, um GPS e um mapa atualizado é uma forma de se proteger dessas atitudes.
As pessoas do nordeste são muito amáveis, com destaque para a Bahia, Paraíba e Maranhão. Conversam mais, se aproximam. Nunca vamos nos esquecer da Cecília que nos emprestou seu guarda chuva numa noite de um toró arrasador em Lençóis/BA. E como você volta prá casa?, perguntamos. “Não esquente não. Meu irmão vem me buscar com outro”. Perfeito, não? Muitas outras pessoas cruzaram nosso caminho com essa mesma postura, de ajuda, de preocupação. Muito bacana mesmo!
Mas principalmente, nesses dois meses, conseguimos realizar um de nossos objetivos: constatar que a vida acontece além da nossa ostra. Acostumados em Santos, onde o discurso e postura da população falam das belezas e futuro da cidade (o tal pré sal), percebemos que o futuro para muitas cidades já é presente. Tem muita coisa acontecendo e muita cidade bombando nesse Brasil (se bem que outras continuam esquecidas). A ampliação do nosso horizonte numa viagem como essa tem sido impressionante. Também constatamos que nosso país ainda não encara o turismo com profissionalismo. A intenção da maioria é explorar o turista.
Precisamos ser mais do que bonitos por natureza |
Aproveitam que o Brasil tem muita beleza natural e cobram uma fortuna sem estrutura compatível. Tem muito estacionamento que é melhor que camping. Chamam de rústico uma coisa que é ruim. E cobram caro por isso. É triste, mas é a realidade.
Viajante no Brasil tem que ser guerreiro.
sábado, 17 de dezembro de 2011
Tubaínas
O quêêê, o casal saúde falando de tubaínas? Pois é, gente. Nessa viagem, nós temos que nos adaptar em muitas coisas, também na alimentação.
Refrigerantes então, não faziam parte de nossa despensa. Até tínhamos algumas latas para visitas, mas nós mesmo nunca consumíamos. Nem em festa de criança.
Mas em viagem, temos que ser flexíveis, comer e beber de tudo. E assim acabamos incluindo os refrigerantes em nossa dieta. E já que entramos nessa, enfiamos o pé na jaca: decidimos experimentar os refrigerantes diferentes que encontramos pelo caminho. Segue nossa lista até o momento:
Guaraná Jesus
Mesmo depois de ter sido comprado pela Coca-Cola, continua sendo vendido só no MA. E assim com a inacessibilidade, ele mantém seu status. Mas o Jesus não é só fama não, é realmente um refrigerante bem diferente dos outros: cor rosa, sabor leve de tutti-frutti com guaraná, apesar de um pouco mais doce que os outros, é muito bom. Pros fãs de tubaína que estão longe do MA, vale a pena mandar ‘importar’ uma latinha.
Funada Limão
Super leve e refrescante, menos doce que os outros refris de limão, ficamos fã do Funada Limão já no primeiro copo. Experimentamos no Mato Grosso do Sul e pagamos R$ 1 a garrafa de 600 ml, enquanto 500 ml de água mineral custava R$ 1,50. Desde Presidente Prudente (SP) para todo o país, além dos sabores tradicionais, a Funada também tem refrigerante sabor abacaxi, que infelizmente não conseguimos experimentar.
Grapette, quem bebe repete
Tinha certeza de que era um refri extinto até encontrarmos um espécime numa prateleira, infelizmente não me lembro onde. Grapette uva é um clássico mas nem por isso é mais saborosa, achamos doce demais e com pouco gás.
JotaEfe Guaraná
Não sentimos nenhum diferencial no guaraná JotaEfe, de Ouro Fino (sul de MG). Do mesmo produtos da Tampico, valeu apenas para ter aumentado nossa lista.
Indaiá Cola
Do mesmo fabricante da água mineral Indaiá, dizem que é fabricado com a mesma água. Gostamos demais da cola, menos doce e mais saborosa que a Coca. Da Indaiá Guaraná não gostamos tanto assim. Ainda não experimentamos os outros sabores: laranja, uva e limão.
Refrigerante de Caju São Geraldo
É isso mesmo, refrigerante de caju !! Produzido em Juazeiro do Norte (CE) e distribuído em vários estados do país, principalmente no NE. Nós o encontramos em Tianguá (CE). Cor e aroma são muito parecidos com guaraná, mas com leve sabor de caju.
Cajuína
Encontrada em todo o nordeste, especialmente em Teresina (PI), a cajuína não é uma tubaína, mas entrou nessa lista por falta de uma lista melhor pra ela. Bebida totalmente natural, a cajuína é feita basicamente de suco de caju decantado e filtrado. Bem doce, mas sem adição de açúcar, não é gaseificado, nem alcoólico e toma-se bem gelada. Tem o sabor concentrado de caju, muito mais que o refrigerante do mesmo sabor e pra nós é bem mais gostoso.
Tem várias marcas no mercado, e experimentamos a São João. Mas ganhamos do Tião, do Camping de Jijoca (CE), 1 litro de cajuína caseira, embalado numa garrafa de Ypióca. Estamos esperando o melhor momento para abri-la já que 1 litro é muito para se tomar de uma vez.
Por enquanto, nossa lista é essa. Mas temos certeza de que ela irá aumentar. Iremos atualizando sempre que possível.
Tem várias marcas no mercado, e experimentamos a São João. Mas ganhamos do Tião, do Camping de Jijoca (CE), 1 litro de cajuína caseira, embalado numa garrafa de Ypióca. Estamos esperando o melhor momento para abri-la já que 1 litro é muito para se tomar de uma vez.
Por enquanto, nossa lista é essa. Mas temos certeza de que ela irá aumentar. Iremos atualizando sempre que possível.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
Serra de Ibiapaba (CE)
Cansados de praia, saímos de Jijoca em direção ao Piaui. Mas antes, passamos pela Serra de Ibiapaba, por indicação de um pessoal que conhecemos no camping do Tião.
Foi uma bela surpresa descobrir que o Ceará tem mais que praias belas. O Parque Nacional do Ubajara (S 03⁰50,529' W 40⁰53,920') é o destino mais conhecido da serra. E muito exuberante.
O Parque foi criado em 1959 com o principal objetivo de preservar o tesouro espeleológico do estado, concentrado em suas 11 cavernas. A única aberta a visitação, a Gruta do Ubajara, possui muitos espeleotemas. Principalmente cortinas de estalactites no seu interior. Também tem muitas histórias, de exploradores franceses atrás de ouro e de missas rezadas dentro da gruta. Para chegar nela, existem duas maneiras: de bondinho e caminhando. De bondinho é o jeito mais fácil e rápido, são três minutos pendurados, admirando a paisagem local. Já os mais preparados podem pegar uma trilha com 7km de caminhada pesada, descendo um desnível de mais de 400 metros.
De bondinho é mais rápido! |
Na rocha calcária, que pode ser avistada de dentro do bondinho, existem mais duas cavernas e numa delas foi encontrado um fóssil de urso de aproximadamente 10.000 anos atrás.
A Rosa, na Gruta do Ubajara |
Cortinas de espeleotemas |
A gruta é o local mais visitado do parque mas você pode estender seu passeio realizando trilhas mais leves. Uma para o mirante da Gameleira, de 1200 metros de extensão (só ida). A outra para a Cachoeira do Cafundó (6 km ida e volta). É possível fazer as duas juntas, já que passam pelo mesmo caminho. As trilhas são fáceis e sombreadas graças as espécies da Mata Atlântica que foram reintroduzidas nessa área do parque. Afinal de contas, apenas 30% da mata é primária.
Paisagem do Mirante da Gameleira |
Cachoeira do Cafundó |
O serviço de guias é obrigatório e pode ser contratado dentro do próprio Parque, ao custo de R$ 4,00 por programa por pessoa. O bondinho custa mais R$ 8,00. O parque ainda tem estacionamento, lanchonete, banheiros, placas explicativas e trilhas demarcadas. Para conhecer essa beleza, meio dia basta. A melhor época para visitá-lo é nos meses de junho e julho, quando as cachoeiras estão com maior volume de água. Evite os meses de março e abril, quando chove muito e as trilhas precisam ser interditadas. O acesso de carro é fácil, asfaltado e sinalizado.
Trilha bem marcada |
Quer algo mais radical? A região da Serra de Ibiapaba é muito famosa no mundo do parapente. Lá é considerado como “o Hawai dos ventos”. Vimos por lá muitos estrangeiros que buscam exatamente isso, bons ventos para voar.
O Sítio do Bosco (S 03⁰39,719' W 40⁰57,630') é um dos lugares com rampa para decolagem. Além disso, possui um belíssimo mirante, área para camping, chalés e restaurante. Fica na Vila Acarape, em Tianguá, cidade limítrofe a Ubajara. Ficamos acampados aqui e gostamos bastante da estrutura do camping, com mesas, redes, pias, tanques, energia e banheiros com água quente. Pagamos R$ 15 por pessoa, incluído café da manhã. Importante: não esqueça o repelente e um casaco pois mesmo estando no Ceará, no alto da serra faz friozinho a noite.
Vista da rampa do Sítio do Bosco |
Em nossa estadia serrana, ainda visitamos a cidade de Viçosa do Ceará. O passeio mais famoso é ver a cidade do mirante da Igreja do Céu. Mas não indicamos jantar no Restaurante do Céu, ao lado da Igreja. Apesar da linda paisagem, a comida não estava boa e ainda encontramos larvas no arroz. O pior foi falar com o garçom, que encarou o fato com muita naturalidade. E sem desconto no preço final.
As estradas da região estão em boa condição. Com exceção da BR 222 no trecho urbano de Tianguá. Está horroroso! Cuidado ao cruzá-lo pois está com buracos, crateras lunares e defeitos no asfalto. Além disso, a sinalização está ruim, sem nenhuma placa na estrada. Vá com um bom GPS e pergunte aos locais onde são as saídas para as cidades de Ubajara e Viçosa.
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Loja virtual
Em parceria com a Twins Bolsas e Acessórios, estamos comercializando produtos do Projeto Anima.
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Mauro e Marina
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Jijoca e Jericoacoara
Apesar de toda a divulgação, Jericoacoara continua mantendo um ar de vila de pescadores. Suas ruas são todas de areia, a rede elétrica não é aparente, tem um charme simples e cativante. Muito procurada por turistas estrangeiros, Jeri contempla a maioria dos gostos. A estrutura da vila tem tudo: mercadinhos, lojas de produtos variados, pousadas e restaurantes. E não é tudo caro como costumam falar: batendo perna, você encontra preços normais, nem um pouco abusivos. Mas como todos os destinos do nordeste, evite a alta estação.
O agito começa depois do por-do-sol, quando bares, restaurantes e muita música tomam conta da cidade. Famosa pelo forró da madrugada, Jeri tem uma vocação noturna forte. Suas ruas ficam repletas dos turistas que curtiram as atividades do dia e ainda querem cair na noite.
Seu cartão postal é a Pedra Furada. Para chegar nela, existem duas maneiras: de charrete ou a pé. Quando a maré está alta, a trilha a pé é puxada, pois são 2,5 km subindo morro, sem sombra e com os pés na areia. Mas quando a maré está baixa, a trilha contorna esse morro pela beira, sendo bem mais fácil. Dificilmente você fará uma dessas trilhas sozinho. Geralmente, vendedores de água e côco te acompanham carregando bebidas geladinhas. Por sinal, em Jeri, eles desenvolveram uma maneira interessante para levar mais cocos e eles ficarem geladinhos mais rápido: eles descascam antes.
Pedra Furada |
A praia central de Jericoacoara é linda. Bares oferecem apoio e sombra aos turistas. Eles também têm duchas de água doce para tirar o sal. Mas caso queira, existe um poço por perto que também faz essa função. É só pedir explicação para a moça que vende pastel próximo a ele. O banho de mar não é o melhor do mundo. Apesar do mar transparente, nesse trecho juntam duas correntezas e tem algumas algas.
Bom mesmo é para o pessoal do wind e kitesurf. Os ventos são propícios a pratica desses esportes e o mar acaba ficando colorido, de tanta vela! Isso explica uma parte da alta procura de estrangeiros por Jeri. Para quem não sabe velejar, várias escolinhas ajudam os iniciantes mais atirados.
Durante o dia, muita gente sai de Jeri para fazer passeios nas proximidades. Um deles é o passeio de bugue até Tatajuba. Outro, também de bugue, leva até as lagoas do Paraíso e Azul. Na verdade, a lagoa é uma só, que se divide em épocas de seca. As lagoas têm água transparente e palhoças na areia com redes, para um merecido descanso. As barracas se responsabilizam sobre o tira gosto, almoço ou cerveja, na beira do paraíso...
Imperdível é o pôr-do-sol apreciado da duna. É bonito ver a procissão subindo a duna, por volta das 17:00 e aguardando o horário que o sol deita no mar. No mar! Diferente da maioria do litoral brasileiro, virado para o leste, Jericoacoara possui uma geografia que permite apreciar o sol se pondo no oceano! É lindo!!! E enquanto estão todos lá, a galera fica brincando de dar saltos na duna ou de sandboard...
O pôr-do-sol visto das dunas é imperdível! |
Fim de tarde, hora de descer a duna (essa parte é divertida!) e apesar de todo o cansaço físico (andar na areia cansa muito!), bora pro agito da noite. Jericoacoara não pára!!!
A vila de Jeri é charmosa! |
Dicas
Jijoca de Jericoacoara é a cidade base para quem visita Jeri, pois dela é possível pegar uma das D20 que fazem o percurso de 20 km em 40 minutos para lá, diariamente e cobram R$ 7,00 o trecho, por pessoa. Não invente de ir com seu carro até lá: se ele não tiver tração nas quatro rodas, vai atolar. Combine com que for te levar um horário ou um dia para voltar. Jijoca também tem alguma estrutura para o turista, com mercados e lojas. Além de possuir as lagoas azul e paraíso no seu perímetro urbano. Portanto, caso prefira curtir o dia, se hospedar em Jijoca pode ser interessante, pois você economiza em deslocamento e pode curtir com mais calma suas belezas naturais.
Nós optamos em ficar em Jijoca, no camping do Tião (R$15,00 pp), na Lagoa do Paraíso. O camping é bom, tem mesas para apoio e energia elétrica, além do Tião e de sua esposa, D. Fátima, uma graça. O único problema foi a água do camping, muito ferrosa. Problema que parece estar com dias contados pois a água encanada está chegando nessa área. Apesar disso, ficar na Lagoa é ter um dos pontos turísticos mais bonitos da região a dez passos. Para almoçar, um dos dias, almoçamos o galeto do Tião e no outro, compramos um peixe e camarão no mercado e preparamos no camping mesmo.
Essa é a Lagoa do Paraíso, a 10 passos do camping |
Agora, se você quer curtir a noite, fique em Jeri. A Pousada Tirol faz vezes de hostel, com uma porção de redes e café da manhã incluído na diária. Os preços são amigos: quarto de casal, R$ 75 c/ ventilador e 95 c/ ar condicionado; quarto coletivo: R$ 35 c/ ventilador e R$ 45 c/ ar. Outra opção em conta é o camping. Custa R$ 8,00 a diária por pessoa, na baixa temporada.Para almoçar, encontramos em Jeri alguns PFs entre R$ 5 e R$ 9 reais. O que provamos estava ótimo, com um peixe fresquinho.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Natal e Fortaleza
Saímos de João Pessoa com uma semana de atraso no nosso cronograma, com chuva fraca. Decidimos então tirar um pouco desse atraso e cancelamos a parada prevista na Praia da Pipa. A chuva parou antes de chegarmos a Natal, mas o tempo continuou fechado. Mais uma vez, optamos por pegar a estrada, dessa vez fazendo uma parada estratégica em Natal para comprar, na Toyota, umas porcas de roda que haviam se soltado, passar no banco e no supermercado. Encontramos na Av. Roberto Freire uma ótima estrutura de apoio para turistas e moradores com muitos postos de combustível, supermercados, bancos e galerias de lojas prestadoras de serviços diversos.
Assim, passamos apenas uma noite em Natal, no camping CCB RN02 (S 06⁰01,830' W 35⁰13,116''), distante 25 km do centro da capital do Rio Grande do Norte. Como o sol se põe cedo na capital potiguar, tivemos que voltar cedo para o camping para preparar o jantar e as 20:30 já nos encontrávamos nos braços de Morfeu.
A praia de Ponta Negra é o grande point turístico. É lá que se concentram os hotéis, restaurantes e guias oferecendo passeios para as atrações ao norte da cidade. Ponta Negra é uma praia bonita, com quiosques que recebem os turistas que admiram o Morro do Careca, uma imensa duna no meio do morro, que escorre em direção a praia. Fora de Natal, Genipabu (a 16 km da cidade) é o mais conhecido e procurado dentre todos os passeios e inclui dunas, lagoas, buggys, aerobundas e esquibundas.
Continuando a viagem, seguimos em direção ao Ceará e passamos pela cidade de Mossoró. Costumam vender na nossa terra a propaganda que envolve a seguinte frase “melões amarelos direto de Mossoró”, daí ficamos esperançosos de encontrar milhares deles, docinhos, prontos para serem devorados mas vimos apenas algumas grandes plantações na estrada. Chegamos a Mossoró próximo das 13h e entramos na cidade pra almoçar. Não encontramos nenhum lugar satisfatório para comer, mas pelo menos compramos nossa rede. Aqui no nordeste as pessoas usam muito rede. Nas casas, chegam a substituir sofás por elas. Em hotéis, existem ganchos para elas dentro dos quartos. É uma paixão regional!
Passando a divisa RN/CE, fomos conhecer a famosa praia de Canoa Quebrada. A melhor forma de conhecer os atrativos dessa praia é de bugue. Nós resolvemos ficar na praia central, que o acesso é fácil por carro. Esse trecho da praia é recheado de quiosques com músicas bem altas. A praia é bonita, com falésias no canto direito. Por estar 170 km de distância de Fortaleza, Canoa Quebrada é mais procurada para passeios de um dia. Mas a vila possui estrutura, com algumas pousadas e restaurantes. A noite, rola agito forte na Broadway, ao som de muito reggae.
O que chamou atenção mesmo nessa praia foi o grande parque eólico, gerando energia branca para a região. Com o vento constante, essa região é propícia a gerar esse tipo de energia. A população não gostou muito da interferência na paisagem. Para nós, ficou interessante a ação humana tão presente nessa maravilha da natureza.
Seguindo a viagem, chegamos a Aquiraz – 20km de Fortaleza – mais precisamente na praia da Prainha onde tínhamos a indicação de um camping. Cansados e já passando das 18h quando já é escuro por aqui, não achamos nenhum camping, e nos instalamos na simpática Pousada Nobre (S 03⁰54,209' W 38⁰20,922'').
Descobrimos na Prainha uma organização de rendeiras que fazem bordados de bilro e labirinto, um trabalho lindo e regional. Um ótimo lugar para encontrar a lembrança certa!
Decididamente não demos sorte em Fortaleza. Tínhamos outra indicação de camping dessa vez na Praia do Futuro. Esse nós achamos e acabamos ficando, mas seria melhor não ter achado. Para ter idéia o apelidamos de camping do rato (S 03⁰43,936' W 38⁰27,490'')! Ele era horrível! Nem para estacionamento dava! Não tivemos coragem de usar o banheiro e não deu pra ficar mais de uma noite. Desconfortáveis, aceitamos nossa sorte em Fortaleza e como já tínhamos estado por lá antes, decidimos novamente partir para a próxima parada.
Mas antes paramos para tomar um sorvete de Cajá e de Graviola na sorveteria Barbaresco, em frente à feirinha de artesanato na Praia de Meireles. Também comemos bem no Restaurante Geppo’s, num local agradável e original, um Shopping aberto mas quase um bosque, com árvores e um riacho, próximo à Praça Portugal. Por sinal, essa praça estava com uma árvore natalina bem original, toda composta de redes brancas bordadas e grandes bolas prateadas. O vento incessante balança as redes e parece que a árvore dança...
Encontramos em Fortaleza uma lavanderia nos moldes self service onde você mesmo coloca as roupas para lavar e secar. Infelizmente, não é comum no Brasil pois achamos muito prático para viajantes. Portanto, seguem as informações que conseguimos:
Lav e lev Custa R$12,00 a ficha para lavar (40 minutos) uma máquina de roupas (aproximadamente 15 peças) mais R$12,00 de outra ficha para secar (25 minutos). A funcionária nos explicou que muitas vezes são necessárias duas fichas para secagem. É necessário realizar a troca das roupas da lavadora para a secadora. Caso queira, você pode terceirizar esse serviço pelo preço de R$12,00. Também existe a opção de lavar por peça. Os preços são os seguintes para lavar, secar e passar: R$6,00 a calça jeans e R$4,50 a camiseta. Na Av. Abolição, 2685 e na Av. Antônio Sales, 2080.
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Paraíba
É muito bom ser surpreendido com coisas boas. Na Paraíba foi assim: estávamos sem muita expectativa e fomos surpreendidos com uma capital maravilhosa, cheia de atrativos e muito organizada. Além disso, João Pessoa ainda não é o destino mais procurado dos turistas que de dirigem ao nordeste e por isso mesmo, é muito mais tranqüila e menos inflacionada que as demais capitais. Junte a isso a simpatia do paraibano que ama sua região com fervor e se disponibiliza a mostrar o que tem de melhor. Pois bem, a receita de sucesso está formada. Agora, se sua vontade é conhecê-la na sua essência, faça uma visita o mais breve possível. Saímos de lá com a sensação de que com os investimentos feitos da área do turismo aliado a forte beleza natural , a cidade tem tudo para estar bombando em breve.
Um dos grandes programas turísticos da região é admirar o pôr do sol na Lagoa do Jacaré. Já virou tradição e por isso, é um programa bem lotado, principalmente nos finais de semana. Tenha sol ou não, o Jurandir do Sax toca o bolero de Ravel ao entardecer, num barco. Existem muitas barracas de onde se pode assistir a apresentação. A entrada custa R$5,00 por pessoa, pagos como couvert artístico. Optamos em participar um pouco mais afastados e sozinhos, num píer no canto direito da lagoa, próximo às marinas e recomendamos (dá prá se escutar perfeitamente). Outra opção mais exclusiva é assistir dos barcos. Dessa forma, você evita a multidão. Atenção: o horário da apresentação é as 17:00 horas e quando acabar, é bom agilizar a saída para evitar a galera saindo toda junta. A Lagoa do Jacaré fica em Cabedelo, município limítrofe a João Pessoa.
O mar de João Pessoa não é constantemente clarinho: quando chove ou venta muito, suas águas ficam mais escuras. Mas a visibilidade é boa e dá prá realizar com gosto o mergulho de superfície (máscara e snorkel) próximo a costa, no Picãozinho, admirando os muitos peixinhos coloridos que moram em recifes. Os barcos que fazem esse passeio saem da praia de Tambaú e possuem uma mega estrutura, oferecendo aos turistas petiscos e bebidas. Aproveite o passeio no barco para observar a cidade de outro ângulo, com suas construções escalonadas (na orla, apenas construções de 12 metros de altura) e muito verde.
Por falar em orla, a da capital da Paraíba é bem estruturada, com ciclovia, calçada para caminhantes, quiosques e restaurantes, principalmente no trecho da praia do Barro Branco, que ainda possui quadras de vôlei e futebol armadas e é muito bem iluminada à noite.
Na Ponta do Seixas, fica o ponto mais oriental das Américas. Interessante perceber como a maré tem avançado no litoral, pois alguns pontos do calçamento nesse ponto chegaram a ceder. Para nós do Anima foi muito importante chegar exatamente ao ponto mais oriental, pois nos demais extremos da América apenas chegaremos próximos.
Cansou de praia? Visite o Centro Histórico. Com casarões preservados, o Centro Histórico de João Pessoa é encantador. Comece caminhando pela Praça Antenor Navarro onde muitas casinhas coloridas saúdam o visitante. Vire a esquerda e siga para a Igreja São Pedro e o Hotel Globo. Hoje transformado em Posto de Informação ao turista da PBTUR, possui uma pequena exposição de objetos utilizados no antigo hotel além da bela vista para o Rio Paraíba. Lá perto, está a Igreja São Francisco, em estilo barroco. É possível conhecer suas dependências e ver objetos sacros (R$4,00 a entrada). Na praça Pedro Américo, passe pelo Theatro Santa Roza, um dos mais antigos do país. O parque Solon de Lucena tem um grande lago rodeado por ipês amarelos que florescem de setembro ao começo de novembro. Não perca o totem em homenagem a Ariano Suassuna e faz a ligação entre o Varadouro (onde se concentram essas atrações e a praia).
Para quem adora ver lojinhas, o MAP (Mercado de Artesanato de Paraibano, Av. Sen. Rui Carneiro, 241, próximo a praia de Tambaú)) tem várias, todas comercializando produtos regionais. Para conhecer um pouco mais da história do processo artístico, visite a Casa do Artista Popular, que conta com maiores detalhes os trabalhos desenvolvidos pelos artesãos e artistas regionais.
Pão delícia do Fina Fatia |
E não é que João Pessoa tem bons restaurantes? Não deixe de almoçar no Mangai (Av Edson Ramalho, 696, Manaíra), restaurante a quilo especializado em comida sertaneja e tente se controlar para não abarrotar o prato de carne de sol com nata, fava, arroz de leite, paçoca, carne de bode entre outras tantas delícias cheias de sustância. Crie um espaço na barriga para os doces e não deixe de experimentar o de jaca. Quer um lanchinho mais leve? Não perca o Fina Fatia (Av. Nego, 476, Tambaú). São tantas opções que fica difícil escolher. O jeito é voltar sempre! Não perca a tapioca de queijo manteiga, o pão delicia de carne de sol com nata e a arrasadora cartola, a sobremesa que leva banana, queijo coalho e açúcar. Para quem quer dar um tempo de ingredientes regionais, lá também é o lugar, com deliciosos salgados e tortas, todos feitos com massas leves, finas e delicadas. Experimente a torta de morango, vale a pena.
Se a cidade é excelente, o camping da CCB não possui uma estrutura tão boa. Com muita areia e manutenção deficiente – além de infestado por saúvas famintas - foi difícil encontrar um canto bom para parar o carro. Para quem vai de motorhome ou trailer é bom pois tem pontos de luz, água e esgoto. Mas nós que usamos a estrutura do camping (banheiros, pia, tanque, mesas) achamos que o camping merece uma reforma.
Litoral sul da Paraíba
Infelizmente, quando chegamos às Praias de Tambaba e Coqueirinhos, estava chovendo. Ainda assim, as consideramos entre as mais belas praias da nossa viagem. À esquerda de Tambaba, rendada por falésias multicores e com muitas ondas no mar transparente, fica a praia de Arapuca, bastante procurada por surfistas. À direita fica Tambaba, a famosa praia de naturismo. Muito bem preservada e regulada, só entram casais ou mulheres desacompanhadas que decidem abandonar suas roupas antes da elevação que os protege de olhares mais curiosos. Sob leve garoa e não tão libertos assim, deixamos a visita à praia de nudismo para uma outra ocasião.
A praia de Coqueirinhos, com muitas rochas no mar e coqueiros é igualmente bela. No canto direito dela, após uma pequena caminhada, existe um canyon onde se fica cercado com os paredões de falésias. Impressionante! Desse lado também, fica o charmoso bar Canyon do Coqueirinho, imperdível para se tomar uma deliciosa caipirinha de caju, admirando toda a beleza da paisagem.
A praia de Tabatinga também vale uma visita. Além de linda, o Tabatinga Arte Bar alia mesinhas, sombra, rede, cerveja e porções a objetos de cerâmicas e quadros expostos em coqueiros e árvores próximas. Adorei!
Lógico que fazer tudo isso em boa companhia fez com que o passeio fosse muito mais prazeiroso.
Obrigado amigos! E até a próxima! |
Programe sua viagem
PBTUR
Órgão oficial do Turismo da Paraíba, ajuda a organizar e planejar sua estadia. Fica na avenida da praia, quase que em frente ao hotel Tropical Tambaú (S 06°628’ W34°49.404’)
CCB PB 01
Praia do Seixas (S 07°09.610’ W34°47.717’)
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Olinda
O centro histórico de Olinda nos lembrou bastante o Pelourinho: ladeiras, casinhas coloridas, lojinhas de artesanato e igrejas, muitas igrejas. Assim como a Cidade Alta de Salvador, é reduto de artistas, pintores, músicos e boêmios. E assim como o Pelo, Olinda é lotada de guias, ou pessoas que se fazem passar por guias. Caso prefira alguém te guiando na hora de conhecer o centro histórico, tome o cuidado dele ser cadastrado junto a prefeitura. Não pense que por usar roupas iguais eles são regularizados não. Se eu fosse contratar guia, pegaria um perto do mirante, esses sim ligados ao turismo da cidade.
No nosso caso, costumamos pesquisar com antecedência sobre o local que vamos visitar e na hora, preferimos fazer as atrações sozinhos, descobrindo os lugares por conta própria. Mas mesmo assim, gostamos de ter um mapa local e pegar algumas informações básicas com alguém. Por isso, procuramos Centros de Informação ao Turista oficiais, que geralmente tem disponível mapas e outros materiais da região além de ter pessoas capacitadas para atender o público. Foi assim em Salvador e fomos super bem atendidos. Em Olinda são dois os postos de atendimento ao turista: um se localiza na Praça do Carmo, logo na entrada do Centro Histórico, onde vários “guias”te impedem a qualquer custo de chegar próximo ao prédio e outro na esquina da Ladeira da Misericórdia com a Prudente de Morais, perto da famosa rua do Amparo (S8°00,881’ W34°51,169’), com bem menos assédio.
Olinda é bastante conhecida também pelo seu carnaval. Os bonecões de Olinda são famosíssimos. Para vê-los fora de temporada, visite a Casa dos Bonecos Gigantes do Alto da Sé, que tem um museu onde estão expostos os bonecos usados nos dias de folia. O ingresso custa R$4,00 por pessoa.
Não perca o recém inaugurado mirante, numa antiga caixa d’água, com subida ainda gratuita por elevador. De lá, a mais bela e completa vista de Olinda: de um lado o farol, de outro a Igreja da Sé, tudo enfeitado pelo belo mar pernambucano. No térreo, do lado de fora do elevador, um banheiro público excelente e também gratuito.
Programe-se para conhecer as igrejas na parte da manhã, pois todas fecham na hora do almoço e algumas não reabrem mais. À tarde você pode bater perna no centrinho, visitando as lojinhas e bancas de artesanato e procurando algum atelier aberto – eles abrem de acordo com a boa vontade dos artistas.
Recheada de lojinhas que vendem de tudo, de produtos seriados a obras exclusivas, Olinda é uma maravilha para quem adora uma feirinha de artesanato. São camisetas, chaveiros, quadros, redes, xilogravuras, chapéus entre outros produtos, vendidos na rua ou em lojas super charmosas.
Também no período da tarde, as tapioqueiras comandam a gulodice dos turistas, fazendo tapiocas de tudo que é sabor. Não invente muito e prove a tradicional de côco com queijo (coalho, é claro!). E, se tiver pique, fique pro happy-hour no tradicional e animado Bar do Véio.
segunda-feira, 5 de dezembro de 2011
Recife
Em Recife, ficamos na casa de amigos, que além de nos receberem de braços abertos, saíram para passear conosco. Aproveitamos o clima acolhedor e tiramos alguns dias de descanso, repondo as energias num lugar com pessoas próximas. Portanto, demos uma relaxada e descansamos à beça.
Recife é peculiar. A começar pela sua geografia. Desenhada pelos rios Capibaribe e Beberibe, a capital de Pernambuco é formada por várias ilhas, além da parte continental, tudo ligado por muitas pontes. De cada canto da cidade, uma paisagem diferente. Com mais de 1 milhão de habitantes e ruas estreitas, é uma verdadeira epopéia cruzar suas avenidas. Interessante que não foi somente em horários de ‘rush’, pegamos trânsito em Recife em todas as horas do dia, e achamos os recifenses mais agressivos ao volante do que estamos acostumados. Mas nada que um pouquinho de paciência e um carro bem grande não resolvam.
Esse horário de ‘rush’ permanente não acontece apenas nas ruas. À procura de um cafezinho no frescor de um ar condicionado, fomos ao Shopping Center Recife numa segunda feira, três da tarde e nos deparamos com uma verdadeira multidão, digna de um dia de sábado nos shoppings de São Paulo. Perguntamos aos locais e eles confirmaram que os shoppings estão sempre lotados. Mas não souberam explicar o motivo.
O centro histórico fica no Recife Antigo. São inúmeros casarões que contam a história da cidade, mas que infelizmente têm muito da sua beleza encoberta pela sujeira e descuido de anos. Existem projetos de revitalização do Recife Antigo, mas ainda não engataram. Portanto, contente-se em conhecer o antigo prédio da Alfândega transformado em shopping. Que por sinal é muito bonito: Internamente, os arcos de um antigo convento (antes de ser Alfândega, o prédio pertencia à Igreja) estão expostos, trazendo muita harmonia ao projeto de restauração. E no piso, alguns mosaicos com desenhos de Cordel inspirados na obra de Ariano Suassuna. Ali pertinho, o Marco Zero, um obelisco bem moderno de Francisco Brennand, contrasta com os prédios antigos.
Por falar em Francisco Brennand, não perca a Oficina de Cerâmica Francisco Brennand. Apesar de distar 20 km do centro, vale a pena conhecer o acervo desse grande escultor brasileiro. Francisco Brennand é pernambucano e fez de uma antiga olaria, sua oficina onde modelou muitas esculturas que representam o homem na sua complexidade, o sexo como grande força geradora, a natureza de forma simbólica e personagens mitológicos. Ele compôs com a cerâmica um conjunto arquitetônico monumental! Um verdadeiro museu a céu aberto! Achamos impressionante também a imensa quantidade de obras criadas pelo artista, muitas de grandes proporções. Os jardins projetados por Burle Marx tornam o ambiente ainda mais agradável. Programa imperdível!
No Mercado de São José é possível encontrar de tudo um pouco: desde pequenas cerâmicas a artigos para candomblé ao delicioso bolo-de-rolo, iguaria da cozinha pernambucana. No seu entorno se concentra um fortíssimo comércio popular. Por isso, evite ir de carro, pois tem poucas vagas de estacionamento e algumas ruas são tomadas pelos pedestres. Lembra um pouco a 25 de março paulistana.
A praia mais bonita e o bairro bacana de Recife é a de Boa Viagem. Lá o mar clarinho deixa pouco espaço para os banhistas que são alertados por placas de aviso dos pontos com alta incidência de ataques de tubarão, recomendando-os a não entrar no mar. Mas já que não dá para nadar, é possível caminhar, correr e até andar de bicicleta na ciclovia que acompanha a praia. Ou ficar lagarteando num dos muitos quiosques de praia. Para quem gosta, uma feirinha de artesanato com muitas barraquinhas se localiza no começo da praia e funciona de quinta a domingo, no fim da tarde.
Ao norte de Recife, em Itamaracá, visitamos o Projeto Peixe Boi. Nesse espaço, alguns tanques preservam vários espécimes fêmeas, machos e até filhotinhos. O Peixe Boi é um bicho muito grande! O mais pesado dos animais do projeto é uma fêmea que pesa 660 kg! Apesar de gigantesco, o peixe boi é um animal inofensivo. Por ser presa fácil e ter muita gordura em seu corpanzil, está na lista de animais brasileiros em risco de extinção. Ainda é possível assistir a um vídeo explicando mais sobre os mamíferos aquáticos e nessa, descobrimos que as baleias orcas e cachalotes na verdade não são baleias, são golfinhos!!! Vivendo e aprendendo...
Programe seu passeio!
Oficina de Cerâmica Francisco Brennand
Horário de funcionamento: de 2 ª a 5ª feira: das 8 `as 17 horas/ 6ª feira, das 8 `as 16
Sábados, domingos e feriados: fechado
End: Propriedade Cosme e Damião s/n, Várzea.
Entrada: R$ 10,00 (estudantes e professores pagam meia)
Mercado de S. José
Horário de funcionamento: 2ª à sábado: das 6 as 17:30/dom: das 6 as 12 horas
End: Praça D. Vital
Gratuito
Projeto Peixe-Boi
Horário de funcionamento: 3ª a domingo, das 10 as 16 horas.
End: Final da estrada do Forte, Itamaracá
Entrada: R$10,00 (estudantes e professores pagam meia)
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