quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Tikal, grande atração da Guatemala

Ruínas perdidas no meio da selva
Chegando em mais uma fronteira, já ficamos apreensivos.
Desnecessariamente, pois entrar na Guatemala vindo de Belize foi tranquilo. Acabou demorando muito tempo (duas horas) porque o sistema da Guatemala caiu e precisamos ficar esperando até ele voltar a funcionar.
Enquanto espera, aproveite para visitar o quiosque de informações turísticas. Eles sempre tem mapas para dar. Aproveite e pegue o mapa do parque de Tikal, distribuido gratuitamente nesse local - digo isso porque tentaram nos vender o mesmo mapa na entrada de Tikal e sem mapa, sua visita as ruínas fica complicada.

Portal de Flores
 Passada a fronteira, seguimos para Flores, uma simpática cidade localizada numa ilha do lago Petén Itzá. Almoçamos mas resolvemos seguir em direção a Tikal seguindo as dicas de vários viajantes: chegar a tardezinha (a partir das 16 horas) e acampar para aproveitar melhor o tempo. E assim fizemos.

As ruínas são caras, cerca de R$ 40 por pessoa. Depois de pagar pelas entradas para o dia seguinte, nos disseram que poderíamos assistir ao por do sol nas ruínas naquele mesmo dia. Infelizmente, perdemos o por do sol mas fomos dar uma caminhada mesmo assim para aproveitar o tempo. E vou te contar: nessa latitude, o cair da noite é na verdade um despencar. Não curtimos ficar no meio da selva no escuro e voltamos rapidinho para o camping.
Templo I de Tikal
Acampamos no Hotel Jaguar Inn que também tem um restaurante e uma internet sofrível mediante pagamento. Apesar de estar sob influência do clima tropical úmido, conseguimos ter uma noite tranquila no meio da selva, embalados pelos barulhos dos animais e pelo breu da noite.
A visita as ruínas veio logo no dia seguinte. Algunas pessoas acordam de madrugada para ver o sol nascer do alto das pirâmides mas não foi nosso caso. Ainda bem, pois o dia estava nublado e até choveu em alguns momentos durante o passeio.
Máscara em Tikal
Tikal não tem nada a ver com as outras pirâmides pré-colombianas. Localizada no meio da floresta tropical úmida, seus caminhos são verdadeiras trilhas, muitas vezes íngremes e muito escorregadias. A experiência de estar no meio da floresta e dar de cara com essas gigantes construções é de estar fazendo parte de um segredo bem escondido. Mas para que o seu passeio só tenha boas recordações é bom tomar alguns cuidados. Um deles é usar um calçado que não escorregue. Outro, passar repelente, o mais poderoso que você tem, aquele que você estava guardando para usar nos lugares longíncuos da América Central. Chegou a hora, não economize pois os mosquitos são implacáveis. Leve água. As distâncias são enormes, você sua feito um condenado, o desgaste físico aumenta por causa dessa umidade louca. E tenha um bom mapa ou contrate um guia. O sítio arqueológico é grande e você pode se perder.
Seguindo essas regrinhas, não deixe de conhecer:
- El Mundo Perdido: um complexo de 38 estruturas que rodeiam uma grande pirâmide de 32 metros de altura. Não apenas pelas construções, o lugar é interessante pelo seu astral, a energia lembrou Palenque.
A selva toma conta das ruínas
- Sete Templos: são pequenos templos, um ao lado do outro, com outras estruturas maiores a sua volta. Pode subir nos templos.
- Grande Praça: as principais atrações são as pirâmides I e II, localizadas uma de frente para outra. O templo I é conhecido como o templo do Grande Jaguar. Ao lado esquerdo do templo I está a Acrópolis do Norte, que apesar de não ser tão impressionante quanto as duas pirâmides, possui grande valor histórico por terem estruturas que evidenciam uma ocupação anterior a 400 AC. Essas estruturas foram reutilizadas pelos maias. Existem duas grandes máscaras esculpidas por esses povos antigos, uma delas extremamente bem preservada.
- Templo IV: subindo pelos degraus de madeira que levam quase ao topo da mais alta construção de Tikal (64 metros) tem-se a melhor panorâmica do sítio e de sua localização no meio da selva. Algumas outras construções apontando por cima das árvores trazem novamente a sensação de estar em um mundo perdido. Imperdível!

Macacos bem barulhentos
Existem outros templos espalhados pelo sítio arqueológico, altos, imponentes e misteriosos. Durante sua exploração, você vai escutar um som muito estranho vindo da mata. Muito alto, parece um tigre com fome. As primeiras vezes que você escuta, é inevitável procurar da onde vem esse barulho e até ficar meio preocupado. Acalme-se, não é nenhum monstro. São os macacos fazendo bagunça pela mata. Fique atento, dê uma olhadinha de vez em quando para o topo das árvores e você pode ver um, observando seus passos.

Procedimentos para entrar na Guatemala

Além de macacos, o esquisito peru selvagem.
Pessoas: apenas o passaporte válido; o visto que nos deram foi de 90 dias, válido para os 4 países (Guatemala, El Salvador, Honduras e Nicarágua)

Veículo: obrigatoriamente, voce irá passar pela area de fumigação. Após ter o carro fumigado, pagará numa casinha ao lado direiro Q $ 18. Feche os vidros pois a tal fumigação é feita com os passageiros dentro do veículo.
Com o recibo da fumigação em mãos, siga para a imigração do lado esquerdo da rodovia.
Após realizar sua entrada, vá ao guichê ao lado fazer a importação temporária do carro. Os documentos que você terá que apresentar(originais e cópias) são os seguintes: documento do carro, CNH, fumigação e passaporte com o visto de entrada. Após pagar a taxa de Q$ 160, o funcionário da alfândega irá até o seu carro e colará um adesivo no vidro. Pronto, seu carro já pode circular pela Guatemala legalmente.

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